trinta e seis.

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- Não mexe com a neguinha dele não, tá? - Fabi disse, me fazendo rir.

- Fiquei de cara, menina. Imaginei que fosse ficar de cara quente sozinha, no final ele ficou mais bravo que eu.

- Posso falar? Achei fofo. - Mylla disse, fazendo babyliss.

- Eu achei também. - Ri.

- Mas vem cá, quem são essas mocreias? - Fabi cortou o clima, me fazendo rir.

- Amiga, é aquela Bufoni, daquele dia, lembra? - Passei pra última fileira do cabelo dela.

- A skatista que tava no churrasco do Teuzin. - Mylla finalizou.

- Aaah sei. Feia e cheia de graça, como pode? - Gargalhei.

- As outras eu não conheço, mas são iguais. E pior que nem acho a bicha feia, mas o jeitão muito pra frente sendo que tava agindo que nem uma tonta de 15 anos por puro ego ferido.

- Mulher quando quer é muito chata, né? Deus que me perdoe mas não tenho sororidade nenhuma. - Mylla começou a guardar as coisas.

Estávamos no quarto desde às seis da tarde se arrumando, com um cooler cheio de cerveja, água e suco, som alto e roupa espalhada pra todo lado.

Fiz meu cabelo, comecei o da Fabi e já piquei pra me arrumar. Assim que terminei a maquiagem, comecei a arrumar as coisas do quarto junto com Mylla, que tava virado na zorra de tanta roupa.

- Cara, que falação é essa? - Fabi foi abaixando o som aos poucos.

- Não vou, irmão! Mylla me xinga pra caramba quando apresso ela.

- Vai Gabriel, você que tá no quarto.

- Eu não, não tô com pressa. Tava de boa bebendo minha cerveja.

- Acabou de falar que queria pegar seu chinelo.

Nós nos olhamos rindo e eu abri a porta, enquanto eles ficavam em silêncio.

- E aí... Estão bonitas, ein? Parabéns. - Ri e sai atrás da porta. - Eu só vim... - Me mediu.

- Esqueceu como formula frase, meu Gabrigol? - Ele riu.

- Esqueci totalmente, inclusive o que eu vim fazer. - Eu ri, balançando a cabeça negativamente e guardando a última roupa.

Mas não estava diferente não, viu? O bichinho tava lindo. De camisa branca aberta e bermuda do mesmo tom.

- Nós já estamos prontas, perturbação. - Mylla soltou, saindo do quarto e abraçando o Gomes.

- Que isso, minha ruiva vermelho ferrari. - Matheus colocou a cabeça pra dentro do quarto, enquanto Fabi guardava a maquiagem, levantando. - Fabíola, Fabiola... Fica brincando assim, vou te meter uma aliança no dedo já já. - Soltou, fazendo ela dar uma giradinha, rindo.

- Han, já até desisti, meu nego. - Deu um selinho nele, o puxando pra fora do quarto.

- Você tá um sabor, ein? - Soltei, ele riu e se aproximou.

- Você também tá a coisa mais linda, até esqueci que eu era por alguns segundos. - Colou nossos corpos, descendo a mão até minha bunda, enquanto eu selava nosso lábios. - Escolhi bem demais o cabelo.

- A que ponto cheguei... Deixando marmanjo escolher cabelo meu. - Ele gargalhou.

- "Vamos com calma" o resultado. - Rimos e assim que ele se aproximou pra me beijar, a porta abriu. - Tinha que ser, né? - Soltou, vendo o Matheuzinho entrar.

- Desculpa atrapalhar o casal, mas preciso da opinião de vocês. - Puxou a cadeira, sentando na frente da cama. Gabriel sentou e me puxou para o seu colo.

incomum || gabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora