Submissa De Um Traficante

36• 𝙲𝚊𝚙𝚎𝚝𝚊 ☠

Minha boca está seca pra caralho. Parece que fiquei chupando a porcaria de uma toalha a noite toda.

Rolo para o lado atrás de uma das garrafas de água que Cristiane sempre deixa do lado da cama. Não consigo abrir os olhos porque minha cabeça parece prestes a explodir, então tateio a mesinha de cabeceira até encontrar uma.
Minhas mãos estão tremendo. Já quero mais uma dose, Mas vou ser mais inteligente da próxima vez. Não vou usar quando estiver tão fodido de uísque, para não desmaiar e desperdiçar a onda como aconteceu ontem.

Levo a garrafa de água até a boca e tomo tudo em dois goles enormes. Jogo a garrafa vazia do outro lado do quarto e me deito de volta no travesseiro, Ainda estou com sede.

Estico os braços e acidentalmente bato no ombro de Cristiane. Olho para ela, mais minha

cabeça está grogue demais para focar. Ela se remexe um pouco, mas não acorda. Olho para o despertador e aperto os olhos. São 4h30. Ainda faltam duas horas para me levantar e meter o pé.

Levo um minuto para me ajustar à escuridão e conseguir olhar bem para ela. Então me deito de lado e a observo a praga dormindo.

Volto a me deitar de barriga para cima nunca de lado, nunca de bruços.
Quando eu era criança, meu pai sempre dormia de barriga para cima, até quando estava apagado no sofá por causa de seja lá qual substância tivesse abusado no dia.
Uma vez perguntei por que ele dormia

daquele jeito e ele respondeu.

_ "Quando você está deitado de costas, está preparado para qualquer coisa.
É mais fácil acordar e se proteger, Se ficar confortável demais, baixa a guarda."

Olho pro lado vendo a outra ressonando, Ela não tem medo de mim assim, ela me idolatra pra caralho. Mermo eu fazendo altas parada errada com ela, ela permanece Aqui do meu lado.

Sua camiseta está enrolada em volta da cintura, eu a levanto lentamente, centímetro por centímetro, até seus seios ficarem de fora. Então me deito de volta, enfiando as mãos debaixo das

cobertas e por dentro da minha cueca. Pego meu pau e começo a me acariciar enquanto a observo dormir, seus seios subindo e descendo a cada respiração lenta.
Ela é bonita, Todo esse cabelo comprido e escuro. Esses cílios, essa boca.

Sinceramente só vi uma garota mais bonita em toda minha vida, mais hoje ela tá morta.
Eu até tentei mudar por ela, mais eu falhei nessa porra.

Eu não sou o tipo de cara que ama garotas. Não no sentido tradicional, de qualquer maneira. Eu uso a maioria delas para o que a maioria delas serve. Uma trepada rápida

tarde da noite, às vezes uma antes do café da manhã, mais nunca depois das oito da manhã, nem antes das oito da noite.
subo em cima dela sem me importar se ela ia gostar ou não, e me alívio fudendo forte com ela.

{...}

Estou com dificuldade para entender como KN ainda me beneficia. Ele parece não fazer

nada além de causar merda aonde quer que vá. Semana passada ele perdeu um dos meus melhores clientes porque não conseguiu ficar com o pau quieto diante da esposa do cara. Até eu sei colocar limites Entre meu pau e minha carteira.

Diferentemente de KN, Menor Sempre foi Um benefício. É um bom soldado, que faz o que preciso que ele faça.

A porcaria do KN só veio parar na minha favela por um favor que prometi pro Rico que tava preso, e o cara me fortaleceu pra caralho quando tava na pista.
E só por esse motivo ainda não me livrei dele, apesar das minhas suspeitas a seu respeito. Ele ainda não é um excesso. Mais KN está se tornando um peso morto

Tirando os negócios, cortei todos os benefícios dele.

Vou até meu armário e me visto. Cogito usar o Armani, Sabe como é, dia especial e essas

merdas. Em vez disso, pego uma camisa de botão azul-escura, e uma calça Jeans.
Na verdade, não importa muito o que escolho no armário, é tudo espetacular pra caralho. Sempre me vesti no nível de respeito que quis receber. E era apenas uma resenha com um monte de macho, da facção.

Quando chego ao pé da escada e olho para a cozinha, noto KN parado de frente para a pia e de costas para mim, segurando um saco de gelo na cabeça.

_ O que houve?

Ele se vira para mim, e a porra da lateral do seu rosto está completamente azul e preta.

_ Com quem foi que tú se meteu?

KN larga o saco de gelo na pia.

KN_ Ninguém importante.

Entro na cozinha, o rosto dele está ainda pior de perto. E se ele acha que não vai me contar

quem fodeu assim com ele, está enganado. Se ele perdeu mais um cliente nosso, o lado esquerdo do seu rosto vai ficar muito pior que o direito. Pego minhas chaves na bancada e pergunto mais

uma vez:

_ Quem fez essa porra contigo KN?

Ele estala a mandíbula e desvia o olhar.

KN_ Um babaca qualquer me flagrou com a mulher dele ontem à noite. Me pegou

desprevenido, Parece pior do que foi,

Idiota de merda.

Eu rio.

_ Não, tenho certeza de que foi tão ruim quanto parece.

Ando até a despensa e confiro o estoque de álcool, Está vazio, como sempre.

Bato a porta com força.

_ Vamos pra reunião com o pessoal hoje, da um jeito nessa cara de merda.

KN_ Só um bando de cuzão babaca, Ocasião especial, grande merda.

_ Bando de babaca que sustenta teus luxo vacilão do Caraí. Se liga nas ideia porra, já mandei o papo pô teu pai arrombado, se liga nos teus proceder.

Vou até a sala pegando meu fuzil, e escuto KN gargalhar. Quando olho para trás, o escroto ainda está sorrindo.

_ Falei algo engraçado?

Pergunto, voltando à cozinha.

Ele balança a cabeça negando.

KN_ Pow capeta, claro que não irmão. Tú acha que eu vou ficar de tiração pra cima de tu caralho.

_ É bom mermo. Agora vaza da minha casa.

Ele não fala nada, só mete o pé da minha visão.