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Pierre

Tô há exatamente cinco minutos olhando pra cara da Anna, sem reação com a cena na minha frente.

Pierre: Eu tô desacreditado que tu tá comendo o segundo cheddar duplo, DUPLO. — Ela da risada se acabando com o lanche.

Anna: É um pra mim e um pra tua cria, como por dois agora meu bem. — Dou risada e termino de comer minha batata, peguei só um lanche igual o dela e já tô satisfeito pra caralho. — Cara isso aqui tá dos deuses.

Pierre: Come mermo maluca, se quiser um sorvetinho ou uma tortinha me fala que teu grandão compra. — Observo que o olho dela chega até brilhar quando falo da sobremesa. — Termina esse lanche primeiro, dragão.

Anna: Não vida, vai lá pegar um sundae pra mim pra eu molhar a batata. — Arregalo os olhos e ela cai na gargalhada. — Vai amor.

Pierre: Tô com medo de tu, sepá o que tem aí na tua barriga é igual quando a Bella tava grávida do vampiro lá. — Ela ri e me joga um guardanapo.

Anna: Tua cria quer comer batata com sorvete, não sangue. — Ela faz uma cara de nojo e decido me levantar pra ir pegar o sorvete, bater cabeça com maluca e ainda mais grávida, tô fora.

Pierre: Toma. — Entrego o sundae dela e ela começa a molhar a batata no creme branco, já tinha acabado o segundo lanche. — Não dou meia hora pra tudo isso sair de você, ai não sei se vai sair pelo cu ou pela boca.

Anna: Ah Pierre não fode cara, fica falando nojeira enquanto eu como e quer que eu não fique enjoada?

Pierre: Foi mal pô, só um comentário. — Sorrio descarado e ela revira os olhos. — Papo reto, agora não quero tu andando pra cima e pra baixo de moto não Anna.

Anna: Por que?

Pierre: Porque é perigoso pô, tu tá grávida agora e fica perigoso né? Seria bom tu não ir tanto pra loja também, teus funcionários dão conta sem você lá...

Anna: Mas a loja me distrai amor, e outra, não tenho outro meio a não ser ir de moto...e não vou ficar gastando todo dia com uber.

Pierre: Hm...nóis desenrola essa fita aí mais tarde. — Falo baixo e pego o celular mandando mensagem pra um conhecido meu dono de uma concessionária de carro importado, a mesma que comprei o meu.

Anna: Nem inventa de gastar mais dinheiro seja lá o que você tá querendo fazer. — Ela fala toda marrenta e eu dou risada.

Pierre: Relaxa porra, estressada a beça. — Vejo que ela terminou de comer e me levanto levando as bandejas até o lixo. — Bora dar uma passada no shopping de bandido.

Anna: Que shopping de bandido? Tá maluco?

Pierre: Sim, maluco por tu chatona. — Beijo seus lábios rapidamente e caminho com ela até o estacionamento, destravando meu carro.

Espero ela entrar pra eu fazer o mesmo, logo sigo caminho até a concessionária.

Chegando lá estaciono o carro na frente e desço com a Anna entrando lá, vendo o dono me cumprimentar de longe.

Caio: Fala tu meu chefe, quanto tempo! — Faz toque com a minha mão e sorri. — Boa tarde, moça.

Pierre: Minha mulher pô, Anna. — Ele cumprimenta ela igualmente e ela sorri tímida. — Tô querendo trocar meu carro...

Caio: Qual tu quer? Chegou uns lançamento dahora. — A Anna olha pra mim e diz baixinho que vai ir ver os carros, aceno a cabeça em positivo e ela se afasta da gente.

Pierre: Na verdade tô querendo um pra mim e outro pra ela, mas a maluca é teimosa a beça e não quer. — Ele da risada. — Tem algum da Maserati aí?

Caio: Tem pô, a Levante vermelha, linda pra caralho. — Ele vai andando na frente e eu sigo atrás, passa por uns 4 carros e chega na nave que eu quero. — Única pra tu, pagou levou.

Pierre: Porra isso aqui não é carro não, é nave espacial. — Passo os olhos pelo carro e abro a porta vendo por dentro, gigante parecendo um avião. — Quanto tá?

Caio: Apenas 958.245,00 reais. — Ele da risada como se fosse a coisa mais barata do mundo, e eu rio também. — Pra tu não é nada que eu tô ligado.

Pierre: Não mermo pô, vou levar antes que chegue um banana de terno e gravata e pegue de mim. — Saio do carro e encosto na lataria pegando o celular, entro no aplicativo do banco e já faço um pix do valor pra ele. — Dinheiro na conta, já te mandei o comprovante ae.

Caio: Tu é apressado hein caralho, vamo lá comigo assinar as papelada e tu já pode levar pra casa. — Vou com ele até a mesa do escritório e ele me dá vários papel pra eu assinar, assino até não aguentar mais e ele me dá os comprovantes e tudo mais. — Todo seu. — Me entrega a chave do carro e eu sorrio.

Pierre: Vou deixar minha BMW aí contigo, se conseguir vender ela me dá um salve. — Ele acena com a cabeça e eu entrego a chave do meu antigo carro pra ele. — Tem nada lá meu, já tirei tudo antes de vir.

Caio: Firmeza pô. — Vou em direção a Anna que tá babando numa Jaguar azul.

Pierre: Gostou? — Abraço ela por trás sussurrando em seu ouvido.

Anna: Sim, é lindo demais...parece uma nave. — Ela sorri. — Mas eu só achei bonito, não quero que compre pra mim.

Pierre: Eu não quero tu andando de moto Anna, acabou assunto aqui....troquei de carro e comprei um mais novo, falei que ia deixar a BMW aqui pra ele vender mas vou deixar contigo então. — Ela me olha sorrindo. — Tu tem carta de carro?

Anna: Tenho, tirei na mesma época que da moto...mas dirigi carro uma vez.

Pierre: É automático, então é mais de boa...quer ir dirigindo lá pro morro? Eu vou atrás de tu.

Anna: Quero amor. — Ela diz baixinho e me abraça.

Pierre: Bora lá. — Caminho com ela até o Caio. — Mudanças de planos, vou levar a BMW comigo porque agora vai ser da patroa...quando ela para de ser chata eu compro um novinho pra ela. — Ele da risada e me devolve a chave, me despeço dele e vamos em direção à rua onde meu carrinho novo já está na calçada.

Anna: Que carro lindo! — Ela observa a Maserati brilhando com a luz do sol.

Pierre: Pra caralho, bora? Vai devagar que eu tô atrás de tu. — Ela pega a chave da minha mão e destrava seu carro, se sentando no banco do motorista, faço o mesmo com o meu e dou partida no carro esperando ela sair primeiro para eu segui-la.

Vejo minha mulher dirigindo bonitinho, ela é o toque igual o pai pô.

Chegamos na barreira e os caras já liberaram nossa entrada, cinco minutos depois estacionamos os carros em frente de casa mesmo.

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