35• 𝙴𝚟𝚎𝚕𝚕𝚢𝚗 ♡

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Entro no meu consultório as carreiras, eu estava atrasada como sempre. Pior que dessa vez a culpa não tinha sido porque eu perdi meu estetoscópio, ou porquê tinha esquecido meu bloco de receituário.
Mais porquê eu tinha chegado em casa as três da manhã, depois de passar a noite com Rodrigo.
Não tínhamos nada sério, Apenas estávamos nos conhecendo melhor, digamos assim. Ele só vive reclamando que nunca dormimos juntos, ou porquê nunca o levo pro meu apartamento. Claro que não, eu tenho um filho de seis anos, super curioso, e que não tem nenhuma figura paterna, é óbvio que não vou levá-lo.

Apesar de Rodrigo e Diego se darem bem, eu não vou levá-lo para meu apartamento, porquê ele vai começar deixando uma escova, depois o perfume, e quando eu for ver vai está instalado na minha casa.

_ Menina a mãe dos seus pacientes estão pra me comer viva.

Helô me fala entrando em seguida na sala.

_ Nem me fala mana, eu sei que tô muito atrasada. Tem muitos pacientes?

Helô _ Sim, sua agenda está lotada por hoje.

_ Poxa, logo hoje que prometi ao meu filho levá-lo no cinema pra assistir um filme que lançou.

Helô _ Amiga, vou ver o que posso fazer, não te garanto nada.

_ Eu te amo demais amiga.

Helô _ Café a semana toda por sua conta.

Ela fala saindo e eu prometendo que irei fazer isso. Helô é um achado na minha vida, ela é incrível, sempre me tirando do sufoco. Ela e Beatriz tem sido um anjo em minha vida. Sem falar que foi através Dela que conheci Rodrigo.

{...}

Já era quase sete da noite quando saio do hospital, e fiz a última visita do meu último paciente. Eu me dedico ao máximo aos meus pequenos, sempre penso que se fosse meu filho o que eu queria que fosse feito? Como queria que cuidasse dele.

Chego em casa morrendo de cansada, mais assim que ponho o pé dentro de casa sou recebido por um gordinho que vem a mil pra cima de mim. E parece tudo mágico, minhas forças acabam se renovando.

Beatriz _ Menina tentei fazer com que ele se cansasse, e desistisse de querer ir pro cinema. Mais esse aí tá ligado no 220.

Acabei rindo de Beatriz que surge atrás de nós toda descabelada.

_ Relaxa, eu vou levar ele. Você vai comigo?

Beatriz _ Não mana, tenho mais gás pra hoje não.

Ela fala já saindo em direção ao sofá.

Diego _ Vamos tia, vamos ver o filme, vai ser muito legal. Prometo não ficar dando trabalho pra senhora.

Eu fico toda boba olhando o quanto ele adora está com ela. Ele ficava até tarde acordado esperando Beatriz chegar só para colocá-lo pra dormir, quando ela saia com algumas amigas.

Beatriz _ A tia está exausta gatinho, vamos deixar pra depois. Vai lá com sua mãe e eu fico!

Diego _ Mãe, podemos ficar aqui com a tia Bea?

Ele fala todo fofo, como se eu que tivesse insistindo pra ele sair. Eu sorrio largamente, caminho até o sofá me livrando dos sapatos e me sento ao lado de Beatriz. Ele vem sentando no meu colo.

_ Que tal pedimos umas guloseimas e ver um outro filme no meu quarto.

Diego _ Tá, vou tirar minha roupa e meu sapato.

Ele sai correndo, fico observando como ele está crescendo.

Beatriz _ Desculpa Evellyn, não queria estragar sua noite com o Diego.

_ Claro que não menina, deixa de ser boba. Eu tô morta, tenho certeza que na hora que eu deitar naquela cama, eu apago.

Ela rir, ficamos conversando algumas coisas sobre ele, como a escola e que eu tinha que fazer o pagamento da escola. Hoje graças a Deus eu já não dependo mais do dinheiro do meu tio, eu ganho bem e isso me faz me sentir uma mulher independente, que não preciso de ninguém. Antes bem no início tudo ele bancava, claro que todo o dinheiro vinha do tráfico. Mais era a única solução pra mim me manter aqui e poder me formar e ter meu dinheiro próprio.

Converso com minha mãe enquanto Diego assistia o filme e comentava cada cena. Ele é apaixonado em filmes de super heróis, uma coisa que ele se parece tanto com o pai além da aparência, é que Diego torce pra todos os vilões. Louco apaixonado no coringa.
Já tentei fazer com que ele pare com essa idolatria ao coringa, mais ele além de ser Muito educado, e um menino amorzinho ele tem um gênio forte.

Diego _ Mamãe sabia que o pai do Batman também morreu, assim como o meu Papai?!

Do nada ele faz esse comentário me tirando atenção da conversa com minha mãe.
Eu sei que é errado o que eu fiz, mais quando ele começou a perguntar porquê os amiguinhos da escola tinha pai e ele não, eu acabei dizendo que ele havia virado estrela, morrido. Meu Tio ficou chateado, porquê disse que era pra falar a verdade, que seu pai não morava aqui e um monte de coisas, mais eu acabei me deixando levar pelo o momento e falei o que me veio na cabeça primeiro.

Diego _ Como era o nome dele mamãe?

Seguro em seu rosto tirando atenção dele da tv e me fazendo encarar.

_ Porquê isso agora filho? Não já conversamos sobre isso!

Ele baixa os olhinhos triste.

Diego _ Porquê o David da minha sala, me falou que o pai dele vai levar ele no parque no final de semana. E que vai levar ele pra fazenda, pra andar a cavalo. Eu queria que meu pai tivesse aqui.

Seguro pra não acabar chorando, até eu queria que meu filho tivesse um pai. Mesmo ele tendo um pai, digo um pai presente.

_ Mais você não precisa de um pai para te levar no parquinho, nem para andar a cavalo Diego. Eu posso fazer isso com você meu filho, eu a tia Beatriz, ou o tio André. O que importa meu amor é que a mamãe te ama muito. Por você sou capaz de tudo, até de destruir o Batman só pra ajudar o coringa.

Acabo desfocando do assunto tão delicado só pra descontrair ele.

Diego _ Mãe a Sra não conseguiria, Batman é muito foirte.

_ Forte Diego, não é foirte.

Corrijo ele que uma vez ou outra fala uma palavra errada... Ele volta atenção ao filme, e comento com minha mãe o que ele falou, Ela acaba não sabendo o que falar. Eu entendo, eu também não saberia o que dizer em uma situação assim.

Submissa De Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora