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Anna

Meu corpo se desperta aos poucos e sinto como se dez tratores tivessem passado por cima de mim de tanto que me sinto exausta, meu corpo está completamente dolorido da noite anterior.

Eu e o Pierre transamos feito dois coelhos, sem brincadeira, nem o balcão da cozinha escapou, foi literalmente sexo atrás de sexo até as 6h da manhã.

Tive que implorar pra ele me dar um descanso porque se dependesse do bonito ele ia estar me comendo até agora, e eu que lute com essa buceta assada e meu cu doendo né?

Me remexo na cama esticando todo meu corpo e sentindo ele estralar, passo o braço pelo lado direito da cama e não sinto nada, abro meus olhos e confirmo que o Pierre não está.

Olho para o relógio e vejo que são 9:15 da manhã, nem dormi direito e juro que gostaria de dormir mais, mas combinei de passar o dia na praia com o pessoal e tô morrendo de saudade do meu filhote que ficou aos cuidados da Íris.

Me levanto sentindo dor e caminho em direção ao banheiro para tomar um banho e fazer minhas higienes pessoais, após finalizar me enrolo em um roupão e saio do cômodo indo para o quarto de novo.

Abro a mala e pego meu biquíni branco e visto rapidamente, ouço um barulho na porta principal e sinto a presença do meu marido atrás de mim.

Pierre: Bom dia gostosa. — Ele abraça minha cintura por trás e beija meu pescoço com vontade, dou uma risadinha sentindo arrepios. — Tua bunda tá toda arregaçada, papo reto.

Anna: Por que será né? — Ele ri e passa a palma da mão ali fazendo uma leve massagem. — Tá sensível pra caralho, tu me paga.

Pierre: Depois que nois voltar da praia eu deixo tu no controle, só porque eu sei que tu tá cheia de dor. — Ele me vira de frente e beija meus lábios com carinho. — Minha mulher.

Anna: Agora é oficial. — Sorrio e levanto a mão mostrando a aliança de ouro no meu dedo. — Já viu como tá o Theo?

Pierre: Acabei de vir de lá, tá se acabando de brincar com o Matheus aquele safado. — Rio e nego com a cabeça. — Vamo tomar um café e já saímos pra praia.

Ele me puxa pela mão até o deck onde colocaram uma mesa redonda cheia de comida de café da manhã, me sento na cadeira com ele e faço um pratinho colocando pão, torrada, ovo mexido e coloco suco de laranja no copo.

A gente termina de comer rapidinho e logo estamos fora do bangalô indo em direção à praia que fica cinco minutos dali andando, chegando na praia já avisto uma cabana e vejo a Íris com meu bebê no colo.

Anna: THEEEO! — Grito e ela se vira na minha direção apontando para mim, meu filho abre os bracinhos e começa a mexer eles empolgado, sorrio e corro até ele o pegando no colo. — Que saudade do meu neném!!! Ele deu trabalho amiga?

Íris: Que nada amiga, essa criança não dá um pingo de trabalho. — Ela me abraça e eu passo na frente dela para entrar na cabana. — Noite foi boa hein? Safada.

Anna: Ahn? — Olho pra ela sem entender por alguns segundos e depois me dou conta do estado caótico da minha bunda, dou risada sem graça. — Ah! Pois é menina, foi babado..

Íris: Pelo estado da tua bunda foi mais que babado, tá maluca! Credo, que delicia. — Gargalho alto e dou oi para o resto da galera ali.

Anna: E você, já tá sentindo muito tesão por conta dos hormônios da gravidez? — Coloco o Theo sentado nas minhas pernas e olho pra ela. — Porque até quando eu pude eu transei a beça.

Íris: Não sei se é coisa psicológica porque tá tão recente, mas o Matheus não pode fazer nada que eu já tô abrindo minhas pernas pra ele. — Gargalho mais uma vez atenta a ela. — Sério amiga, xota chega a pingar de tesão.

Anna: Te entendo gata, pois aproveite muito! — Me levanto da cadeira com o Theo e dou um cheirinho no pescoço dele. — Vou lá na beirinha do mar levar ele.

Ela acena com a cabeça e caminho até a beira do mar com o Theo, me sento na areia onde bate a água e coloco ele no meio das minhas pernas.

Anna: A água vindo filho. — Quando a água gelada vem de encontro aos nossos corpos ele dá um gritinho animado e eu dou risada achando graça. — É um peixinho mesmo.

Estranho: Hola señorita. — Olho pra cima vendo um homem de uniforme sorrindo pra mim e franzo a testa. — Ese hombre de allí me pidió que te trajera esa bebida.

Pierre: Avisa o "hombre" que ela é casada e o marido tá louco pra meter o fuzil nele e deixar igual peneira, todo furado. — O garçom arregala os olhos tendo ciência de quem é o Pierre e fica pálido pedindo mil perdões. — Vaza porra.

Dou risada quando vejo o cara quase caindo pela areia e nego com a cabeça.

Pierre: Não pode deixar o filé cinco minutos sozinha que os gavião vem tudo em cima. — Ele bufa irritado e se senta ao meu lado sorrindo pro Theo. — Eaê tubarão.

Anna: Ele amou o mar. — Levanto ele pelo quadril pra ficar de pézinho e ele se anima tentando mexer as perninhas. — Olha isso.

Pierre: Vai ser surfista quando crescer. — Dou risada e ele me acompanha, aproxima o rosto do meu e me beija nos lábios. — Eu amo vocês.

Anna: A gente te ama mais, papai. — Sorrio e dou um selinho rápido nos seus lábios. — Eu tô tão feliz e tão realizada sabe? Nunca imaginei viver isso com alguém..Engravidar, casar, ter uma família.

Pierre: Nem eu pô, mas falar a verdade pra tu bem lá antigamente quando tu só fugia de mim, eu só pensava em ter uma vida nesse naipe contigo. — Arregalo os olhos desacreditada e ele solta uma risada sem graça. — Sem k.o, desde as antiga eu sempre te quis..E aqui estamos.

Anna: Eu te amo muito amor, meu coração chega a doer de tanto amor. — Apoio a cabeça no ombro dele e ficamos os dois olhando para o horizonte daquele mar sem fim. — Te amo mesmo..

Pierre: Tu me salvou de muita merda Anna, acho que tu nem tem noção disso. — Suspiro e mexo a cabeça para olhá-lo. — Antes eu não tinha medo nem um de não voltar pra casa, sabe? Apesar da dona Jô, eu não tinha nada a perder mermo...Mas aí tu apareceu e tudo mudou, eu tava fora de casa e a única coisa que eu pensava era ficar vivo de qualquer jeito porque você ia tá lá em casa me esperando.

Anna: Aí amor... — Fungo emocionada e sorrio segurando nosso filho mais apertado no meu colo. — E pensar que eu tinha a maior insegurança do mundo de te dar uma chance e ser só algo carnal pra tu, mas não era, eu amo ser sua e amo ser amada por você. Vai ser a gente juntos daqui até a eternidade, eu prometo.

Pierre: Sempre, nois contra o mundo minha branquela. — Ele beija a lateral da minha cabeça e depois beija a testa do Theo que mexe na água alheio a tudo. — Amo vocês.

Vermelho Fogo [M] Onde histórias criam vida. Descubra agora