Day two ¤ Wooga Squad

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A manhã de domingo era quente e primaveril no meu pequeno apartamento no subúrbio da cidade, pela única janela eu via o centro de refugiados lotado de crianças à espera de uma liberação para poder viver normalmente.

Limpei todos os três cômodos decidida a organizar minha vida. Eu precisava de clareza para escrever minha tese e se minha vida estivesse bagunçada, nada mais funcionaria. Pelo menos a segunda-feira seria meu último dia de estágio e eu já teria um ajudante na ONG.

— Mas sobre você... eu não sei o que pensar sobre você. - minha mente era confusa sobre Taehyung.

Até ali eu conhecia um homem coreano de vinte e poucos anos, integrante da maior banda de pop da Coreia, segundo o cartaz da HYBE LABELS. Ele era controlador, gostava de obediência, mandão, mas ao mesmo tempo doce, brincalhão, apático e protegia o amigo ao ponto de magoar a melhor amiga e sair como o culpado da história que nem era dele.

— E o sorriso... - balancei a cabeça um pouco desconcertada de pensar em seu sorriso.

Tirei o dia para estudar para as provas finais, como era bolsista não poderia perder nenhuma cadeira ou seria expulsa. Além disso, em breve precisaria procurar um emprego, a ONG era da Yun-Hee, e eu apenas uma contratada, não me sustentaria durante muito tempo, mas o que eu precisava mesmo era melhorar de vida. Por volta das dez da noite, enquanto secava o cabelo e vestia meus pijamas, o celular arroxeado tocou pela primeira vez. Na tela pequena uma mensagem de texto.

"Porta da ONG em 5 minutos."

— Ah não, eu disse pra ele.. ARGH!. - reclamei comigo mesma. — São dez da noite de um DOMINGO! - abri e fechei o celular várias vezes. — Merda!

Corri para trocar de roupa, até que eu chegasse na ONG eram pelo menos mais quarenta minutos de ônibus, se eu ainda achasse um ônibus aquela hora. Resolvi ir com a mesma roupa do dia anterior era mais fácil que escolher uma nova, prendi o cabelo e saí quase correndo pela rua vazia. Meu bairro não era nada convidativo aquela hora, eu sabia que muitos refugiados que moravam ali ainda eram ilegais e por isso tinham atividades criminosas como venda de drogas e aliciamento de mulheres. Apertei o passo até a parada de ônibus deserta, ainda amaldiçoando o idol.

— Agora ele vai me esperar. - respondi a mensagem para Taehyung dizendo que estava a caminho.

Quase uma hora depois cheguei a porta da ONG, a SUV preta estacionada estava ligada. Puxei a maçaneta dianteira raivosa.

— Eu disse que... - comecei, mas não era ele ao volante.

— Ele disse que você perderia a paciência e pede desculpas. - Min-Jun sorria com os olhos enquanto dirigia a SUV.

— Mas que inferno...

— Eu posso buscar você na sua casa da próxima vez.

— Não, o lugar é aqui e só aqui. O que aconteceu?

— Eu não posso falar. - por um segundo pensei em reclamar, ele me tirava de casa no meio da noite sem explicar nada, mas lembrei dele encobrindo o amigo da mesma maneira.

Lealdade. - anotei no caderno rapidamente.

O assessor sorridente me levou de volta à casa de Taehyung, deixando-me no elevador da garagem. Durante o caminho inteiro não me dirigiu a palavra, deduzi que nem se eu perguntasse ele falaria, parecia uma ordem expressa do chefe, só falar quando autorizasse. Digitei a senha salva no celular e o elevador me levou para a sala do seu apartamento, o relógio me avisou ser quase meia noite.

Hegemony • Taehyung [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora