trinta e cinco.

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- Treme essa raba, treme essa raba, treme essa raba que hoje eu vou dar tapa, chacoalha essa bunda pra baixo e pra cima, mostra que merece a 10 e a faixa. - Fiz uma dancinha, garfando o cabelo e vendo que Gabriel me olhava da porta, com os braços cruzados e segurando o riso. - Respeita meu O Poeta, viu? - Ele riu.

- Respeito e digo que depois da reboladinha merece ate premio de Craque do Jogo. - Gargalhei, o medindo.

- Você fica bonito de regatinha. - Ele se aproximou, parando atrás de mim e cheirando pescoço.

- Pra combinar contigo. Tá pronta?

- Estou. - Balancei o cabelo mais uma vez, vendo se tava tudo ok. - Podemos?

- Bora. - Saímos do quarto e descemos, vendo o pessoal na sala discutindo sobre alguma coisa. - Aê, a gente tá indo. Certeza que não vão querer ir?

- Não padrinho, ontem já valeu pela minha folga toda.

- Ainda não tô acostumado com meu soldadinho do senhor bebendo, ele é só uma criança, meu Deus. - Fabi o abraçou, fazendo a gente rir.

- Nem eu, viu? Fica muito simpatico. - Mylla cruzou os braços e ele riu, a abraçando.

- Já falei pra você começar a dar trabalho pra ele, Myllinha. - Gabriel disse.

- Ouve ele não, mô. Voz mundana. - João tampou os ouvidos dela.

- Mas não vamos não pai, os casais da casa vão jantar. Festa deixamos pra quem é só amigo. - Matheuzinho soltou e eu gargalhei.

- Habla mesmo meu novinho. - Fabi soltou.

- Que isso, ataque do nada?? Ó paí rapaz, achei que tava do meu lado. - Soltei rindo.

- Tô do lado dos dois, por isso o comentário.

- Que cara abusado, como pode? - Ele riu.

- Amo vocês meus lindos, se divirtam.

- E se cuidem. Qualquer coisa liga aqui. - João disse.

- Ta bom papais, beijo. - Gabriel debochou e Mylla riu, jogando uma almofada na nossa direção.

- Mas vem cá, vai ter algum show é? Ou vai ser que nem ontem? - Soltei, enquanto iamos até o carro.

- Nem um, nem outro. Vai ser na casa do Luan, resenha mesmo.

- Ah tá. Casa do Luan... Tinha uma música que era assim, né?

- Tinha, mas nem ouse cantar.

- Era um funk... Ah, era aquela lá, isso é furduncio, isso aqui é sururu, é na casa do Luan que ela vai dar pra

- Entra no carro, garota. - Gargalhamos, entrando no carro. - Acho que nunca cheguei a apresentar vocês, mas é gente boa, tu vai gostar.

- Os meninos estão aí também, é? Kaue, Navas...

- Estão, perguntando se ia te levar como sempre. Gostam mais de você do que de mim agora, nunca vi isso.

- A mulher carismática sempre é silenciada. - Ele riu, colocando a mão na minha coxa e a acariciando.

Assim como todo lugar que íamos, passei a viagem toda observando a paisagem. Até à noite era lindo aqui.

Não era bem viagem, que chegamos lá em 30 minutos, em uma casa absurda de grande, gente que água é essa que eu não tomei?

- Tá eu, minha amiga e um agregado aqui. - Kauê soltou assim que chegamos, me fazendo rir.

- E aí, queridos. - Fui cumprimentando eles, mas tinha um na roda que eu não conhecia, apesar de que não me era estranho.

incomum || gabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora