Assim que passei da primeira rua depois da entrada, só escuto os fogos, acabo me assustando, por que quando tem fogos vários em sequência é avisando que está tendo invasão. Penso em voltar mas já estava mas que dentro, estava em uma viela longe de casa, minha única reação é paralisar pois esses tiros me desesperam.
Eu só consigo chorar, não consigo me mover, minhas pernas paralisam pensam, Tento sair dos meus devaneios, respiro fundo e penso, respiro e consigo sair andando não sei onde estou indo, minha pernas se comandam sozinha.Os tiros só aumentam, entro por uns becos que estão desertos, quando vou passando por os fundos de uma rua dou de cara com dois homens, armados, tento voltar para que eles não me vejam, mais é em vão. Quando me vem se entre olham e pegam o rádio e fala que acharam pra alguém, escuto a pessoa do outro lado mandado pegar e vazar logo.
Dou passos para trás tentando me virar pra correr, mais antes de virar um aponta a arma e manda ficar quietinha paro na posição que estava e não me movo, meu desespero cresce.Evellyn_ O que vocês querem comigo? Eu não tenho nada a ver com isso, por favor me deixem ir embora, olha moço por favor me deixa ir, eu estou grávida.
Tento apelar, e quando término de falar um avança em minha direção pegando em meus cabelos e fica me cheirando quem nem um cachorro, isso me dá nojo ânsias de vômito, tento controlar um choro e sinto uma ardência no rosto filho desgraçado me dá um tapa me fazendo ficar quieta.
O outro que está na minha frente começa a debochar._ Nós sabe que tu tá prenha porra, agora diz Cadê o pai da tua Cria? Ele não vai vir te salvar não é? Sabia que é por causa dele que o chefe quer tú, ele quer tudo que for dele, vai acabar com tudo que for de precioso pra ele, assim como ele fez com ele tá ligado. Você é um troféu precioso, vamos logo parceiro, vamos vazar que o Cb foi morto.
_ Olha moço não sei de quem vocês estão falando, mais me deixa ir, não tenho nada a ver com isso, meu filho não é de quem vocês estão falando.
Me desespero o cara que me segura prende mas forte meu cabelo pega em meu braço e arrasta com força, Ele sai Me puxando rua a fora. Minha cabeça está a mil, meu peito sobe e desce descontrolado, escuto um tiro. Minha cabeça não tem tempo de reagir a nada, apenas me sinto sendo puxada para baixo. Vejo o cara que vai na frente com a arma se virando, em um só ato ouço outro tiro e o cara assim como o outro por cima de mim.
Eu olho em volta e vejo o cara em cima de mim com os olhos abertos, sangrando muito com um tiro na cabeça. Não consigo me mover, só consigo chorar e chorar, sinto uma mão me tocando e me puxando para cima, feito uma louca começo me debater e gritar._ Me solta, me solta eu não quero ir por favor.
Me sinto sendo abraçada, uma parede de músculos me apertava contra seu peito, Abri os olhos vendo Fellipe em minha frente me abraçando fortemente.
Ele apoia meu rosto em seu ombro e com a voz embargada pede para mim não abrir os olhos, apenas confiar nele.
Não sei o por que mas nesse momento me senti confiante e segura em seus braços, mesmo que tudo isso seja sua culpa.
Faço o que ele manda fecho os olhos e em um movimento rápido ele me pega no colo e escuto ele dando ordens.Capeta_ Bora caralho, vai se mexe aí, atividade, menor liga lá pro Dr e manda ele vir aqui levar esses cuzão tudinho lá pra cima. Quero todos os corpos dos nossos na boca, chamar as família deles, pega esse filho da puta desses arrombados e queima tudo tá ligado? vai movimenta.
Avisa os vacilão que eu fui levar a mãe do meu filho em casa, mais tarde broto la na boca vai.Ele das as ordens e sai andando apressado Rua a cima, ele abre um carro me colocando dentro. Ele não troca uma palavra comigo o caminho todo, sinto meu peito pesando, uma dor de cabeça horrível, cheiro forte de sangue em mim.
Vejo que não estou em minha casa, estamos em frente uma casa enorme, bem no alto da comunidade, Quando vou falando algo ele me interrompe.Capeta _ Porra Caraí, o que tu tava fazendo no meio da rua, no meio de uma invasão? Tu é mó vacilona, se eu não apareço fia tu ia virar presunto. Bora entra ai deixa tudo se acalmar que eu te levo no teu barraco.
Bufo irritada frustrada, reviro os olhos.
_ Não dá para parar de me criticar, me xingar só uma vez? Eu não saí no meio do tiroteio pra comprar balinha não, Eu estava voltando da médica! Tinha ido ver como estava meu filho.
Fala sentindo meu nariz arder, já queria chorar. Mais seguro!
_ E você não fez nada além da sua obrigação por que eu estou nessa situação por sua culpa entendeu? Se você nunca tivesse aparecido em minha vida isso não teria acontecido, você ter que me defender.
As últimas palavras saem meio fracas por que só de pensar em tudo que passei em suas mãos eu sinto uma dor enorme. Ele apenas me olha virando as costas.
Capeta_ Você acha que eu queira está nessa situação, me diz? mais já que fiz e não volto atrás tá ligado, agora senta ai e fica suave, não fala mas uma palavra não porra, que eu to perdendo meu tempo com tu.
_ Eu que nunca queria ter entrado em sua casa seu idiota, eu prefiro ir embora no meio do tiroteio que ficar aqui com você seu imbecil, eu não vou ficar aqui não, vou Pra casa preciso ver minha irmã e minha mãe, saber se estão bem.
Falo pisando fundo, fazendo com que ele fique ainda mais puto fazendo ele me xingar horrores com a mão no rosto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Submissa De Um Traficante
Teen FictionÉ preciso coragem para perder a inocência. Dizem que o amor machuca, verdade. E confesso, dá trabalho! Mais depois de lutar contra as lágrimas, sempre existe um [Re]começar, [Re]acreditar.