Tal qual a infância, dormi no sofá e acordei na cama, entendendo nada.
Levantei, fui pro banheiro, fiz minhas higienes e saí, indo pra cozinha.
- Agora tu elevou o nível, ein? - Soltei, sentindo cheiro de bolo.
- Pra compensar suas jantas. - Me aproximei.
- Até com calda, gostei de ver. - Encostei bem na bundinha dele, dando uma bimbadinha, enquanto ele gargalhava.
- Isso aí eu já não posso te dar não, já fique sabendo.
- Que bom, pois nem eu. - Ele riu e eu sentei na bancada.
Ele desligou o fogo, pegou uma colher e pegou um pouco de calda, se aproximando e dando na minha boca, olhando nos meus olhos.
- O que achou?
- Uma delícia. - Soltei baixinho.
- É? - Roçou nossos lábios, segurando minha nuca e me beijando com calma. - Realmente... Uma delícia. - Soltou baixinho no meu ouvido, beijando o meu pescoço.
- Rapaz... - Amoleci, fechando os olhos ao sentir um chupão dele. - Teu passe livre já tá até se desfazendo.
- E como eu faço pra pegar outro? - Começou a abaixar a alça do meu pijama, beijando minha clavícula.
- Só fazer por merecer. - Ele depositou minha um chupão perto do meu peito. Assim que ele começou a abaixar mais o tecido, senti cheiro de queimado. - O bolo, bê.
- Ai, caralho. - Levantou, pegando o pano de prato e abrindo o forno. - Caralho, caralho, caralho. - Deu uns pulinhos por estar quente, colocando em cima da pia, me fazendo rir.
- Quase nosso café da manhã vai com Deus. - Passei um prato maior pra ele.
- Você me distrai.
- Você que cai fácil nos meus encantos. - Falei baixinho no seu ouvido, beijando seu pescoço e passando pro outro lado do balcão.
- Não sei mais o que faço com você não, sinceramente. - Ri, tentando pegar mais calda, enquanto ele puxava a caneca, me fazendo rir. - Será que pode desenformar, preta?
- Não dengo, espera esfriar um pouco mais. - Ele assentiu, encarando o bolo.
- Mas esfriar quanto? Tô cheio de fome. - Disse, depois de alguns minutos.
- Tu nunca desenformou, né? - Nos encaramos.
- Minha moral vai cair?
- Vai. - Ele riu e eu parei do lado dele, enquanto ele se afastava. - Vai pra onde? Tu que vai fazer, só vou guiar bonito. - Ele riu, segurando a faca que passei.
- Fala, minha preta. Me guia. - Gargalhei.
- Coloca a faca aqui no canto, desce e vai contornando. Faz umas três vezes, pra soltar as laterais. - Ele seguiu. - Agora vira.
- Mas já? - Ri e ele respirou fundo, virando rápido.
- Da umas batidinhas no fundo e tira a forma. - Ele subiu a forma e o bolo ficou certinho,me olhando chocado, me fazendo gargalhar.
Pegou a caneca com a calda e foi jogando por cima do bolo.
- Ai papai, férias eu te amo, vou amassar isso aqui demais. - Soltou, pegando calda que sobrou na caneca com o dedo.
O homem era gostoso fazendo tudo, cozinhando dispensava comentários.
(...)
Fomos pro mesmo lado, depois pro outro, assim que eu virei pra rebolar, ele fez outro movimento e nossos corpos se chocaram.
- Pra mim chega, não dá. - Gargalhou, pegando o celular e se jogando no sofá, pós passarmos quase uma hora fazendo dancinhs do tik tok na frente do celular.
Por que? Não me pergunte.
- Mas posso te falar? A gente é bonitão, ó aqui. - Me joguei por cima dele, enquanto ele dava play no vídeo.
- Tu nem disfarça, né? Meu Deus véi. - Dei pausa no vídeo bem na hora que ele me media, enquanto ele gargalhava.
- Tudo tem limite, gostosa dessas rebolando pra mim, nao teve como. - Trocou nossas posições, me dando um cheiro no pescoço.
- Deixa eu te perguntar uma parada. - Sentou, puxando minhas pernas pra cima das dele. - Tu não vai pra Salvador no final do ano, né?
- Infelizmente não.
- Vai passar onde?
- Em casa pô, talvez de um pulo na Fabi.
- Comentei com Dona Lindalva né, que tu não ia voltar pra casa nesse fim de ano. Te convidou pra passar lá.
- Sério?
- Sério pô, eles gostam de você pra caramba.
- Fico feliz, também gosto deles demais. Avisa pra ela que eu vou sim. Ter que te aguentar, né? Mas por ela eu vou. - Ele riu, pegando o travesseiro e colocando no meu rosto, que comecei uma lutinha segundos depois.
Nem vou falar que é aí que mora o perigo, que ja até virou história.
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incomum || gabigol
Fanfiction"Não tem como te decifrar incomum Em cada curva sua inconfundível Só sei que me pegou de um jeito incomum"