A cidade acorrentada

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De repente em um ponto do reino a região começou a ficar fria, tão fria capaz de congelar os ossos do nosso corpo. Está difícil para respirar e rsta tudo nublado.
A medida em que andávamos, a grama começou a se transformar em neve, as árvores que antes eram verdes, cada vez mais que avançamos nossos passos se tornaram apenas troncos secos sem folhagens

Mais a frente vimos um pequeno lago, não é grande nem médio, é pequeno, porém maior que uma poça de água, mas rasa como uma. Nos aproximamos dele vendo sua coloração avermelhada, percebemos que isso não se trata de um lago e sim uma poça de sangue... mas por que tanto? Decidimos seguir mesmo assim, andamos durante horas até que finalmente a neve começou a se tornar grama novamente e todo aquele ae gelado foi cessando aos poucos. O sol voltou a brilhar mais radiante do que nunca mas o ar continuou seco para nós.

Chegamos a porta de uma cidade, nela já uma enorme mão de pedra com correntes prendendo a mesma. O musgo cobre a pedra e em cima dela há um pequeno pássaro cantando que logo bate suas asas voando para longe

– vamos tomar rumos diferentes –disse Meraki– não estou pronto para isso

– nós vamos nos ver em breve. Eu sei que vamos –conforto o mesmo

– gente... eu confesso que estou tremendo de medo –disse Takeshi

– está tudo bem. Quando percebermos estaremos juntos novamente

Nós três nos abraçamos, lágrimas rolaram mas não nos rendemos ao choro livre. Meraki acadicia o topo da minha cabeça olhando em meus olhos com os seus marejados brilhando de amor e saudade, o mesmo ele fez com Takeshi que se continha para não se tender ao choro

– por favor, sobrevivam –disse Meraki com a voz embargada

– agora digo o mesmo a você, Meraki –disse Takeshi– por favor, sobreviva

Com um sorriso Meraki o abraça, e então, depois de enxugar s lágrimas, cada um foi para um lado. Takeshi pada a direita, Meraki para a esquerda e eu pelo meio.
Ando por alguns segundos nesta estrada, o solo é árido e rochoso, corvos sobrevoam o céu mas não vejo nenhum sinal de vida animal aqui na terra.

Ainda distante dos portões o peso da cidade sobrecai em meus ombros me tornando pesada, o ar me falta e tornando ainda mais difícil para respirar.
Logo no início vejo três seres, são sombras escuras como a noite mas seus olhos são vermelhos como a chama de fogo.

Eles estão com lanças e espadas e não hesitam em vir na minha direção. Mesmo tendo dificuldades para respirar, puxando o ar com toda força para levar aos meus pulmões. Por falta de oxigênio minhas pernas falham mas não desisto, ainda sim ando na direção deles confiante enquanto no meu coração eu clamava pela ajuda do Poeta.

...

Abro meus olhos lentamente enxergando pessoas borradas me olhando. Suas vozes distantes por mais que estivesse perto ecoavam e diziam "ela está acordando". Aos poucos recuperando a consciência minha visão finalmente consegue focar nas pessoas, eles me encaram preocupados e a esperança está iluminando seus rostos sujos e feridos

Lentamente me levanto forçando meu corpo dolorido a sentar no chão, meu cérebro se esforça para tentar compreender oque aconteceu mas não consigo identificar nada

– você está bem? –perguntou uma garota

– acredito que sim. Que lugar é esse?

– você está em magi. Como chegou aqui?

– estou no lugar certo. Como eu cheguei dentro desta cidade? Cadê aqueles seres?

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora