sessenta e cinco.

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Gabriel POV.

Pagava pau no quanto Michelle era focada.

A mulher botou na cabeça que queria voltar a dirigir, trabalhou dobrado nesses meses pra conseguir a grana da entrada e agora tava aqui esperando ela assinar as papelada pra retirar o carro.

Achava ela braba demais, as vezes me sentia só aquele meme do Aladin se declarando pra Jasmin quando se trata dela.

- Tudo certinho, Michelle. Aqui a chave. - Entregou uma caixinha, enquanto ela apertava o barulho do alarme, dando uns pulinhos assim que ouviu o barulho que fez.

- Escolheu bem demais, esse carro é muito bonito. - Um dos caras comentou.

-A cara dela, né? - Comentei, vendo ela tirar o laço de cima do carro.

- Venha, meu dengo. Vou te levar pra onde você quiser agora. - Gargalhei, entrando no carro.

- Bom demais saber que vou poder beber que nem um opala nos roles agora já que a direção vai estar na tua conta. - Ela me olhou com cara de "Como se já não bebesse, né?" que me fez rir.

- Vá achando. Bom demais ser motorista, menos em dia de role.

- E que presentão, ein? - O cara que negociou a papelada com ela disse, parando do meu lado e apertando meu ombro.

- Rapaz, trabalhando do jeito que eu trabalho, se não for pra me auto presentear com coisa cara, eu nem quero. - Respondeu antes que eu, provavelmente nem se ligando no que ele falou.

- Ta certa, pô. - Respondeu sem graça, me fazendo rir.

Ela agradeceu e se despediu deles, dando partida no carro, mas parando umas duas quadras depois, na frente da praia.

- Rapaz, é que eu não queria parecer muito deslumbrada, mas meu bebê é muito lindo. - Passou a mão no painel.

- Obrigado, amor. - Ela riu, virando pra mim.

- Você também, meu dengo. Não contente em ter um bebê lindo, agora tenho dois.

- Mas papo sério, to morrendo de orgulho de você, minha preta. Brabona demais. - Ela sorriu.

- Obrigado, meu amor. Eu te amo, sabia? Você é o meu amor. - Fizemos nosso toque, enquanto eu beijava a mão dela, selando nossos lábios em seguida.

- E você o meu, coisa linda. - Ela sorriu, mas ficou reflexiva.

- O safado achou que você que tinha me dado o carro? - Caiu a ficha e eu segurei o riso.

- Foi o que pareceu.

- Ó que abuso... Ainda bem que militei até sem ter percebido. - Não aguentei e ri. - Mas tô feliz demais pra focar nessa audácia, quero só saber desse querido aqui. E quase esqueci o principal. - Pegou o celular, conectando com o som e colocando música.

- Agora sim. - Ela riu, voltando a ligar o carro. - Não sei se tava mais ansioso pra tu pegar o carro ou pra ir buscar o nosso pivete agora. - Ela riu.

- Verdade, esse é o mais importante... - Gargalhei. - Tô morta de saudade dele, mesmo sabendo que vai me abandonar assim que te ver.

- Com todo respeito, mas o CS vai cantar nessas semanas, tu que se morda.

Zion tinha entrado de férias, ia passar aqui e confesso que tava morrendo de saudade do moleque.

- E digo mais, tu que não invente de terminar comigo, viu? Criei laços com sua família, esquece. - Ela gargalhou.

- Te digo o mesmo, bonitinho. Se vier com palhaçada de terminar, vai ter que me aturar na casa da tia Linda do mesmo jeito.

- E eu lá em Salvador fazendo churrasco com Kaynan.

incomum || gabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora