Vermelho Fogo [M]

97.

Quartinho do Theo na mídia pra vocês terem uma noção.🫶🏻

Pierre

Eu sou um cuzão e não nego mermo, tô vacilando pra caralho com a mulher que eu mais amo nessa vida.

Eu sei que ela não me perdoou 100% pela bosta que falei pra ela quando cheguei bêbado em casa, e não julgo porque se fosse ao contrário eu ficaria chateado ouvindo isso.

Falta 15 minutos pra Anna sair do consultório da psicóloga e desde o momento que ela entrou lá eu tô que nem maluco fazendo ligações e mandando mensagem, o bom de conhecer muita gente e ter uma certa influência, mermo que seja negativa na maioria das vezes, é que consigo umas paradas que provavelmente demoraria meses pra ser feita.

A Íris me falou a loja que a Anna ficou apaixonada no shopping que é de móveis para bebês, perfeito pra montar o quartinho do nosso Theo.

Obviamente pedi ajuda pra escolher pois como ela tava com a Anna no shopping ela viu o que minha gata mais gostou, espero que goste da surpresa que vou fazer pra ela.

Paguei um dinheiro a mais pros montadores fazerem toda a parada hoje, assim como já mandei o pintor fazer a arte dahora lá na parede no momento em que saímos de casa, quando a gente voltar já vai tá tudo arrumado.

Também contratei uma moça pra arrumar as gavetas e o guarda roupa do Theo, com as roupinhas, produtos de higiene, fralda, sapato e essas parada toda.

Quero que minha gata fique tranquila em relação a isso, por mais que eu sei que ela gosta de ficar mexendo nas roupinhas dele.

Termino de resolver todas as pendências e no exato momento que guardo o celular no bolso da calça a Anna sai do consultório com um sorriso contido e vem até mim, e percebo que seus olhos estão vermelhos e o nariz também.

Pierre: Tá tudo bem? — Me levanto e limpo um resquício de lágrima debaixo do seu olho e acena com a cabeça em positivo. — Tá com carinha de choro.

Anna: Tô me sentindo mais leve, e chorar as vezes faz bem, ainda mais na frente de uma pessoa que entende o por que de você estar ali. — Ela abraça minha cintura e coloca sua cabeça em meu peitoral. — Tinha coisas de anos presas dentro de mim que nem eu sabia que era possível, uma hora parece que não é o suficiente mas sei que vou ter todo tempo do mundo pra aflorar esses sentimentos e superar as situações que me traumatizaram.

Pierre: Tô aqui pra sempre, viu? — Ela levanta a cabeça e me olha nos olhos sorrindo. — Fui um cuzao esses dias mas eu jamais vou te abandonar, eu te amo pra caralho.

Anna: Eu também te amo e esquece isso, já passou. — Sei que não passou porque conheço ela como a palma da minha mão, mas deixo isso pra lá por hora e beijo a pontinha do seu nariz.

Pierre: Tava pensando em a gente passar o dia num hotel dahora ali na barra com hidro, pra gente relaxar um pouco sem ser em casa.

Anna: Eu quero.

Pierre: Então bora. — Seguro em sua mão e a levo para o carro, ajeito ela no banco e vou até o meu lado e coloco a chave na ignição, dou partida indo em direção ao hotel.

Meia hora depois já estamos dentro do quarto e a Anna já se enfiou dentro da hidromassagem, segundo ela já tava cansadona e mandou eu pedir comida pra ela. Virei gado mermo.

Desligo o telefone do quarto e tiro minha roupa deixando largada em um canto, vou até onde tá a hidro e vejo minha mulher toda relaxada com a nuca apoiada na beira da banheira.