Parte 2

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A luz do sol entra pela sacada acertando em cheio meu rosto. Rosno puxando o travesseiro para cima de meu rosto, deveria ter fechado a maldita cortina antes de me deitar, mas o cansaço era apenas demais para que eu tivesse sequer pensado nisso. De qualquer modo não importava mais, eu não iria conseguir voltar a dormir mesmo se quisesse.

Chuto os lençóis que claramente havia puxado durante meu sono agitado. Levanto meio cambaleando de sono até o banheiro. Retiro o restante de minhas roupas e entro dentro da ducha. Meus seios estavam doloridos, graças a minha ideia de gênio de dormir com sutiã, boa parte de meus membros estavam rígidos e tensos, um presente por passar tanto tempo dormindo em baixo de arvores e viajando em uma moto, que apesar de eu amar, não seria tão confortável quanto andar em um carro.

Assim que a água entra em contato com meu corpo suspiro de alivio, imediatamente sinto tudo em mim relaxar, não sei por quanto tempo fico ali, só sentindo a água descer por meu corpo, até que resolvo terminar de me lavar e sair dali. Eu tinha coisas para resolver, e quanto antes resolvesse, logo poderia voltar para minha casa.

Deixo a ducha, agradecida por haver uma toalha me esperando do lado de fora, deveria ter prestado atenção nisso ou teria que me secar com o tapete.

Voltando para o quarto, penso o que fazer a seguir. Talvez Samanta tenha voltado, talvez não, de qualquer modo ficar trancada no quarto não era a melhor ideia, já que estava acordada a melhor ideia era ir comer algo. Meu estomago ronca em completo de acordo com minha decisão. Ando até a mochila pegando um jeans com estampa militar, uma regata preta e minhas botas que estavam jogadas ao lado da cama. Junto meu cabelo molhado e emaranhado e faço um rabo de cavalo simples. Com alguma sorte Samanta já teria voltado e eu poderia resolver isso logo. Na pior das hipóteses eu teria que esperar mais.

Faço o caminho pelo qual tinha seguido Ari no dia seguinte, até as escadas onde ela havia sumido na noite anterior. Algumas pessoas curiosas me encaram conforme desço para o primeiro nível, outras me cumprimentam educadamente e tentam não ficar encarando. Eu não tinha ideia do que aquele lugar era. A matilha de minha cidade morava em uma mansão que poderia comportar todos os membros que desejavam se manter ali, e o terreno era grande o suficiente para ter varias casas separadas para aqueles que gostariam de um pouco mais privacidade, geralmente aqueles que tinham companheiros e não gostavam de outros ouvindo o que faziam em seus quartos. Ainda assim a Instituição era diferente, a maioria das pessoas pareciam ter por volta de sua idade, ou mais novas, talvez poucos anos mais velhas também. Tinha visto apenas 5 adultos com aparência de mais de 30 anos. Nenhuma matilha era assim tão pequena, e nenhuma possui uma faixa etária tão especifica no mesmo lugar. 

Assim que chego ao andar principal e o grande hall de entrada, sigo para o arco onde deveria ficar a sala de jantar e a cozinha de ultima tecnologia.Para minha surpresa Ari está na cozinha, com outras três garotas, também há um homem que esta ao lado de Ari, a ajudando a preparar o café da manha. Havia imaginado que a essa hora todos já teriam almoçado, o que eu teria preferido, assim ia me sentir mais a vontade sem ninguém por perto. Claramente eu estava errada, mesmo que meu relógio interno dissesse que já era onze horas o que queria dizer que eu não havia sido a única a acordar tarde.

-Bom dia Cameron. –Ari sorri de modo simpático para mim assim que me vê entrar. Aceno com a cabeça em reconhecimento. –Pensei que fosse dormir até mais tarde. - Não digo nada, porque simplesmente não sei o que falar. -Bom, fico feliz que esteja acordada, sente-se conosco, estou fazendo panquecas. –Ari oferece. Provavelmente deveria negar, não estava interessada em socializar a essa altura do campeonato, mas Ari estava sendo muito gentil, o suficiente para que eu concorda-se e sentasse um pouco mais afastada do grupo.

Instituição Wolf Kimberley (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora