Segredo

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Meraki narrando

Logo após o jantar, decido ir para meu quarto. Todos acham isso estranho já que acordei no início da tarde.
Sinto uma pontada em minha cabeça capaz de me trazer tontura, meu ouvido está zunindo e por algum motivo minha visão está turva aponto de sentir dor nos olhos.
Milhares de vozes começam a falar em minha cabeça, são tantas que me dá a sensação de que a há várias pessoas em meu quarto a ponto de sentir-me sufocado em um ambiente que, memo eu estando sozinho, parce que ficou pequeno com a sensação de várias pessoas dentro dele

Me levanto rapidamente da cama em que estava sentado indo para fora, vejo Takeshi e Adalia junto com o Poeta conversando sobre algo, eles me olham e perguntam para onde vou, pois passei direto por eles sem dizer una palavra. Ignorando completamente as perguntas de Adaliane Takeshi chego até a porta.

- Meraki -soou a voz firme do Poeta

Antes que eu pudesse por as mãos na maçaneta meu corpo para imediatamente obedecendo sua voz, como se eu não pudesse rejeitar o eu chamado, como se sua voz tivesse domínio sobre todo meu corpo que onobedece cegamente. Minha carne estremece e não consigo fazer nada além de ficar parado em frente a porta com a mão na maçaneta

- onde você está indo? -prosseguiu ele

- vou apenas tomar um pouco de ar lá fora, em breve voltarei

- não vá além das flores, permaneça por aqui. É perigoso a noite além das flores

- não vou desobedecer. Eu já volto

Consigo girar a maçaneta e sair para fora. Apenas fico andado pelo campo de flores debaixo da luz lunar enquanto o vento frio atinge meu rosto deixando minhas bochechas geladas.
Olho ao redor vendo que ainda estou dentro do local de segurança mas as vozes não param de falar, está ficando cada vez mais alto ao porto de se tornar insuportável

Me sento no meio das flores com as mãos na cabeça, sinto um nó em minha garganta como se o choro quisesse sair mas algo o impede.
Eu forço, mas nenhuma lágrima solitária brota em meus olhos para contribuir. Acho que eu mesmo não me permito chorar põe causa do que fiz, ru não mereço nem estar vivo e nem ter sido resgatado pelo Soldado.

Eu quero morrer, eu quero ir com eles, eu mereço o pior tipo de castigo de todos os tempos por causa da minha falta de misericórdia para com outros. O que eu sou? Quem eu sou? O que eu fiz? Por que eu fiz? E por quem eu fiz? Foi obrigação, ordem, ou eu fiz porque eu gostava?

...

- Meraki? -chamou-me Adalia pondo sua mão em meu ombro. Não sei quanto tempo fiquei aqui, já que ela saiu para me procurar- está tudo bem? -prosseguiu ela

- eu... estou bem -digo levantando a cabeça

- está frio aqui fora, vamos entrar

Levanto-me do chão tirando a terra de minha roupa, Adalia me encara com uma expressão preocupada como se soubesse que há algo de errado comigo

- o que foi? -perguntei

- você realmente está bem?

- sim, eu já lhe disse que sim

- Meraki, eu te conheço. Você não anda bem. Eu me lembro que até mesmo quando estávamos na trilha antes de encontrar a floresta das almas e o mestre Enos, você chorava dormindo. Dizia para eles te deixarem em paz enquanto ainda dormia e quando acordava, você estava meio tonto e confuso, como se quisesse saber onde estava. Você pode contar para mim oque está acontecendo

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora