quarenta e cinco.

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- Ainda bem que ninguém falou que ia ser sucesso, né? - Fabi soltou de forma ironica, me fazendo rir.

- Eita que a boca dela tem poder.

- Suas mãos que tem, tava falando o óbvio só. Parabéns amiga, foi lindão.

- Foi sim... - Dei um sorrisinho, olhando em volta do salão, agora, arrumado.

Hoje tinha sido a inauguração e quis fazer algo a mais ao invés de só abrir. Lancei um coquetel, com comida, bebida, música e workshop.

Tava confiante até chegar um dia antes, aí eu me caguei foi muito com medo de ninguém ir. Mas veio até mais gente do que imaginei e depois de muito tempo, tava cheia de orgulho.

- Bora, minha jabuticabinha? - Fabi abraçou a Olivia, que dormia na cadeira desde que comecei a fazer o cabelo dela em um penteado simples.

- Hm? - Disse sonolenta, nos olhando e levantando os braços, enquanto Fabi gargalhava.

- Mas nem ferrando, não sou seu tio Matheus que te aguenta no colo não.

- Ain mamãe... - Falou manhosa e me olhou com os mesmos olhinhos de pidona. 

- Muito menos eu, tu aí quase do meu tamanho. - Ela fez um biquinho e desceu da cadeira, enquanto riamos. Apaguei o salão, fechei e fomos até o elevador.

- Quando ele volta, mã?

- Matheus? - Ela assentiu.

- Amanhã tu já vê ele, neguitinha.

- Saudade dele.

- Como se não tivessem passado o final de semanas juntos, né?

- Amo muito minha família feliz. - Soltei e Fabi riu.

- Família de dois, né? Eu sempre sou esquecida no churrasco.

- Não é não, mamãe. A gente te ama também. - Abraçou as pernas da Fabi, fechando os olhos.

- Tu realmente ta com muito sono, pretinha? - Perguntei.

- Muito titia. Vou cair dura aqui e mamãe não vai me carregar, ja que não me aguenta mais. - Fabi revirou os olhos, rindo.

- Que pena, eu e a tia Mi estavamos pensando em ir comer, mas já que você ta tão cansada assim, vamos pra casa, né?

- É, acho melhor também.

- Não, eu acordei já.

- Ué gente.

- Milagre, mamãe. - Deu um sorrisinho, segurando nossas mãos, enquanto eu ria. Não dava com ela.

Nós entramos no carro da Fabi e fomos pra uma lanchonete ali perto de casa, conversando enquanto a mini querida se acabava comendo batata.

- Bonitinho demais o texto do seu melhor amigo. - Fabi disse.

- Oxe, de quem?

- Não entrou no instagram não?

- Hoje não, perainda. - Peguei o celular e fui olhando as notificações, vendo o story que Gabriel tinha postado, rindo.

- "Seu melhor amigo" Como é debochada, né? Meu Deus... - Ela gargalhou.

- Não é isso que vocês falam que são? Então.

- Sim, é isso mesmo. - Nos encaramos levantando as sobrancelhas, mas não aguentei e ri, balançando a cabeça negativamente. - Mas bonitinho, se tu não falasse, ia ver só amanhã.

- Fofo até pro próprio Gabriel. O querido não posta foto nem dele, só no vestiário.

- "Que seja feita a vontade de Deus." - Nós rimos.

incomum || gabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora