Preto
Finalizo os b.o e entrego o pagamento dos cara que tava pendente, por enquanto aqui na boca tá suave por hoje.
Olho no relógio e já são 16:30 e nada da bonita da Íris me comunicar onde tá, sei que ela foi com a Anna no salão mas depois disso não me respondeu mais no whatsapp.
Saio da salinha e vejo o Pierre com o Theo encostado no carro dele e sorrio indo pegar meu afilhado.
Preto: Eae cabeludão. — Dou um cheiro no pescoço dele e olho pra calça do Pierre que tem uma mancha estranha bem na coxa. — Gozou na calça pô?
Pierre: Respeita caralho, é gorfo do Theo. — Franzo o nariz e olho pro bebê no meu colo sorrindo. — Ele adora me sujar.
Preto: Cadê as muié? — Ele desvia o olhar pra rua e nega com a cabeça. — Hein?
Pierre: Foram no shopping pô, coisa de mulher. — Ele tosse e estende o braço pegando o Theo de mim. — Vou levar ele pra tirar um sono, se a Anna souber que ele não dormiu ainda fico sem transar um mês.
Preto: Tu tá ligado que eu sei quando você tá mentindo né? — Vejo ele abrindo a porta do motorista e sentando no banco com o Theo sentado nas pernas dele. — Qual foi?
Pierre: Tô mentindo no que irmão? Tá chapado, porra. — Nego com a cabeça ajeitando o boné e faço um legal com o dedo. — Pior que mulher quando enfia abobrinha na cabeça.
Preto: É isso mermo pô. — Vejo ele dando partida no carro e subindo pra casa dele, pego o celular no bolso e mando outra mensagem pra Íris. — Essas duas quando se junta é só k.o.
Decido ir pro restaurante aqui na favela comer alguma parada e pego a moto indo rapidão, estaciono na calçada e entro já me sentando em uma mesa.
Preto: Aê Gika, manda um podrão pra cá. — Falo alto pra mulher que acena e começa a preparar meu pedido, olho o celular de novo e nada daquela loira azeda me responder. — Tá tirando paciência de vagabundo..
Anna: Falando sozinho, pretinho? — Ela me abraça por trás e me dá um beijo na bochecha.
Preto: Olha meu tamanho pra tu tá me chamando assim, respeita. — Respiro fundo e olho pra cara lavada dela. — Cadê a Íris? Ela não tá me respondendo esse caralho.
Anna: Deixei ela na tua casa agorinha, vim pegar lanche pra eu comer com o Pierre. — Ela vai até o balcão e faz o pedido dela pra Gika. — E tu tá todo chateado ai, isso é dependência emocional viu?
Preto: Suja falando do mal lavado, olha pra tu e o Pierre pô. — Dou uma risada e balanço a cabeça negando. — Só não se enfiam um no rabo do outro porque não da.
Anna: A gente é alma gêmea, e você é um invejoso. — Sorrio de lado e peço pra Gika colocar minha parada pra levar. — Pensei que ia comer aqui.
Preto: Eu ia, mas já que a outra já tá em casa vou pra lá mermo. — Ela me entrega o pacote com o lanche e pago o meu e o da Anna, que me olha sem entender. — Eu tô ligado que cês tão escondendo coisa de mim, mas eu ainda te amo.
Dou uma piscadela e saio do estabelecimento sem dar tempo da Anna falar nada, pego a moto e dou partida indo direto pra casa.
Estaciono a moto na rua mermo e entro pra casa no pinote, vejo a Íris sentada no sofá com cara de pateta e vou até ela.
Preto: Qual foi, não responde mais e nem da satisfação? — Coloco a sacola no sofá e fico de frente pra ela com os braços cruzados no peito. — An?
Íris: Você pode por favor pegar um negócio pra mim lá na geladeira? É um bolinho pequeno que peguei no caminho pra cá. — Franzo a testa sem entender nada.
Preto: Bolo? E é aniversário de quem? — Ela disfarça a risada dando uma tossida e balança a cabeça de um lado pro outro. — Tá usando droga estragada? Tá geral estranhão, porra..
Íris: Faz o que eu tô pedindo Matheus, o bolo na geladeira meu amorzinho. — Ela sorri com todos os dentes e vou até a cozinha abrir a geladeira e pegar o bendito bolo, levo de volta e coloco a bandeja no colo dela. — Não vai ler o que tá escrito?
Observo o bolo redondo todo branco com umas parada escrita em cima, franzo a testa ao ler "Deu positivo e não foi covid." e um desenho esquisito de uma mamadeira.
Preto: Não entendi. — Coço a nuca não entendendo porra nem uma e olho pro rosto da Íris que na hora explode em uma risada e fica vermelha. — O que deu positivo Íris? Tu tá doente?
Íris: Eu não chamaria isso aqui de doença. — Ela da mais uma gargalhada e coloca o bolo na mesinha e tira um papel e três bastão de uma sacola e me entrega. — Você fuma tanta maconha que tá ficando burro, meu Deus cara.
Preto: Não tô entendendo porra nem uma, mermao. — Pego as parada da mão dela e leio o papel, e mais uma vez não entendi nada, decido olhar pra aqueles bastão esquisito e vejo no visor "Grávida 3+". — VOCÊ TÁ GRÁVIDA?
Íris: SIM, SEREMOS PAPAIS! — Ela grita animada e eu jogo os negócio tudo no chão e pego ela pela cintura a abraçando com força e beijando toda a extensão do seu rosto. — Você vai ser papai, amor.
Preto: EU VOU SER PAI PORRA, CARALHO! — Ela enrola as pernas na minha cintura e deixo ela no sofá beijando sua boca com afobação, mordo seu lábio inferior e sorrio olhando em seus olhos. — Eu te amo tanto loira, puta que pariu, eu tô feliz pra caralho.
Íris: Eu te amo mais Matheus, eu sou a mulher mais feliz do mundo contigo aqui comigo. — Ela me beija mais uma vez e seco as lágrimas que caem em cascata pelo seu rosto. — Eu te amo.
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Vermelho Fogo [M]
FanfictionMe jogaram na malandragem irmão, eu voltei liderando a gangue.. SEGUNDA TEMPORADA NO PERFIL.