Parte 56 (Gi)

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(Especial Giovanna)

Gi chega ao quarto de hotel que estava dividindo com Tina e Ari e Diana e resolve tomar um banho. Tina quis dar uma volta na cidade para colocar os pensamentos em ordem.

Entrou no chuveiro e gemeu de prazer com a água quente caindo em seu corpo dolorido e seus músculos tensos. Desde que abandonara seu companheiro por ele ter sido um idiota seu corpo estava doendo. Era uma dor física e psicologicamente, sabia disso. Graças ao laço de companheiros não podia ficar tanto tempo longe dele e não sentir esse certo desconforto, ao menos que o rejeita-se.

Por vários minutos a ideia de rejeita-lo pareceu a única solução. Não queria um companheiro, isso era verdade, mas tinha até cogitado ficar com ele mesmo assim, claro, isso antes dele dar um de idiota e vir querendo mandar nela.

Seus pensamentos voaram para sua mãe fazendo lembranças que ela não gostava voltarem a tona.

Sua mãe era uma mulher fria e sem coração, não queria ter uma filha e teria abortado se não fosse seu pai para impedi-la. Durante seus primeiros anos ela havia lhe tratado bem, mas com indiferença. Quando seu pai morreu no ataque da matilha Western algum tempo depois sua mãe havia se tornado a pessoa que ela realmente era por dentro.

A partir dos sete anos ela obrigou Giovanna a fazer o que ela queria, desde limpar a casa, cozinhar e lavar roupa. A tratou como sua empregada e se Giovanna não fizesse o que ela queria e do jeito que ela queria, batia em Giovanna até que ela desmaiasse. Quando ela finalmente morreu foi um dos dias mais felizes da vida de Giovanna.

Desde então ela não deixava que ninguém mandasse nela, e não seria diferente com seu companheiro. Muito pelo contrário. Não estava disposta a ser mandada por ninguém e se tivesse que rejeitar seu companheiro para isso o faria.

Seus pensamentos são cortados quando a porta de vidro do boxe abre e um corpo grande e forte pressiona o seu por trás. Braços grandes prendem sua cintura e um queixo é apoiado contra sua cabeça.

-Me desculpe. -Lash diz antes que Gi possa manda-lo ir embora. -Eu não queria ser um estúpido com você.

-O problema não foi você ser um estúpido. Foi querer mandar em mim. -Retrucou cruzando os braços na frente do corpo e se impedindo de relaxar contra o corpo quente de seu companheiro como seu lobo queria fazer tanto.

-Não quis mandar em você. Apenas queri a que deitasse novamente comigo.

-Então tivesse pedido. Eu o teria feito.

-Me desculpe, não vou fazer novamente está bem?

-Se o fizer vou te castrar.

-O que você quiser querida. -Disse beijando seu pescoço. Gi não pode mais aguentar e relaxou contra ele, seu lobo cantando em alegria por ter seu companheiro ali. Qualquer ideia de rejeita-lo evaporou naquele momento.

Instituição Wolf Kimberley (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora