- Eu vi que ela te mandou mensagem e eu só queria saber porque que ela te disse i love u too, uuuuuuh. - Eu e Fabi cantamos abraçadas, com o copo pra cima.
- Ludmilla eu te amoo. - Fabi soltou, enquanto eu gargalhava. O telão ligou e geral comemorou, enquanto eu, estava quase me cagando, mas tentando disfarçar. - Caralho eu tô nervosa.
- Pro jogo?
- Sim... Agora fico em dobro ainda, como torcedora e como namorada. O que eu arrumei pra cabeça?
- Olha, se só como namorada eu já me cago toda, imagina como torcedora. Guerreira. - Ela riu.
- Como se passa... Mas cara, eu amo nossa torcida, mas flamenguista é um bicho insuportável. Nós cobramos muito, acho que as vezes somos até incompreensíveis com erros bestas, sabe? Que nem hoje, é um jogo de estreia, já estamos nas oitavas, mas mesmo assim estamos com o triplo de pressão por conta de como começamos a temporada.
- E como Matheus tá?
- Cara, esse garoto é muito centrado, eu fico passada. "Preta, seja o que Deus quiser, vamos fazer nossa parte e to confiando no nosso trabalho" e eu como? Me tremendo. - Gargalhei.
- Esse garoto é foda, queria ter a mente no lugar que nem ele.
- E o Gabi?
- Ta que nem a gente. - Ela riu.
- Imaginei, mesmo ele sendo confiante. Mas vai dar tudo certo, é nossa.
- De vocês, eu sou Bahia. - Brinquei e ela gargalhou.
- Tem que admitir que você já virou Clube de Regatas Bahia, amiga. Meio a meio pra não dar briga.
- Mais dividida que o Thiaguinho. - Ela riu, dando uma respirada funda de nervosismo.
O pessoal do pagode avisou que iam dar uma pausa por conta do jogo e as luzes apagaram, deixando em destaque só o telão.
O time estava diferente, Miteiro ia voltar como titular, Thiago também e Arrasca estava fora por conta de lesão.
Começamos com vantagem, com gol do Bruno Henrique logo nos primeiros vinte minutos, mas estava bem equilibrado, Sporting pressionando pra caramba e Flamengo apresentando varios erros bobos, o que deixava geral meio apreensivo sempre que chegavam perto da area.
O intervalo rolou e só então eu e Fabi nos dividimos pra ir no banheiro. Fui a primeira e assim que voltei, ela deixou a bolsa e foi.
- To começando a achar que é destino, ein? - Ouvia a voz do Alisson, o olhando, rindo.
- Destino o que, rapaz? A gente se vê nas situações mais improváveis do Mundo. - Ele riu.
- Exatamento bahiana, só o destino explica como nos encontramos. - Nos cumprimentamos. - Como tu tá? Veio ver o Mengo é? Que milagre é esse?
- Vim com a Fabi, lembra dela?
- Lembro pô. Perguntei de otário, tô te observando faz tempo.
- E tome denuncia por perseguição. - Ele gargalhou.
- Tô no camarote sua abusada, bem na sua direção. - Olhou e eu acompanhei. - Toda vez que te vejo tu ta mais linda, ein? Aí fica foda. - Ri.
- Envelhecendo que nem vinho, graças as Deusas e a genetica.
- Vinho caríssimo, tá? Porra.... - Me mediu. - E me dar uma chance nunca mais?
- Zero chances. - Balancei os dedos, mostrando a aliança e ele colocou a mão no peito.
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incomum || gabigol
Fanfiction"Não tem como te decifrar incomum Em cada curva sua inconfundível Só sei que me pegou de um jeito incomum"