Fabi POV
- Michelle desceu com uma carinha, ein? Depois que foi "ajudar" Gabriel aquela hora. - Matheus disse rindo e sentando na cama, pós festa.
- Desceu, né? - Ri. - Certeza que tá rolando, vou tentar tirar dela essa semana. - Riveirei a bolsa
- Se não rolou, acho que rola hoje. Eles são afim um do outro de um tempo já, juram que ninguém percebe. O que tanto procura?
- Esqueci minha touca. - Fiz um biquinho.
-... De banho? - Gargalhei.
- Não cara, pra dormir. Pra não estragar meu cabelo no tecido do travesseiro.
- Aaaah aquela touca com o pano brilhante, né?
- Isso. - Prendi o cabelo em um coque, enquanto ele deitava no sentido oposto. - Tá fazendo o que, homem?
- Deitando pra baixo, ué. Pra te deixar confortável.
- Não vou dormir com a cara no teu pé, Matheus. - Ele gargalhou. - Vai cara, sobe de volta, não sou um monstro acordando.
- Tenho certeza que não. - Deu um sorrisinho. - Deita aqui então, pele não estraga, né? - Passou a mão no peito e eu dei um sorrisinho.
- Não, pele não. - Ri, apagando a luz e deitando em seu peito, enquanto ele me abraçava.
- Boa noite, Fabi.
- Boa noite, Teuzin. - Beijei seu peito, sentindo ele se arrepiar.
Apesar do boa noite, não dormi. Não conseguia.
Fiquei ouvindo seu coração acelerado, com mil pensamentos. E principalmente pensando no porque do meu também estar.
(...)
Acordei com carinho no rosto, abrindo os olhos aos poucos e vendo Matheus distraído, mexendo no celular.
- Bom dia. - Soltei e ele me olhou.
- Bom dia, preta.
- Tu ficou aqui pra não estragar meu cabelo, é?
- Foi, pô. Mas não doeu o braço não.
- Ô bichinho. - Ri, beijando seu rosto. - Valeu, pretinho. - Levantei, indo até o banheiro.
Fiz minhas higienes e ele entrou, enquanto eu me virava nos 15 pra colocar o biquíni, jogando um camisetão por cima.
Gago e Mylla já tinham acordado e juntou geral pra comprar o café e uma carne pra fazer um churrasquinho.
Depois que Mi e Gabriel desceram, passamos a tarde de bobeirinha.
- Esse moleque é um inferno. - Matheus soltou, enquanto a gente gargalhava lembrando de ontem.
- Nem lembro de ter feito essa porra. - Gabriel riu.
- Michelle deve ter pago os pecados aturando. - Gomes disse da churrasqueira.
- Tomou banho e dormiu, graças a Deus. Ficou cantando trap alto o banho todo? Ficou. Mas trabalho também não deu. - Nós rimos e Matheus começou a ir pro fundo, enquanto eu me agarrava no corpo dele.
- Não, não, não... - Me apertei mais e ele riu.
- Tem medo, preta?
- Muito, passou do peito eu passo mal.
- Foi mal. - Andou um pouco mais e eu fiz um barulhinho de desespero, ele riu e voltou pra onde estávamos, dando uma giradinha e parando na beira pra tomarmos cerveja.
- Aê, quem tem a moral de pegar mais carne lá dentro? Só pra fazer a última rodada aqui. - Gomes disse.
- Eu vou, quero ir no banheiro mesmo. - Disse, me soltando de Matheus.
- Vai lá no banheiro que eu pego a carne, o pote ficou pesadão. - Matheus disse enquanto eu saia da piscina. Michelle jogou a toalha pra gente, eu me sequei e passei pra ele.
Entramos juntos pela frente e assim que passamos pela sala de jantar, ele segurou minha mão.
- Fabi...
- Oi. - Virei e ele encostou na parede.
- Pegar a carne foi só uma desculpa, na real eu queria falar com você. Na real, eu poderia ter falado hoje de manhã ou na hora que fossemos embora, né? Agora tô me sentindo burro. - Ri.
- Fala, cara... - Cruzei os braços, me aproximando.
- Pô, Fabi... É que tá foda, cara. Eu gosto de você, ta ligado? Sou afim desde a primeira vez que te vi, foi daí que comecei a brincar contigo, mas conforme fui te conhecendo, comecei a ter sentimentos de fato. Inclusive, se tu se sente desconfortável com as brincadeiras, me desculpa, tá?
- Não, acho engraçado. - Ele riu.
- Menos mal. Enfim, fui criando sentimentos, nesse mês que nos aproximamos mais, piorou. Não tô falando como quem pede uma chance, sou molecão, a atração tambem não é reciproca, até porque beleza nao é meu ponto forte. - Rimos. - Tu sempre deixou claro isso, eu só... precisava falar.
Dei um sorrisinho, me aproximando.
- Primeiro que eu te acho lindo, esse é o menor dos problemas. Segundo, eu realmente achava que todas as coisas que você falava eram brincadeira, por isso não te levava a sério. Terceiro que amo o jeito que tu me trata e de uns tempos pra cá, comecei a gostar um pouco mais. Só que é foda, né?
- O que?
- Pô, nossas vidas são totalmente diferentes. Tu é mais novo, eu quase não tenho tempo pra nada, tenho uma filha. Sabe? São muitas questões.
- A parte de eu ser mais novo realmente não tem o que fazer. Sobre tu não ter tempo, normal, também não tenho, mas estamos nos vendo sempre ultimamente, né? E tu ter filha nem preciso dizer. Sou apaixonado pela Olivia.
- E ela por você. - Dei um sorrisinho.
- Então da uma chance pra gente, pô. Só vamos saber o que vai dar se tentarmos. - Acariciou meu rosto. - Posso? - Disse pertinho do minha boca, enquanto eu assentia.
Agora não tem mais volta, meus amigos.
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incomum || gabigol
Fanfiction"Não tem como te decifrar incomum Em cada curva sua inconfundível Só sei que me pegou de um jeito incomum"