setenta e dois.

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- Preta, Maya é nome de cachorro? - Perguntei, cruzando as pernas e observando ela aparecer na área da piscina, rindo.

Ela tava a coisa mais linda de biquini, mas estava focado na minha missão aqui.

Off: Se perguntar pra ela, a bonita vai dizer que só estou aqui fora porque estava perturbando ela lá dentro enquanto vestia o biquini, mas alguém tem provas? Então é isso.

- Eu gosto de Maya. O senhor não tá atrasado? - Segurou meu rosto, beijando minha testa.

- Pior que tô. - Segurei a cintura dela, beijando sua barriga. Michelle tava de quatro meses e cada dia que passava a filha da mãe ficava mais bonita.

- E pedindo pra se atrasar mais, como sempre. - Dei mais um beijo.

- Papai tá nervoso pra caralho hoje, meu feijão. - Soltei, pertinho da barriga dela, ouvindo a mesma rir. - Tô tenso, mas como você e sua mãe vão estar na arquibancada, vai dar tudo certo. Acho que isso é falta sua, sabia? Quando tu nascer e eu sentir o cheiro da sua carequinha, vou ser 100% corajoso, agora tô sendo só 90%. - Dei mais alguns beijinhos.

- Você já é corajoso, meu dengo. - Sentou do meu lado. - E hoje vai ser lindo. Nossa criança vai pegar uma liberta e ter orgulho do papai desde a barriga. E é bom você aproveitar, viu? - Falou, olhando pra barriga. - Que quando nascer, vai ser Bahia e não vai ter essa mordomia não.

- Estraga nosso momento não... Santos ou Mengo, amor. Santos me esculacha toda vez que piso lá, mas ainda aceito.

- Bahia, sem direito de escolha.

- Mas vão usar minha camisa hoje, né? - Ela fingiu pensar, enquanto eu a puxava, rindo.

- Acho que hoje o time Gabriel tá na frente, mas só ele ein? Nada ver com o mengo. - Observei seu rosto e a enchi de selinhos, começando a aprofundar o beijo.

- Meu Deus, pivete. Achei que você já tivesse ido. - Zion colocou a mão na frente dos olhos, enquanto riamos.

- Ta tudo bem pivete, foi até bom ter aparecido que já tô atrasado e essa aí me faz esquecer da hora. - Beijei o ombro dela, levantando.

- Bem? Pra quem? Pra você? Pra mim está tudo péssimo, só não foi pior do que o dia que peguei mainha beijando. - Rimos. - Praiano demais, que isso. - Fizemos um toque.

- Tomar um solzinho, né? Eu e minha sobrinha aqui. - Sentou na ponta da espreguiçadeira.

- Eita como ta confiante que é menina. - Mi soltou.

- E é mesmo, soube desde que recebi a notícia. Já vai, é? Bom jogo, cunha. - Levantou, me abraçando. - Vai dar bom, seu amuleto saiu lá da Bahia só pra te dar sorte, não tem como ser diferente.

- Sai mesmo. - Michelle disse e nós nos olhamos.

- Viu, como tava falando, vim te dar sorte, fica em paz que vai dar certo. - Ri, o abraçando, enquanto Michelle revirava os olhos, segurando o riso.

- Valeu meu parceiro. Espero que me ajude a levantar a taça.

- Lógico que vou, pai. - Fizemos um toque.

- Pra mim ninguém falou isso.

- Porque você não pode levantar peso, minha paixão. - Semicerrou os olhos e eu ri, tampando os olhos do Zion e dando um selinho demorado nela. - Amo você, qualquer coisa me avisa, tá?

- A gente te ama, arrase. - Me deu mais um selinho e eu tirei a mão da frente do rosto dele.

- Obrigado por pensar na saude mental da criança. Tchau parceiro, até daqui a pouco. Na real, vou até te levar até o carro.

incomum || gabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora