Capítulo 66.

1.4K 190 23
                                    

A campainha de casa tocou apenas alguns minutos após Richarlison e eu termos levantado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A campainha de casa tocou apenas alguns minutos após Richarlison e eu termos levantado. Ele correu fazer o café e eu corri adiantar o café da manhã do Miguel e do Ramon. Miguel era achocolatado com torradinhas com geleia e manteiga. E o Ramon era um tetezinho.

Mas não tive tempo de fazer nem um dos dois quando a campainha de casa tocou repetidas vezes e eu abri a porta revelando o pai do meu mais velho lá fora. 

—Temos que nos mudar pra Londres. –  ele diz assim que eu abro a porta, arregalo os olhos assustada.

Dou espaço para que ele entre para dentro de casa e fico o observando por um tempo. O que será que havia acontecido?

—Tem certeza? Mudar pra Inglaterra. é uma mudança gigantesca.

—Sim. Eu sei e eu preciso disso Ananda... Mas eu não vou sem vocês.

—Tá. Mas nós temos que analisar bem, o Richarlison ia entrar pro Real Madrid lembra?

—Lembro né. Eu quem redigiu o contrato e eu fiquei analisando ele de madrugada. – ele começa a explicar e Richarlison se junta a mim e a Rodrigo. — Você não tem que pagar multa nem nada já que nem estreou no clube e nem divulgou que estaria entrando. E quando eu conversei com o Advogado do Tottenham ele deixou bem claro que era só você voltar, quando quisesse voltar.

Richarlison me encara e eu o encaro de volta como quem perguntava o que nós faríamos.

—Ia ser uma boa. Miguel ia ficar mais perto dos meninos, a casa da Ingrid e do Raphinha é a dez minutos da minha, Antony e Helô moram a vinte minutos de carro, Paquetá e Duda moram a duas quadras de casa e o Son mora logo atrás. – ele me diz. — É uma oportunidade de você ficar perto das suas amigas e nós ficarmos em família. 

Mordo o lábio inferior e respiro fundo. 

Colocar as coisas na balança era chato.

—Aonde você vai? – Richarlison me pergunta quando eu levanto da mesa, respiro fundo.

—Tem leite no congelador. Podem levar Miguel para a escola e cuidarem do Ramon um pouco? – os dois se entreolham e então concordam, me dando a deixa para me agasalhar e sair de casa sem dizer mais uma palavra. Não era com eles que eu queria conversar agora.

Antes do meu pai falecer, minha terapia era entrar dentro do carro e dirigir enquanto minhas músicas favoritas tocavam no rádio. Porém, depois que meu pai faleceu minha terapia era dirigir até o local onde a urna dele estava e conversar com o túmulo.

Meu pai morreu no Brasil por conta do Covid e por esse mesmo motivo acabou sendo cremado. Então nós enterramos a urna dele aqui em Madrid para que fosse mais fácil de visitá-lo quando batesse a saudade.

Compro algumas flores e começo a andar pelo gramado. Era sempre torturante vir aqui, mas também era o local qual mais me acalmava nos momentos que eu me sentia perdida como agora. Nada estava sob controle, tudo parecia sair do controle com muita facilidade e isso me assustava. 

Minha Capitã | Richarlison.Onde histórias criam vida. Descubra agora