capitulo onze.

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- Tia Mi! - Olivia correu puxando a mochila de rodinha, abaixei, recebendo seu abraço.

- Eai, minha nega. - Enchi seu rosto de beijos, ouvindo sua risada. - Como cê tá linda de uniforme.

- Gostou? - Deu uma voltinha.

- Modelo demais, tá doido.

- E aí, minha gatinha. - Lucas gritou lá do outro lado e ela fez o mesmo, correndo até ele, que a girou no ar. Ri da cena, levantando, enquanto Fabi pegava a mochila.

- Amiga, desculpa por isso, viu?

- Oxe mulher, desculpa o que? Quem tem que pedir desculpa é o escroto do pai dela que esqueceu de buscar nossa neguinha na escola, aqui nós somos família.

- Nem me fala. - Revirou os olhos, pegando o celular de novo.

- Ele não respondeu ainda?

- Ainda não. Vi todo bonitão ontem postando foto com combo em algum rolé, sou um corsa de duas portas se ele não estiver dormindo na ressaca agora.

- Homem é irresponsável demais, puta merda. Você tá calma até, eu estaria virada no cão.

- Menina, estou me passando, tá? Pra não deixar Olivia assustada, mas tô puta. Não é a primeira vez que ele vacila assim, se não vai conseguir pegar, avisa pelo menos. Aí lá vai eu, passar carão e geral me olhando como se eu que tivesse esquecido de pegar a garota. - Balançou a cabeça negativamente, deixando a mochila dela no canto. - Obrigada por cuidae aqui do quiosque, ta? Te amo.

-Tudo nosso, amiga. - Beijei a bochecha dela. - Vou ficar no balcão por enquanto, tá? Aí tu só vai fazendo os pedidos. - Soltei, imaginando que ela devia estar com a cabeça cheia.

- Vou agradecer muito. - Pisquei e observei a Olivia, que estava animada ajudando Lucas a fazer os pedidos.

- Titia, já que a mamãe não me deixa chegar perto do fogão, posso te ajudar em alguma coisa? - Olhei pra baixo, rindo.

- Como é prestativa essa garota. - Peguei ela no colo, a colocando sentada no balcão. - Agora a titia não tá fazendo mais nada, mas quando chegar alguém pra fazer pedido aqui no balcão, atendermos juntas, pode ser?

- Pode! - Disse animada, enquanto eu ria.

- Como foi na escola? - Ela começou a contar o que fez, balançando as perninhas, não aguentava com essa menina não, sinceramente.

- Oi, em que posso ajudar? - Ouvi a voz dela, enquanto agradecia o cliente que tinha acabado de fechar a conta, voltando minha atenção pra ela e rindo ao ver quem era.

- Que isso, temos funcionária nova? Eai, gatinha. - Gabi disse, enquanto ela ria tímida, me olhando.

- Vocês viram? Nossa funcionária do mês.

- Como você chama, pequena? - Matheuzinho perguntou.

- Posso falar, mamãe? - Perguntou alto. - Ela diz que não é pra falar meu nome pra gente estranha. - Falou baixinho como se fosse segredo.

- Até a criança te chamando de feio. - Segurei o riso.

- Fica quieto Gabriel. - Matheuzinho gargalhou e Fabi olhou pra trás.

- Pra ele não, filha. - Brincou.

- Minha mamãe não deixou. - Deu de ombros.

- Posso tentar acertar então? - Ela assentiu. - Deixa eu ver. - Analisou o rosto dela fazendo um quadro com a mão. - O que você acha Gabi?

- Acho que começa com O, ein? - Ficaram olhando pra ela tal qual o emoji com a mão no queixo.

- Eu acho também... Vou chutar... Olivia?

incomum || gabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora