Palácio dos medos

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Ao voltarmos para o lugar de onde acordei, que é uma casa fria e com pouca iluminação começo a dizer a ela sobre a pessoa do Poeta. Seu olhar encantado demonstra interesse mas seu semblante cai por alguns segundos demonstrando tristeza por motivos que desconheço

– o Poeta parece ser alguém legal, mas não acho que ele queira ser meu amigo.  Você é perfeita para isso, já eu, estou presa aqui

– perfeita? Safira, se você soubesse quem eu sou de verdade iria saber que a Poeta não devia nem andar comigo

– então por que ele nos quer?

– porque ele é bom. Ele apenas quer salvar aqueles que precisam de ajuda, aqueles que a querem também

De repente escutamos um estrondo vindo do lado de fora, gritos de pavor ecoam tomando conta até mesmo de onde estamos. Saquei minha espada pronta para atacar qualquer coisa que tentasse abrir a porta, mas dentro de alguns minutos tudo ficou estranhamente calmo como se nada tivesse acontecido.
Um rapaz foi até a porta, prestes a abrir, o outro garoto que me recebeu e forma rude quando cheguei o manda parar

– não tem mais nada lá fora. Dessa vez conseguimos

E então ele abre a porta e em seguida dá dois passos para fora. Realmente nada aconteceu até que de repente una sombra densa pousa em suas costas pondo as mãos em sua cabeça.
Os olhos do rapaz reviraram deixando apenas a parte branca a amostra. Imediatamente o sangue escorre de seu nariz e de seus ouvidos, sua boa esta aberta com tamanha dor mas ele não grita e não geme, apenas sofre em silêncio.

Seu rosto tomou uma cor pálida e seus lábios que antes eram rosados se tornaram esbranquiçados.
A sombra o solta e seu corpo cai no chão como se estivesse sem vida. Completamente se reação assisto a cena e demoro para voltar a realidade.
Todos saímos para fora da casa, o rapaz que possui um olho de cada cor tomou o corpo do garoto e o arrastou apressadamente para dentro enquanto eu, Safira e as outras pessoas olhamos ao redor

A cidade está chorando, há rastros de sangue pela cidade e as pessoas andam de um lado para o outro sem direção.
Voltamos para dentro preocupados com o estado do jovem, ele está consciente, porém tonto, como se estivesse andado o dia todo no sol e a fraqueza o tivesse tomado

– o que era aquela coisa? –perguntei

– é um dementador. Eles se alimentam da nossa energia e também de qualquer tipo de sentimento bom que é gerado e nós, tornando esse lugar mais frio e triste do que já é

– ele vai ficar bem?

– vai sim. Ele só está cansado

Com seu polegar ele limpa o sangue que escorreu do nariz do garoto e depois de limpar seu dedo sujo na roupa, ele limpa seus ouvidos. Uma mistura de sentimentos fermenta dentro de mim, uma mistura de pavor e ódio, tristeza e esperança me deixa angustiada.
O que eu estava pensando ao aceitar essa missão? É claro que não posso contra eles

Takeshi narrando

Este lugar é frio e sombrio. Uma nuvem negra paira sobre a cidade não permitindo que a luz fo sol penetre completamente e todos aqui claramente não estão felizes.
O sentimento de confusão reina neste lugar, todos estão procurando uma esperança mesmo que no haja uma fagulha se quer para que ele se agarrem.

Sentado no chão de uma casa em ruínas estou comendo o pão que me deram, é gostoso, mas gostaria de saber onde foi parar a minha mochila. Pelo menos ainda tenho minha espada comigo

– no que você está pensando? –perguntou Zera, o primeiro amigo que fiz assim que cheguei nesta cidade

– em onde eu estava com a cabeça ao aceitar tal loucura. Eu realmente realmente sei o por que o Poeta confiou isso a mim

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora