26.

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Anna

Nunca fui de ficar nervosa pelas coisas, a última vez que senti como se meu coração fosse sair pela boca foi quando inaugurei minha loja, e tô sentindo exatamente isso agora indo em direção ao palco com o Pierre.

Caminho em passos leves com ele e sinto minhas mãos suarem frio, acho que vou desmaiar.

Estamos descendo uma escada que leva para a parte de trás do palco, onde até então ninguém está nos vendo ainda.

Paramos num espaço que parece ser um camarim, respiro fundo olhando para o espelho e vejo que estou pálida.

Anna: Acho que eu vou desmaiar. — Ele passa a me observar e percebo que ficou preocupado. — Tô nervosa Pierre.

Pierre: Senta aí na cadeira, vou pedir pra trazerem uma água pra tu. — Ele beija minha testa com carinho e vai até porta do camarim falando com alguém, que logo entrega uma garrafa de água pra ele. — Toma com calma, tu tá mais branca que o normal...

Anna: Muitas emoções, logo passa...desculpa. — Tomo a água em goles pequenos enquanto respiro fundo, tentando não surtar.

Pierre: Não precisa se desculpar meu bem, se quiser a gente vai pra casa e deixa esse lance pra outro dia.

Anna: Não! Eu quero, eu quero hoje ser apresentada como sua mulher. — Ele sorri de lado e começa a fazer carinho na minha nuca, aquilo me faz relaxar na hora. — Vamos?

Pierre: Tá de boa mermo? Fica aí quanto tempo tu quiser.... — Balanço em positivo com a cabeça e me olho no espelho, vendo que não estou mais pálida.

Anna: Já melhorei, misturou calor com nervosismo e deu nisso...bora lá meu branquelo. — Ele da risada e segura minha mão, respiro fundo mais uma vez e seguimos para uma portinha onde dá acesso ao palco.

Pierre abre a portinha e logo nós dois entramos no palco, ficando de frente para a mesa do dj que tocava ali.

Ele cumprimentou o Pierre e a mim, entregando um microfone para ele.

Olho para todos os cantos do baile, para os lados, para baixo, para cima....e toda a atenção dali é nossa.

Pierre: Primeiramente boa noite pra geral aí, não vou me esticar muito pra vocês poderem curtir o baile suave. — Ele fala com a voz grossa todo marrentinho, enquanto a galera grita por ele. — O que tenho pra dizer é que eu e a Anna estamos juntos e ela agora é minha mulher...minha primeira dama.

Ele olha no fundo dos meus olhos e eu sorrio, sentindo um arrepio descomunal com a fala dele.

Pierre: Exijo o máximo respeito com ela, tá ligado? O que é meu é dela na mesma intensidade, então não quero saber de fofoquinha. Anna agora tá comigo, é minha mulher e vocês vão respeitar ela da mesma forma que me respeitam, fechou?

A galera grita mais uma vez super animados com a notícia, até estranho porque pensei que não fossem curtir.

Pelo menos as vagabunda não assumidas dele devem estar se mordendo de ódio, mas não posso fazer nada.

Pierre entrega o microfone para o dj e se vira pra mim, enlaçando minha cintura com aqueles braços enormes e me beijando na frente de todo mundo.

O mundo para naquele instante e parece que só existe eu e ele ali, na verdade eu, ele e nossa conexão.

Coloco meus braços em volta do seu pescoço e retribuo seu beijo da mesma forma, finalizando com vários selinhos e mordidas pela boca dele.

Me assusto com barulho de tiros e minha mente já fica em alerta para sair correndo, olho assustada pro Pierre e ele da risada pedindo pra eu olhar pra cima.

Quando olho e vejo o camarote lotado de homens armados até a boca, com as armas pra cima e atirando em forma de comemoração, eu não aguento e começo a dar risada.

Que negócio de doido.

Pierre: Meus parceiros e meus vapores tão felizão pela gente pô, se acostuma que comemoração de bandido é daí pra pior. — Ele gargalha da minha reação e pega na minha mão, nos levando novamente para o camarote.

Anna: Que susto cara, já pensei que era as piranha que tu pegava querendo me matar.

Pierre: Pra te matarem vão ter que passar por cima de mim minha gata, e te garanto que é a coisa mais difícil alguém ter esse peito de aço pra me enfrentar.
Não vou deixar nada e nem ninguém encostar um fio de cabelo teu.

Anna: Eu sei amor, me sinto segura com você. — Dou um selinho rápido nele e entramos no camarote, a galera vem de encontro com a gente para nos parabenizar.

Fico feliz com a recepção e por incrível que pareça começo a realmente me sentir em casa.

Vermelho Fogo [M] Onde histórias criam vida. Descubra agora