Capítulo 25: Os Anjos de Platina, Ouro e Prata

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O querubim Rafael, junto com sete de seus arcanjos e quinze anjos cercavam Kifo, o filho mais novo da Morte, que mantinha um sorriso sarcástico no rosto. Nove anjos e dois arcanjos foram mortos por ele usando apenas as mãos. Rafael sabia que eles não tinham nenhuma chance de derrotá-lo em um combate corpo a corpo. Ele era poderoso demais, nem mesmo os querubins poderiam derrotá-lo, por isso aquele maldito sorriso. Se ao menos aqueles três estivessem vivos. Os Anjos de Platina, Ouro e Prata, ou Anjos de Metal, como eram conhecidos quando estavam reunidos. Como dizia a Palavra Antiga, muitos e muitos milênios atrás, as Legiões eram comandadas por outros três querubins: Salazar, que comandou as Legiões de Lúcifer, Valentine, que comandou as Legiões de Miguel e Sebastiam, que comandou as Legiões de Rafael. Subordinados a esses três havia os Anjos de Metal. Eles eram anjos como qualquer outro, mas suas mentes trabalhavam de uma forma diferente, eles podiam derrotar qualquer adversário usando apenas a estratégia, independentemente do quão mais forte era o inimigo. Até mesmo os querubins eram derrotados por eles. Tal poder que possuíam era chamado de frenesi de combate.

Antes de se formarem as Legiões, o Paraíso se resumia ao Éden e a Nova Jerusalém, que ainda era apenas chamada de Cidade de Prata. O Criador morava no Éden e os anjos na Cidade de Prata. A única função dos seres celestiais era adorar ao Senhor, não conheciam o Mal ou a Morte, mas sabiam que eles existiam em algum lugar. Sabiam também que o Lago de Fogo e Enxofre ou Abismo existia, mas nunca o tinham visto. Deus os mantinha protegidos de todas essas coisas. Até que tudo mudou.

A Terra já existia, e era habitada por Pitā, criaturas gigantes, humanoides, feitas de madeira e Ele estava desenhando criaturas que ele batizou de Dyyn'as'ár ou "criaturas gigantes de sangue frio". A mensagem chegou de forma inesperada. Os anjos daquela época, assim como agora, não viam Deus em sua Trindade completa apenas o Verbo aparecia para eles. E o Verbo disse:

– A Morte, usando o poder dos Parī'ō, presente dado por nosso Senhor, criou os Filhos do Abismo. Criaturas poderosíssimas, e agora estão vindo em nossa direção. Eu e meu Pai estamos lutando bravamente, mas eles são muitos e o Mal e a Morte lideram o ataque. Eu preciso da ajuda de vocês, preciso que lutem ao meu lado!

Ali ele criou o Fogo Celestial, uma arma muito poderosa. As Legiões se formaram sobre a liderança dos querubins. Os Anjos de Platina, Ouro e Prata se destacaram. Encarando de frente os ataques dos Filhos, aquelas Legiões, muitos dos quais ainda pertencem as Legiões modernas, selaram todos os Filhos de volta no Abismo, com exceção de três: Shi, Tod e Kifo, os filhos da Morte.

Os três querubins trocavam golpes incansavelmente com eles, enquanto Deus lutava contra a Morte e o Mal, mas os líderes das Legiões não podiam derrotá-los, e naquela época os Serafins não tinham sido criados. Então os Anjos de Metal foram obrigados a interferir.

Kethoriniel, o Anjo de Platina, junto com Valentine, lutaram contra Shi, o filho mais velho. Crowliel, o Anjo de Ouro, e Sebastiam enfrentaram Tod, o filho do meio. Lucy-El, o Anjo de Prata, e Salazar combateram Kifo, o mais novo.

Os Anjos de Metal eram assim chamados por suas armaduras serem feitas cem por cento daqueles metais e enquanto usavam-nas até mesmo suas asas pareciam ser feitas dos mesmos materiais. Suas espadas eram feitas também desses metais, porém o fio delas emitia um brilho branco-alaranjado. Era Fogo Celestial comprimido no metal, mas cortando e queimando tão bem quanto as espadas acesas.

Por mais que lutassem, cortassem, furassem e queimassem, os anjos não tinham como matar os três Filhos da Morte de uma vez por todas. Por alguma outra razão, os anjos não podiam selá-los com a mesma facilidade que selaram os Filhos do Abismo. Sabiam que estavam próximos da morte, eles não sabiam o quanto.

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