1• 𝙴𝚟𝚎𝚕𝚕𝚢𝚗 ♡

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Desde que me entendo por gente, que eu e minha família moramos no morro da coroa.
Minha família se resume a mim, minha mãe e minha irmã Sophie. Aqui já foi muito mais tranquilo, uma comunidade sem muitas coisas ruins, e erradas acontecendo. Onde podíamos ficar até tarde nas calçadas conversando, não que eu ou minha mãe fizéssemos essas coisas. Famílias não tinha que se preocupar com entes queridos morrendo pro tráfico, pra polícia, ou sendo presos. Ninguém se preocupava com invasões, ou balas perdidas. A Coroa é uma comunidade linda, praticamente uma das mais lindas do Rio de janeiro, por sua história, sua bela paisagem.
A comunidade, em constantes melhoramentos, crescia à passos largos e vinha se tornando um ponto de visitação turística, com uma vista espetacular da Apoteose do Samba e do centro da cidade do Rio de Janeiro.
Porém tudo mudou quando um traficante tomou posse da comunidade transformando em um das maiores concentração de tráfico e atraindo assim todo ódio dos governantes e lei do país.

Eu nunca vi, ou tive qualquer contato com o mesmo, dizem que ele raramente aparece em público, que ele nunca coloca a cara a público, raramente está nos bailes ou rodas de samba dos finais de semana. Uns falam que ele é um velho barrigudo, feio, outros falam que ele é novinho bonito. Nunca me importei, ou tive qualquer curiosidade que fosse relacionada a ele ou qualquer pessoa que seja envolvida com esse tipo de vida. Não sou metidinha como muitos aqui falam. Só porquê sou uma menina mais na minha, mais quieta, diferente de muitas na minha idade que já são mãe de praticamente dois três filhos. Que se deitam com qualquer homem por dinheiro, status, eu ao contrário delas quero distância desse tipo de gente. Quero mesmo é sair daqui, me formar e ter minha família bem longe dessa comunidade depois de tudo que vem acontecendo. Meu pai só Deus sabe realmente o que lhe aconteceu, então me resumo a mim, minha mãe e Sophie.

Aproveito pra limpar a cozinha, após terminar de fazer a janta. Escuto alguém abrindo a porta, olho pra ver quem é, e vejo que é minha mãe e meu tio André.
Já fico tensa, é nítido vejo na cara da minha mãe que ele já conversou com ela.

Gabriela_ Evelyn, vem aqui agora preciso falar com você!

Ela coloca a bolsa em cima do sofá e cruza os braços olhando em minha direção!
Coloco o pano em cima da mesa e sigo até eles.

_ Oiê mãe, Oi tio!

Gabriela_ Evellyn, me explica por que você quer trabalhar, está faltando algo pra você minha filha?

_ Claro que não mãe, jamais!

Abraço ela por que vejo que ela ficou chateada com essa historia, ela faz cara de triste. Fosse outras mãe ficariam felizes por saber que estava indo atrás de trabalho, que poderia ajudá-la ainda mais em casa.

_ Mãe, você me dá tudo o que eu preciso, porém eu quero trabalhar, por que eu quero ajudar a senhora, Também não vai atrapalhar meus estudos mãe, prometo que se chegar perto disso eu paro de trabalhar. E a Sophie pode ficar na casa do tio enquanto eu trabalho, e a senhora chega.

André_ Claro que ela pode ficar lá em casa minha querida! Aceita Gabi, ela só que te ajudar não vai ser muito, mais ajudará em algumas despesas.

Gabriela_ Mais trabalhar não é responsabilidade dela André, e sim minha. A responsabilidade dela é estudar, terminando os estudos se formar.
Mas tá ela pode ir, mas não é pra faltar na aula, nem dá cabimento aos homens que vão está lá no bar. Eu confio em você, mas não confio neles.

Meu tio começa e rir.

André_ Pow me ofendeu Gaby.

Todos nós começamos a rir.

_ Obrigado mãe. Agora vai lá tomar um banho e se trocar pra gente jantar. Tio o senhor fica pra comer com a gente?

André__ Não vai dá não filha, já vou indo
vou fechar o bar mais cedo, sua tia quer ir no baile hoje. Vocês bem que poderiam ir. Você principalmente Gabi, faz tempo que você não se diverte.

Gabriela_ Não André muito obrigado, estou muito cansada pra ir pra baile e sem falar não tenho mas idade pra isso.

André_ Mais você vai né Evellyn? Sua tia e sua prima disse que nunca mas falaria comigo se você não acompanhasse elas no baile. Você deixa ela ir?

Gabriela_ Não sei André, Evellyn é muito novinha ainda, mais ela quem sabe eu confio na minha filha, você vai filha?

Ela me pergunta e os dois me encaram, eu fico indecisa, eufórica.

Evelyn_ Sério que posso ir mesmo?

Eu ia adorar nunca fui ao baile, minha mãe fala que só rola o que não presta, porém sempre tive curiosidade.

_ Me espera ai tio, vou só pegar minhas coisas e vou com você. Há mãe, já tem comida feita, limpei a cozinha!

Gabriela_ Obrigado querida! Olha, você vai Mais todo cuidado viu? Eu estou confiando em seu tio, dias de baile tem muitos garotos. Olha ela André, cuidado com minha filha.

Corro pro meu quarto ouvindo ela fazer mil e uma recomendações ao meu tio que garantia que nada me aconteceria.
Arrumo uma bolsa com minhas roupas sandália e desço, encontro meu tio rindo horrores com minha mãe.

_ Vamos tio?

André _ Vamos. Gabriela não se preocupa, ela vai voltar do jeitinho que ela está saindo.

Gabriela _ Espero mesmo. Pois o que acontecer com ela fora essa porta é toda responsabilidade sua.

Nos despedimos da minha mãe com um beijo e saímos.
Subimos andando mesmo, fomos conversando.
Não demora muito chegamos na casa do meu tio... Logo na entrada já escuto Luma gritando feito uma hiena louca assim que me ver. Ela corre e se agarra em mim gritando quase me deixa surda.

_ Sua louca grita mas baixo, você ta louca?

Luma_ Minha vaca que tanto amo, pensei que você não viria. Agora Vem, vamos nos arrumar já começou o baile.

Já era quase 23 horas, subimos Luma já tinha tomado banho.
Tomo banho e demoro um pouco no banheiro. Já escuto Luma reclamando que eu estava demorando. Saio rindo do banho, Ela já estava terminando de se arrumar.
Então começo a me vestir me troco rápido, após me arrumar ela me puxa me senta em sua cama e começa a fazer uma maquiagem
Não consigo ver pois ela não deixa apenas confio nela, ela sabe que não gosto nada de maquiagens marcantes.

Assim que ela Termina manda que eu me olhasse no espelho, me olho e vejo que estou arrasando nem me reconheço.
Depois de tudo terminado descemos, já estava ficando tarde.

_ Nossa tia você está linda.

Comendo sendo sincera, ela dá um imenso sorriso e retribui o elogio.

Juliana_ Linda está você gatinha, hoje você arranja um genro pra Gabi.

Todos rimos, mais fico com vergonha, não sou de ficar me preocupando com namorados ainda... Saímos direção ao baile.
Ao sair sinto uma sensação esquisita, algo me dizia que eu não deveria ir a esse baile. Porém acabo não comentando pra ninguém, afinal não quero preocupar ninguém com minhas paranóia que me veio a mente do nada.

Submissa De Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora