Vento mensageiro

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Pela manhã seguinte alguém bate na porta e quem atente é Kairo. Ouço uma voz feminina familiar e logo seus passos vem até o quarto e se aproximando da cama

– vamos fazer compras –disse Sandy

– o que faz aqui? –pergunto sem olhar para a mesma permanecendo de costas

– eu vim te ver. Você não põe o rosto para fora faz um tempo, eu disse que seríamos amigas e agora estou aqui. Por favor, vamos

Sandy insiste tanto que me fez levantar da cama, Kairo fica feliz com isso e diz para mim não me preocupar com o tempo.
Do lado de fora da casa ela me leva por uma trilha desconhecida e no fim dela achamos um pequeno vilarejo onde as pessoas andam de cima para baixo rapidamente acumulando frutas em suas cestas como se não houvesse amanhã, ela me puxa pela mão me levando até uma pequena loja que vende vestidos, qo entrar na mesma, logo logo início, ela pega um verde em suas mãos e põe por cima do meu corpo

– esse fica bom em você

– o que está fazendo? –perguntei um pouco assustada por não estar esperando essa ação

– você precisa de roupas novas, estou cansada de ver esse vestido laranja, ele agride meus olhos

– eu gosto dele –murmurei

– depois vamos cortar um pouco esse cabelo e mudar um pouco sua aparência, você está acabada

– você não precisa falar assim

– agora me diga, você e Kairo estão namorando? –perguntou ela enquanto procurava outros vestidos

– eu não sei o que nós somos. Sabe, eu gosto de estar com ele, ele cuida de mim, me faz sorrir... Mas eu queria algo mais

– ele ainda não te assumiu? Vocês se beijaram?

– sim... Umas duas vezes. Depois disso nada mais aconteceu

– entendi. Vamos levar este verde e este azul –a mesma olha ao redor e pega um outro– e este rosa

– eu não tenho como pagar isso

– disso eu sei. Quem está pagando sou eu

A mesma paga os vestidos dizendo ser um presente. Agradeço a mesma enquanto saímos da loja conversando sobre qualquer coisa que vinha em nossas cabeças, Sandy e fala muito de si mesma, ela está mais interessada em saber sobre mim neste momento.
Enquanto andávamos por uma trilha voltando para a cidade, entre as árvores à minha direita ouço sons de passos, olho para a direção de onde onde vem esse som, meus olhos avistaram Lion e mais três jovens rapazes que viviam comigo no vilarejo.

Uma tempestade violenta de sentimentos atinge meu coração, não comsigo discernir oque sinto enquanto fico imóvel observando Lion andar em direção oposta com os outros.
Levanto as mãos e abro minha boca para chama-lo, mas minha voz não sai e, será que ele me atenderia? Minha expressão esperançosa se desfaz, lentamente abaixo meu braço e tranco em minha garganta as palavras que eu diria a ele

– Adalia? Adalia!

Sandy sacode sutilmente meus ombros me acordando deste estado de devaneio, pisco os olhos várias vezes despertando do turbilhão de pensamentos e possibilidades que assolam minha mente, Lion e os três rapazes sumiram no meio das árvores do outro lado da mata

– você está bem? –perguntou Sandy

– sim... eu acho que sim -digo cabisbaixa– vamos voltar

Com meu coração pesado caminho para a casa de Sandy que nitidamente está preocupada comigo. Ao chegar lá, Sandy me põe sentada em uma cadeira, ela penteia meu cabelo que é longo na altura da minha cintura e negros como a noite, e então, com uma tesoura em suas mãos, ela o corta até altura de meus ombros. Me olho no espelho quebrado que há em sua casa, fico assustada com o resultado mas ainda sim gostei

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora