"Vocês não são apenas uma seleção. Vocês são A Seleção"
Foi o que eu disse para eles me nomearem Capitã. Foi o que eu disse para ele me nomear -Minha capitã
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RICHARLISON
Não sei quantas vezes eu verifiquei se a caixinha de veludo estava no meu bolso durante toda a viagem, o melhor era me lembrar que eu tentei me convencer de que seria fácil para mim, tentando me convencer de que ela não tinha como me dizer não depois de ter um filho comigo.
Mas assim que o carro parou em frente a casa que a partir de hoje seria nossa, eu senti tudo dentro de mim mudar.
E se ela dizer não?
Na verdade. Ela já disse que sim.
Mas ela havia acabado de dar a luz a um menininho enorme, quem me garante que ela não estava só no meio de um colapso nervoso quando eu a pedi em casamento?
—Filho. Espera. – digo quando solto Miguel da cadeirinha e ele praticamente pula pra dentro do quintal de casa, se jogando na neve fofinha acumulada lá dentro, dou risada.
—Vamos tirar as malas do carro agora? Eu já entro e ajeito tudo em seus devidos lugares. – encaro Rodrigo como quem pede ajuda e ele entende enquanto segura o pequeno usando um tip top de dinossauro.
—Ou quem sabe a gente entra e descansa antes? Acordamos cedo, não almoçamos. Podemos ver um lugar pra almoçar e depois nós arrumamos tudo, nós três arrumando tudo ao mesmo tempo vai ser mais rápido.
Encaro a mulher baixinha e então ela se rende. Concordando com a cabeça e me dando a mão enquanto caminhamos para dentro da casa.
—Surpresa! – todos dizem quando nós entramos para dentro de casa, eu não pedi nada muito grande quando falei com Ingrid e Helô, mas é óbvio que elas fariam uma coisa que a Ananda fosse gostar.
Logo Heloísa já estava sentada no chão com o Miguel no colo enchendo ele de beijos, Ramon foi pro colo da Ingrid e gargalhou assim que viu Antony.
Acho que temos um favorito.
—Quer ir ver os quartos dos meninos? – pergunto a Ananda enquanto ela está com o nosso afilhado nos braços, ela concorda e nós deixamos todos ali por uns minutos. Arthur foi para o colo do Rodrigo e então eu enlacei aquelas pequena mão na minha e nós caminhamos em direção ao corredor que dava acesso aos outros cômodos da casa. — Qual você quer ver primeiro? – pergunto.
—O do Miguel. – concordo e puxo ela para a porta perto do final do corredor, antes da sala de jogos.
Abro a porta e ela sorri instantâneamente. Os vários tons de azul nas listras da parede e os móveis brancos.
—A cama tem um escorrega. – ela diz sorrindo. — Você pensou em tudo...
—É. Pensei sim, mas nada seria possível sem os caras me ajudando. E foi o Antony quem montou a maioria dos móveis, acho que ele apanharia se não fizesse. – Ananda ri.
—Podem admitir logo que se gostam e que são melhores amigos. Ninguém vai brigar. – ela me diz e eu reviro os olhos.
—Eu só tenho um melhor amigo. E o nome dele é Miguel. – Ananda sorri e me abraça apertado, posso sentir o corpo dela contrair e ela soltar uns suspiros. — Está chorando?
