As mãos luminosas

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A raiva foi crescendo dentro de mim. Cerro meus punhos, minha respiração fica pesada, estou quase me rendendo a esta proposta absurda que essa coisa me disse. Mas algo dentro de mim queima e ele me garante que a justiça virá, não de forma injusta, mas de forma justa.
Abro minhas mãos e respiro fundo, encaro mais uma vez esses homens e em paz digo

– eu recuso a oferta

Um golpe me foi dado e mais uma vez fui parar naquele lugar escuro e molhado de novo. Grito de raiva socando o chão, meu corpo inteiro esquenta e isso me causa uma terrível dor de cabeça a ponto de me fazer cair no chão no meio dessa água

Meraki narrando

Levo um susto ao perceber Takeshi se debatendo na cama. Seu nariz está sangrando se seus dentes cercados, ele geme de dor e suas mãos estão agarradas ao lençol da cama.
O médico imediatamente abre sua boca com delicadeza e previsão, ele derrama tô o remédio azul que estava em um fraco de vidro em sua boca e isso fez com que Takeshi se acalmasse e dormisse novamente

– o que aconteceu com ele? –perguntou Adalia preocupada

– ele teve um colapso. A situação dele é mais grave do que pensei –disse o médico com pesar

Em estado de nervos, Adalia se retira do quarto e provavelmente vai sair de casa. Corro depressa atrás dela para impedi-la, a paro na porta de casa antes que ela pudesse sair na rua

– onde você vai?

– eu só preciso de um ar

– é melhor ficarmos juntos, precisamos um do outro mais do que única agora

– eu não vou embora, vou apenas tonar um pouco de ar

E assim ela vira as costas e se mistura no meio das pessoas que andam em direções opostas. Perturbado com a ideia de que nosso grupo possa estar se desfazendo, me sento em uma cadeira dentro de casa perto na janela, debruço sobre a mesma olhando para o céu estrelado

– Poeta, por favor, salve meus irmãos. Adalia se distraiu e Meraki esta morrendo aos poucos. Eu te imploro, salve eles! Eles são tudo oque eu tenho... por favor... por favor, eles são tudo oque eu tenho

Adalia narrando

Estou me dirigindo ao poço para que eu possa me acalmar um pouco. Ao chegar lá, me depsto com Nate um pouco cabisbaixo. Me sento ao seu lado sem dizer uma só palavra, ele porém nota minha presença e chega mais perto de min

– por que está triste? –perguntou ele

– por que você está triste? –perguntei a ele

– eu as vezes fico assim, é natural meu. Mas por que você era triste?

– acho que meu amigo Takeshi está morrendo. Estou com medo de perdê-lo –digo com voz de choro

Ele deita minha cabeça em seu ombro e assim eu consigo chorar. De repente ele segura meu queixo me tomando em um beijo, suas mãos começam a querer passear pelo meu corpo e diante dessa sensação sinto uma mordida novamente em meu pescoço.
O afasto de mim chorando, ele não entende o por quê e isso o deixa confuso

– eu não posso. Não posso fazer isso com o Poeta

– Poeta? –perguntou surpreso– você é amiga dele?

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora