Woo-shik Choi

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— Você é norte-coreana?

— Sim, refugiada, vim para Seul com seis anos.

— E seus pais?

— Morreram, não tenho família.

— E você faz psicologia na universidade central?

— Último ano, último período.

— E qual seu problema com idols?

Ah, eu não trouxe ela aqui pra vocês ficarem questionando a vida inteira dela. Vocês disseram que só queriam conhecê-la. - Taehyung parecia chateado com a quantidade de perguntas que eles faziam há mais de uma hora.

— Eu não me importo em responder... - falei dando de ombros. — Não gosto dessa exposição toda da indústria e a maneira fútil que vivem os idols, tudo falso, tudo inventado.

— Nossa, imagina o que ela acha de nós atores. - Seo-Joon pareceu ferido mortalmente.

— E quantos dias vocês já estão com isso? - Woo-shik me encarava nos olhos, notadamente querendo saber mais do nosso acordo.

— Dois...

— Três... - atravessei sua fala mais uma vez e ele fez uma careta. — Eu cheguei aqui ontem.

— Três então...

— E você tem certeza que vai mostrar sua vida toda pra ela? - Woo-shik questionou o mais novo e todos eles se entrolharam esperando a resposta, deixando claro que eles sabiam bem mais do que eu sabia.

— Tá bom, tá bom... já chega por hoje, eu vou deixar Alyss e vocês vão pra casa, amanhã todo mundo tem trabalho. - o idol foi direto.

— Eu levo ela, você bebeu bem mais e eu sei que você tem ensaio cedo. - Woo-shik insistiu.

— Tudo bem para você? - Taehyung me questionou, os olhos quase desaparecendo pelo efeito do álcool. — Eu posso te deixar...

— Tudo bem. - ele parecia cansado e eu só queria voltar o quanto antes para a ONG, em poucas horas eu tinha trabalho e aula na faculdade.

— Alyss foi um prazer, por favor perdoe nossa indiscrição, no fundo somos todos legais. - Seo-Joon se curvou primeiro e os outros dois o seguiram.

— Não confie no Taehyung, hein. - Peakboy insistiu. — E você não confie nela, Taehyung.

Eu e Woo-shik descemos no elevador por último, enquanto Taehyung bebia sua última taça na mesa da cozinha observando nós dois, não sei dizer se ele pensava algo ou não a nosso respeito. Encarei minhas mãos por alguns segundos pensando no que dizer quando a porta se fechou.

— Você disse que não me conhecia. - ele comentou mais rápido que eu.

— Você fingiu primeiro que não me conhecia. - retruquei no mesmo tom.

Ele caminhou até um conversível Audi azul Royal estacionado na garagem do prédio. A SUV que Taehyung costumava me buscar estava estacionada ao lado, mas seu assessor não estava mais lá.

Hegemony • Taehyung [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora