Caminhos perigosos

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No meio do caminho a trilha dava continuidade dentro de uma floresta e que precisávamos entrar. Meraki engoliu seco mostrando estar un pouco aflito mas entrou mesmo assim conosco.
A floresta parecia ter certos labirintos que facilmente faria qualquer ser se perder, além de ter cipós pendurados por todos os lados. Havia flores violetas também que desabrochavam quando passávamos perto exibindo sua beleza
Me aproximo a poucos centímetros da mesma para pegar uma e levar comigo mas Takeshi segura meu pulso e me tirando de perto da mesma

– não chegue perto delas –disse Takeshi a mim

– e por que não?

– são silvernist. Elas são flores venenosas e carniceiras, se chegar muito perto, as raízes ocultas vão grudar em qualquer parte do seu corpo e sugar todo nutriente e vigor de você até ficar seca, apenas pele e osso. Igual aqueles caras ali

Ele aponta para uma direção da floresta onde mostra várias árvores e nelas estavam presas vários corpos secos, só pele e osso. Em alguns era possível ver sua aparência estavam aterrorizados, de boca aberta, o pavor é transmitido através desses mortos que estão presos a raízes de árvores na própria árvore e nunca mais vão sair. Outros até fazem parte delas, metade de seus corpos estão fundidos nós troncos e o musgo os cobriu

Encaro essa cena horrorizada e saio andando na frente segurando o braço de Meraki o mais rápido que pude

– eu salvei sua vida e você nem me agradece –resmungou Takeshi

– Meraki, por quanto mais tempo teremos que andar?

– não por muito tempo, apenas permaneça em silêncio sem fazer um som muito alto, esta floresta é mais perigosa que Solarin. É traiçoeira, não confie nem em flores que desabrocham e nem mesmo nos mosquitos que tentam sugar seu sangue. Tudo aqui é maligno

– obrigada pelo conforto –digo ironicamente

– você pode ficar segurando meu braço até a gente sair daqui, eu não me incomodo –disse Meraki com um sorriso fraco

O agradeço e não o solto por nada nesse mundo. Passamos mais uma hora andando na floresta sem emitir nenhum som exceto quando a gente pisava em galhos e folhas secas; no meio da floresta havia uma clareira, a luz solar estava centrada ali e ouvimos um pedido de ajuda vindos de lá

– por favor, alguém me ajude –era uma voz masculina totalmente desconhecida

– vamos ajudá-lo –digo sacudindo Meraki

– não –ele me puxa para atrás de um tronco de árvore grande e Takeshi faz o mesmo– eu conheço esse truque, olhe atentamente e me diga o que você vê

Olho para a clareira vendo o homem vagar lentamente com um tipo de inseto gigante em sua cabeça, parecia ser um parasita que drenava toda a sua energia, ele tinha a aparência de uma lagosta mas era verde metálico de uma cascadura bem grossa. O homem, ou elfo, ou qualquer outro ser, estava muito pálido e desgastado, seus lábios estavam roxo e suas olheiras estavam muito profundas; ele também estava cheio de ferimentos e cicatriz, o sangue seco estava manchado em seu rosto e pescoço como se tivesse escorrido dessas partes do corpo a um tempo

Além de sua pele pálida estar rachando, seus olhos estarem brancos como se estivesse cego ele andava vagarosamente, sem pressa. Descrevo oque vi para Meraki e ele pega uma pequena pedra no chão, logo após ele joga no meio da clareira e saíram do chão enormes insetos parasitas a procura de quem tinha pisado ali. Eram da mesma forma e cor que o pequeno que estava na cabeça do homem, ou elfo, ou qualquer outro ser deste lugar estranho, só que muito maiores talvez até o dobro do nosso tamanho.

Estava pronta para gritar mas Meraki foi mais ágil e tampou minha boca

– é um truque. O parasita usa seu hospedeiro controlando sua mente e corpo para que quando um humano se aproximar da clareira os outros o devorem

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora