Hegemony • Taehyung [+18]

Closer

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— Oh, merda... - ele xingou baixinho, mas sorriu de si mesmo. — Me desculpe por você ter ouvido isso. - mas ele não parecia se arrepender do que tinha feito.

Uma súbita frustração tomou conta de mim, o idol estava irredutível, como se nada do que eu falasse ou fizesse pudesse mudar sua decisão. Tentei acalmar minha mente respirando profundamente com meus olhos fechados, saber que ele estava tão perto e não queria ser meu, me dilacerava por dentro, uma dor que eu nunca tinha sentido, algo totalmente fora do comum.

— Por quê? - questionei mais calma, voltando a me aproximar de seu corpo.

Dessa vez minhas duas mãos acariciaram seus braços e subiram pela sua nuca, ele se contorcia e se arrepiava aceitando meu carinho, por um breve lapso de tempo me encarou com perigo e logo depois enfiou o nariz em meu pescoço quase de maneira animal.

— Eu sei... sei que você também quer. - eu sussurrava sem pressa, ainda tentando convencê-lo, ele se deliciava no meu pescoço sentindo meu cheiro.

— Ah... eu... - parecia resistir à algo invisível sem conseguir controlar seu instinto. — É tão difícil resistir a você... - confessou.

— Por favor... - implorei finalmente, minhas mãos sentiam sua pele arrepiada, minha intensa vontade era apenas provar seu gosto novamente e me deixar ser dominada de todos os jeitos por ele. — Eu quero me entregar pra você.

— Não... - dessa vez ele me empurrou gentilmente com as duas mãos, o olhar agora além da triste estava perdido.

— Você prefere fazer com desconhecidos do quê comigo? - a raiva tomava conta de mim a esta altura e eu subi o tom de voz perdendo a paciência.

— Alyss, você não pode se estressar... se acalma.

— Não, Taehyung. - fui em sua direção novamente, mais alguns segundos próximo do seu corpo e eu iria convencê-lo.

— Não... não se aproxime de mim. - ele deu dois passos para trás em resposta.

— Por quê você está fugindo, por quê? - além de tudo as lágrimas se acumulavam em meus olhos com a repulsa dele ao meu toque.

— Por favor, não chegue mais perto. -  insistia, ainda distante.

De repente, o mundo se calou. Sem explicações, sem motivo, tudo era uma grande confusão em minha mente. Apenas Yeontan brincava distraído na varanda e nós dois nos encarávamos silenciosos como se o fim estivesse iminente e dependesse do nosso controle. E apesar de meu corpo e meu coração quererem insistir em mais, vencê-lo pelo cansaço não era meu objetivo.

— Você prefere as pessoas estranhas que não sabem quem você é. - concluí raivosa.

— Não, Alyss.

— Então, por quê? Por quê? Eu conheço você, eu vi tudo sobre você, eu aceito você como você é...

— É por isso! - enquanto eu falava seus olhos também ficaram marejados. — É porquê eu me importo com você, você é importante demais pra mim. E eu não posso mais...

— O quê? - meu grito desesperado ressoou no pequeno apartamento.

— Te machucar, Alyss. Eu já destruí sua vida o suficiente, eu não posso fazer você perdê-la também... você não merece isso. - enquanto ele falava, eu caminhava até ele pela última vez.