A queda do príncipe

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Algo se aproxima de nós pisando firme no chão, seus passos são como de um exército nos dando a impressão de ser vários desses. E então, a criatura aparece. Seu corpo é de um touro mas não tem pelos, sua pele é escorregadia e escamosa. Seus olhos são vermelhos como a fúria de um exército de demônios, ele não tem pupila e fica brilhante na escuridão. A cabeça é de um homem, mas ela se divide em três tendo uma delas uma língua de chicote. Ele emite um som único que parece várias vozes falando ao mesmo tempo nos causando confusão e agonia, tudo para nos distrairmos

Ao ver este ser horrendo que só poderia ter saído do limbo de uma floresta sombria, saco minha espada me preparando para o ataque, ela anda até nós confiante e não hesita a cada passo seu. Oli está assustado, ele segura no meu braço e todo o povo que está atrás de mim grita de medo mas alguns decidiram não sair e ficar pata combater o monstro.
Vendo ele que não recuamos, começou a correr em nossa direção rugindo furiosamente, me posiciono pronto para contra atacar; a poucos metros de distância antes que ele conseguisse me acertar o primeiro golpe que já estava armado para mim, em um piscar de olhos alguém aparece na minha frente e feriu o monstro com sua espada flamejante fazendo o mesmo se transformar em pó

O homem vira de frente para nós com um sorriso fraco, meu coração entra em um estado de alívio ao vê-lo. É o homem ruivo

- muito obrigado

Passo pelo mesmo correndo até a porta de onde a coisa saiu. Eu, Oli e algumas pessoas do povo estavam diante daquela enorme estátua e só então as correntes deles que antes estavam escondidas foram reveladas.

- Meraki -Oli aponta para meu pulso aflito

Meus pulsos estão acorrentados. Como? Eu não estava preso antes, por que agora? Eles querem me parar, mas não vão. Com raiva seguro minhas correntes e ponho todo pelo do meu corpo para puxar a estátua. Oli e o poço começam a fazer o mesmo, vejo que algumas correntes também estavam sendo puxadas mas não havia ocupação nos lugares onde elas estão. Isso me deu a entender que o povo que está lá fora estava puxando também.

Ela é muito pesada e me causa falta de ar. Sinto minhas forças deixando meu corpo mas me recuso a desistir.
Aflito puxando as correntes, sinto um calor me envolver, e então, meu corpo inteiro começou a brilhar impressionando o povo ao redor. Uma força sobre-humana tomou conta do meu corpo e com apenas um puxão a estátua começou a cambalear, e então, ela veio ao chão, mas antes que pudesse destruir as estruturas que estavam ao seu redor ela virou uma espécie de pó negro que logo se desfez no ar.

- vamos, vou guia-los para fora da cidade à um local seguro -disse o Poeta

Ainda do lado de dentro pudemos escutar o grito de alegria do povo. São as risadas mais sinceras e mais iluminadas que já ouvi que só quem já teve sua liberdade tirada pode entender.
Saímos de dentro deste lugar horrendo, todos estao felizes por conseguirem por seus pés para fora da cidade cidade serem puxados pelas correntes. Eles cantam e dançam, batem palmas e saem saltitando. O Soldado vai na frente para nos guiar até o local onde seremos tratados e eu estou ainda ainda estado de êxtase diante de tudo que aconteceu.


Adalia narrando

Me encontro em um estado deplorável. A esperança morreu, de repente tudo se tornou tão escuro e não quero sair de casa pois o medo me assola. O cansaço esgotou cada parte do meu corpo e já não há mais motivo de alegria e nem motivo para sorrir. Eu tentei, mas a esperança escapou entre meus dedos como areia. Todos os dias são gritos, lutas, dementadores, sofrumentk e tristeza sem fim. Estou cansada.

A pressão dessa cidade sugando tudo de bom que ainda há dentro de mim, quais fagulha de esperança foi apagada pela terrível confusão mental. A verdade foi encoberta pelo medo, Kaizer tenta me reanimar mas não tenho forças para me por de pé e fazer oque precisa ser feito.

As coisas só se tornaram piores quando eu me posicionei e organizei essa revolução que na verdade só nos levou a perdas e a mais lutas.

Devia ser mais fácil. Por que está tão difícil? No que eu estava pensando quando aceitei essa missão?

– por que quis que eu passasse por isso? –sussurrei para o Poeta– eu não sou capaz, não sou forte, não sou apta para executar sua missão. Me desculpa, mas eu falhei. Você precisa escolher outro alguém, porque eu já não aguento mais

você foi muito alem da cerca –disse o Poeta a mim– quem diria que aquela garotinha se tornaria quem você é hoje

– eu tentei, Poeta, mas falhei. Eu não quero mais isso

tudo bem, eu entreguei uma responsabilidade tão grande nas mãos de uma criança. Se você quiser voltar, pode voltar, eu irei com você

Me levanto do chão e me dirijo a porta, mas antes que a ponta dos meus pés pudessem tocar o solo para fora da porta eu hesito em continuar.

por que está hesitando?

– eu não sei

é porque você sabe oque previsa ser feito, isso arde dentro de você. É o seu chamado, é oque você foi chamada para fazer. Eu sei que a Adalia não é capaz de muita coisa e também sei que ela era uma garota rebelde e assustada, mas tem algo em você que me chama atenção. Coragem. Você é destemido e corajosa, eu capacitei você para executar essa missão e em todo o reino eu não achei nenhum outro que faça como você. Eu te escolhi, e não me arrependo disso

– então me ajuda –digo chorando– eu não aguento mais

Então uma corrente elétrica começou a percorrer por todo meu corpo enchendo-o de vida novamente. Minha esperança e fé foram reavivadas e todo meu esgotamento se foi.
Saio novamente para as ruas levanto Kaizer, Safira e Ezra comigo, gritando pelas ruas da cidade nosso plano e com nosso discurso revolucionário contra a opressão desta cidade. Demos o nome de a queda do príncipe se referido a enorme estátua.
Quando menos percebemos, metade do povo havia se aliado a nós, todos seguimos ao fim da cidade e não foi preciso abrir a porta, por a bela já estava nos esperando no.meio do caminho

Kaizer está atemorizado, suas mãos trêmulas denunciam isso, mas se manteve firme ao meu lado.

– eu não vou fugir. Eu me recuso a ser um covarde novamente –disse ele sacando sua espada que a muito tempo estava guardada, mas hoje, no dia da batalha, ele a pegou novamente– que saudade –diz sentindo a textura de seu cabo nas mãos

Saquei minha espada pronta para contra atacar, quando a besta levantou suas garras para me atacar, alguém aparece na minha frente ferindo a besta com sua espada flamejante, a mesma gritou de dor antes de se transformar em pó

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora