"Vocês não são apenas uma seleção. Vocês são A Seleção"
Foi o que eu disse para eles me nomearem Capitã. Foi o que eu disse para ele me nomear -Minha capitã
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-Ramon está vomitando e com febre. - minha mãe e Rodrigo se encaram. - Eu tenho como pegar o prêmio em outra ocasião ou eles me mandarem pelo correio né? Não tem jeito algum de eu pegar um avião e ir pra França só para uma premiação.
-Mas é claro que você vai. - Rodrigo me diz. - Crianças adoecem, é chato mas é o ciclo da vida - ele pega Ramon do meu colo e beija a bochecha vermelha do pequeno. - Você batalhou muito para isso Ananda. Dedicou horas da sua vida ajudando, horas que não voltam mais.Então você não vai deixar de ser premiada por todo esse esforço por causa dos seus hormônios maternos.
-Meu filho está doente - contesto.
-Por sorte a avó dele é enfermeira. - Rodrigo sorri. - O Miguel também teve febre antes da Copa, lembra? Já imaginou se você tivesse ficado cuidando de uma febre e não tivesse ido atrás de mais um sonho seu? Sonho esse que te ajudou muito a ser reconhecida para ganhar esse prêmio?
O pior é que ele está certo. Eu batalhei muito por isso e não posso simplesmente deixar escapar dessa jeito depois de tudo o que eu passei.
-Tudo bem. - encosto minha bochecha no rosto do gordinho nos braços de Rodrigo e respiro. - Mamãe te ama, você é meu, eu amo você e voltarei logo. - beijo meu filho diversas vezes antes de caminhar em direção ao quarto e pegar a mala já pronta, Richarlison estava dormindo um pouco depois de ter ficado a madrugada em claro tentando abaixar a febre do Ramon sem que eu soubesse de nada.
Entramos no carro e eu insisto em ir dirigindo pra me distrair ao máximo de tudo o que estava acontecendo com Ramon. Eu sei, febre e vômito não são coisas que devem nos deixar tão preocupadas assim, mas quando o assunto são os meus filhos eu me preocupo sim, o máximo possível.
Chegamos no hotel e Richarlison voltou ao mesmo estado que estava antes de chegarmos no hotel, adormecido.
—O quê você acha? – eu digo a Richarlison que já havia acordado, vê-lo deitado apenas de cueca e não atacar ele era o teste perfeito pra confirmar a minha sanidade mental. — Amor, isso é importante
—Amor – ele suspira se sentando e pressionando os olhos — Esse está incrível, assim como todos os outros trinta textos.
Um sorriso leve escapa dos meus lábios tentando colocar na minha cabeça que todos os meus outros textos estavam ótimos mas eu nunca estava totalmente satisfeita com o resultado.
—Você está muito estressada. – ele diz se aproximando de joelhos quando eu me sento na cama e posso sentir suas mãos em meus ombros pressionando levemente fazendo uma massagem leve nos meus ombros.
—Eu sei. Eu sei. – suspiro. — Mas é muita coisa sabe? O Rodrigo não me atualiza sobre o Ramon e o Miguel. O Fisioterapeuta Auxiliar não me manda o relatório e ainda tem esse texto idiota. – ele assente enquanto beija o meu pescoço e sentir aquele arrepio sempre seria a melhor coisa de estar casada, tínhamos nossa casa e tínhamos nosso tempo e todas as outras coisas que envolviam estar sozinha com ele.
