Capítulo 58: Magic is Coming

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Alan Rockbell seguiu a diretora, Verônica Zambrano, pelos corredores principais do Colégio Andersen. No entanto, a razão exata lhe era um mistério. Alguns minutos antes um estranho fizera-lhe uma oferta bizarra e aquela mulher que até meses antes era a pessoa que ele mais temia, disse que ele devia aceitar a oferta se quisesse ajudar pessoas. Ele decidiu segui-la, ainda que contra sua vontade.

Ela parou diante de uma porta que dava para um porão, onde materiais inúteis estavam guardados. Alan conhecia aquele porão muito bem, afinal levara várias namoradas ali. Sorriu à lembrança. Os dois desceram iluminados por uma luz conjurada por Verônica, quando estavam lá em baixo, ela parou e olhou em volta. Andou até uma parede e apertou um tijolo que estava ali. Um barulho ensurdecedor introduziu o movimento de uma parede, para a surpresa de Alan.

Não era mistério para ninguém daquela escola que havia diversas passagens secretas, porém ninguém conhecia as entradas. E ali estava ele, um dos maiores mistérios de sua infância revelados. A diretora entrou pela passagem. Ele a seguiu.

Andaram por alguns minutos. Alan não decorou o caminho, pois viraram tantas vezes que ele se perdera. Pararam diante de uma porta grossa de carvalho, em que haviam vários desenhos de batalhas medievais, onde vários exércitos trocavam golpes de espadas, lanças e escudos. Num desses desenhos, um homem lutava contra um dragão. Ele imaginou-se lutando em uma daquelas batalhas.

Assim que cruzaram o portal, dezenas de tochas se acenderam, revelando um salão grande e redondo sustentado por doze pilastras de pedras com desenhos aleatórios formados por palavras em uma língua que ele não reconheceu. Devem ser na Língua Proibida, deduziu, é o tipo de magia mais comum. No centro exato havia uma mesa, onde símbolos estavam desenhados. A mesa tinha cortes circulares em vários níveis, como se fosse para girar a mesa e combiná-los por alguma razão.

– Esta, meu rapaz, é a Mesa dos Mil Feitiços. – Verônica disse. – E esse é o maior acervo mágico do mundo. Impressionante, não?

– Sim. Mas o que eu tenho a ver com tudo isso?

– Vou te contar a história do início: – Ela disse apontando para uma cadeira que surgiu do nada, para que ele sentasse. – Três anos atrás eu encontrei uma mensagem deixada por meu marido, Stephan Van Helsing, meses antes de sua morte, em que ele me contava sobre uma missão que lhe foi dada anos antes por Pendragon, o líder supremo da Ordem dos Cavaleiros da Rosa Cruz.

"Pendragon lhe deu essa ordem: 'Investigue uma irmandade secreta chamada Espadas do Alvorecer'. Meu marido descobriu pouquíssimas coisas, e entre elas nenhuma identidade. Sabia apenas que um homem mascarado – aquele que você encontrou lá fora – estava reunindo pessoas dos vários tipos de magia que existem".

– Que são...?

– Você já conhece a Arte e a magia asteca, que são as que você e eu praticamos. Temos que começar pela origem da magia. Há quatro tipos de praticantes: magos, feiticeiros, bruxos e Artistas.

"Mago é uma classificação geral. Qualquer praticante de magia é um mago, contudo, nem todo mago é feiticeiro ou bruxo ou Artista. Um feiticeiro normalmente precisa de ingredientes ou poções ou qualquer elemento extra para fazer um feitiço além da energia corporal; dos quinze tipos de magia praticada por humanos, cinco são feitiçaria: a magia Hindu, a Persa, a Icena, a Húngara e a Grega. Bruxaria existe apenas uma: a Celta; o que diferencia os bruxos dos outros tipos é que eles precisam de uma varinha mágica para conjurar qualquer feitiço. Os Artistas, obviamente, são os que praticam a Arte; somos diferentes por que os feitiços que conjuramos são basicamente para o combate corpo-a-corpo, por isso despertamos nossas Armas quando alcançamos certo nível de experiência em combate real".

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