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Boa leitura. 💛Anna
Não.
Não.
Não.
Por favor Deus, não.
Estou neste momento parada em frente a minha loja, do outro lado da rua, vendo todo meu sonho e esforço indo embora junto com o fogo.
Todas as noites sem dormir, me matando para juntar dinheiro, sem rede de apoio nem uma, sempre sozinha.
Por que, Deus? Eu mereço mesmo tudo isso?
O passado começa vir a tona e eu não enxergo e nem escuto nada, somente os gatilhos de anos atrás que me perseguem até hoje me levam ao dia que descobri o ódio da minha mãe por mim.
Não entendia o real motivo da minha mãe me detestar, sempre fui neglicenciada por ela.
Ela não me alimentava direito, não cuidava da minha saúde, vivia enfiada dentro de bar se alcoolizando, trazia homens pra dentro de casa mesmo tendo uma filha mulher morando ali.
Eu não entendia, o que eu fiz pra ela me detestar?
Por que minha mãe não me amava?
Por que ela me deixava passar fome ao ponto de desmaiar na escola?
Por que me espancava tanto e cuspia palavras que me machucam até hoje?
Dizendo que eu sempre fui um estorvo, que quando crescesse seria igual a ela, sem futuro algum e infeliz.
Mas um dia, no meu aniversário de 16 anos a bomba estourou no meu colo e eu simplesmente quis morrer.
Havia pedido dinheiro a ela para poder comprar um bolinho simples, para não comemorar meu aniversário em branco...ela estava bebada, não tinha percebido na hora.
Ela jogou um copo de vidro em cima de mim, que se estraçalhou completamente no meu braço, fazendo um corte feio...sangrou muito, mas não tanto quando meu coração sangrou e despedaçou naquela noite.
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FLASHBACK ON.
Dia 25 de julho de 2014, aniversário da Anna.
Raquel: Como você tem coragem de me pedir dinheiro pra comprar bolo? Não tem nada pra comemorar nesse dia sua vagabunda ordinária, você deveria se matar pra eu não ter que olhar pra tua cara todo santo dia da minha vida! — Minha mãe berra aos quatro cantos da casa, vindo pra cima de mim e apertando meu braço machucado pelos estilhaços de vidro.
Anna: M-mãe por favor, tá doendo... — Digo chorando pela dor física e mental, ela obviamente não se comove com isso e cospe na minha cara, aquilo destrói mais um pedaço do meu coração...eu nem sabia que era possível doer mais que isso.
Raquel: Eu. Não. Aguento. Mais. Olhar. Para. Sua. Cara....são 16 anos tendo que dormir e acordar vendo você, eu poderia te matar.
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Vermelho Fogo [M]
FanfictionMe jogaram na malandragem irmão, eu voltei liderando a gangue.. SEGUNDA TEMPORADA NO PERFIL.