Hegemony • Taehyung [+18]

Enlace

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O elevador parou no último andar, a porta não abriu, solicitando meu cartão para a liberação. A suíte presidencial logo se impôs em minha frente na escura noite de Nova York. A entrada era perfeitamente decorada, como um grande hall de uma mansão, americanos eram mesmo exagerados. Apenas o corredor de entrada era duas vezes maior que meu apartamento na Coréia. Caminhei em direção à segunda porta que estava entre-aberta, antes, olhei levemente meu reflexo no grande espelho do saguão à direita, a garota ingênua e preconceituosa tinha ficado para trás e a mulher elegante e amargurada tinha tomado seu lugar.

Empurrei a maçaneta sutilmente, mantendo a postura, a porta se abriu revelando o maior quarto de hotel que eu já tinha estado no mundo, as janelas de ponta à ponta mostravam a ponte de Manhattan e uma Nova York iluminada e agitada em pleno inverno congelante.

A suíte era exacerbadamente grande, a direita quatro portas reclináveis levavam ao quarto e à esquerda ao que parecia ser um banheiro externo com uma banheira vintage de frente para o Central Park. A iluminação estava a mercê apenas do grande lustre de cristal que descia do teto até quase tocar em minha cabeça e contrastanto com toda a decoração moderna preta e azul do hotel de luxo, lá estava ele.

Em pé, descalço, segurava um buquê com as duas mãos, na altura do seu peito. Usava um terno milimetricmaente ajustado e recortado ao corpo da mesma cor do meu vestido, mas não tinha gravata. Ao contrário, a camisa de estava semi-aberta no peito, em uma característica só sua que eu já estava acostumada. A corrente de ouro reluziu sutilmente conforme eu caminhava em sua direção, entrando na suíte presidencial.

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Ele não estava feliz ou triste, tinha o semblante neutro mais comum de todos os nossos encontros. Nossos olhos cruzaram-se de imediato, mas nem eu, nem ele vacilamos com o olhar, mantendo contato. Se tinha algo que ele tinha me ensinado com maestria era a jamais demonstrar minha fraqueza. Era como se tudo tivesse sido planejado várias e várias vezes por nós dois, mesmo que implicitamente.

— O quê... - sua voz profunda falhou um pouco ao me ver. — O quê me entregou?

Calmamente eu retirei meus sapatos, os deixando bem ao lado da segunda porta, ficando descalça igual ele. Fui até a mesa de madeira maciça de canto com um lindo abajur provençal e coloquei o celular que vinha comigo até ali. Todos os nossos encontros eram tão similares, mesmo que tudo entre nós dois sempre estivesse em constante mudança.

— Boa noite, Taehyung. - me dirigi à ele finalmente, em um tom nostálgico.

— Ha... boa noite, Alyss. Como você sabia? - ele insistia na pergunta. — Como sabia que era eu?