22.

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Anna

Pierre enlouqueceu de vez cara, colocou na cabeça dele que eu sou sua mulher.

Agora ninguém tira isso da mente desse maluco, mas tu vai bater cabeça com louco? Por que eu mesmo não.

Vou ficar bem quietinha na minha e observar suas atitudes, porque na hora do fogo é muito fácil prometer céu e terra pra mim, quero ver na prática.

Ele sempre foi um cara cobiçado, sempre rodeado de mulher em qualquer lugar e em qualquer hora do dia.

Será mesmo que ele vai deixar tudo isso de lado pra ficar comigo? Simples assim?

Quando do nada aparecer uma piranha na salinha dele louca pra fazer um boquete, ele vai recusar por minha causa? Porque agora sou sua mulher?

Enfim, não vou ficar pensando muito nisso porque não quero criar expectativa em cima dessa parada.
Não quero me machucar.

Essa noite que passamos foi a melhor que tive em muito tempo, consegui me distrair de todos os problemas que me rodeiam.

E sendo sincera, gozei a beça, nunca gozei tanto assim na vida.

Saio dos meus pensamentos e termino meu banho rápido , enrolo a toalha no meu corpo e vou em direção ao quarto, e vejo o Pierre sentado na mesa da sacada me esperando com um puta café da manhã.

Pego uma troca de roupa simples na bolsa, um shortinho de academia preto, cropped de alcinha da mesma cor e meu air force.

Penteio o cabelo e vou em direção ao homem que está me olhando, dou um selinho rápido nele e me sento na cadeira ao seu lado.

Pierre: Gostosa. — Da um tapa na minha coxa e sorri, eu retribuo dando um beliscão na sua barriga. — Aí porra!

Anna: Para de me agredir cara, já tô toda dolorida.

Pierre: Perdoa eu minha princesa? — Da um beijo na minha bochecha começando a colocar as coisas pra ele comer.

Anna: Perdoo... — Pego um copo com suco de laranja e me sirvo do pão com frios que está ali, comendo com o maior gosto. — Tu pode me deixar lá na loja?

Pierre: Claro pô.

Anna: Valeu meu bem. — Sorrio e dou um beijo no seu ombro, terminando de me alimentar.

Depois que os dois comeram, fomos ajeitar nossas coisas para ir embora.

Coloquei minha bolsa no ombro e esperei o Pierre do lado de fora do quarto.

Anna: Vai ir sem camisa, amostrado?

Pierre: Mó calor pô, tá com ciúmes não né?

Anna: Se manca Pierre. — Gargalha e me da um tapa na bunda enquanto saia do quarto e fechava a porta do mesmo.

Pierre: Sou todo seu branquela, tem k.o não. — Beija o topo da minha cabeça e nos encaminha até o elevador, descendo até a saída.

Seguimos em direção à rua até onde sua moto tá estacionada e ele me ajudar a subir na garupa, subindo em seguida e dando partida.

Pierre: Se segura aí amorzão. — Belisco sua barriga e escuto ele dando risada, mas faço o que ele pede, abraço sua cintura e coloco a cabeça deitada em suas costas, aproveitando a viagem até a loja.

Enquanto descemos o morro percebo que geral para pra olhar a gente e cochichar, aja paciência dessa galera logo cedo na missão de cuidar da vida dos outros.

Antes das 10h da manhã já tô sendo assunto na favela.

Decido ignorar isso por hora parar curtir a viagem de moto, 15 minutos depois ele estaciona em frente a minha floricultura.

Pierre: Tá entregue branquela. — Desço da moto com cuidado e paro na frente dele que me puxa para um beijo lento e gostoso. Eu retribuo da mesma forma, abraçando-o.

Anna: Obrigada viu? Foi muito boa a noite que passamos, de verdade... — Finalizo o beijo com um selinho demorado e olho no fundo dos seus olhos, que me olha também.

Pierre: Eu que agradeço por você ter aceitado, foi gostoso pra caralho...e pensa naquilo que eu te disse viu? Te quero só pra mim, tu tá no meu nome filha. — Puxa meu lábio inferior com seus dentes e sorrio.

Anna: Tá bom...vou entrar lá, tá? Se cuida e vai com Deus, me manda mensagem. — Dou outro beijo nele e começo a me afastar até a loja.

Ele da uma buzinada e segue seu caminho até o vidigal.

Entro na loja toda sorridente e já vejo meu melhor amigo me olhando com a maior cara de safado possível.

Rô: VAI ME CONTAR DETALHE POR DETALHE SUA CACHORRA! QUE CENA FOI AQUELA ALI NA FRENTE??? — Sai de trás do balcão do caixa e vem até mim, e eu dou risada do seu desespero. — Vocês estão juntos?

Anna: Então....podemos dizer que sim? Na verdade ele é maluco e decidiu que sou a mulher dele e tô no nome dele a partir de hoje. 

Rô: PUTA QUE PARIU ESTRELLA, EU SABIA CARALHO EU SABIAAAAAAAA. VOU SER MADRINHA DESSE CASAMENTO, sempre soube desde o início. Ai meu Deus!

Anna: Que casamento bicha? Tu é maluco igual o Pierre, nunca vi igual. — Gargalho e coloco minha bolsa no armário do estoque, voltando para falar com meu amigo. — Vou deixar rolar sabe? Não vou criar expectativa até porque na hora do fogo promessas são rasas demais, mas no primeiro vacilo eu pulo fora.

Rô: Tá certa amiga, deixa rolar e ver como vai ser. Mas já deixo avisado que se esse bofe te machucar eu mesmo mato ele, tenho medo não viu?

Anna: Eu sei muito bem do que você é capaz Ronald, porque eu também mato e morro por ti minha bicha favorita. Te amo muito. — Dou um abraço apertado nele enquanto sinto ele beijar o topo da minha cabeça. 

Rô: É recíproco mona, te amo a beça.

E assim começamos e terminamos nosso dia aqui na loja, conversando e fofocando a beça, eu contando cada detalhe da minha noite com o Pierre.

Tô me sentindo muito leve depois de tudo isso que aconteceu, espero que assim continue, porque uma pontada de felicidade tá brotando no meu peito e fazia tempo que não me sentia assim...

Vermelho Fogo [M] Onde histórias criam vida. Descubra agora