A salvação da bruxa

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Os olhos do rei se arregalaram, ele nao conseguia ter nenhuma reação diante do Soldado. Os soldados do rei recuaram e um silêncio ensurdecedor se fez na praça da cidade.

– você realmente achou que eu não fosse voltar para julgar suas práticas? Eu avisei a você, lhe dei um tempo para consertar seus erros, sair da corrupção e se alinhar a reta justiça. Mas você se desviou dela, fez oque é mau e com manipulações e corrupções governou, foi egoísta, atende apenas seus próprios interesses e levou seu povo a se corromper junto com você. Pois em verdade eu lhe digo e não há falha em minhas palavras, suas obras serão suas provas para inocenta-lo oh para condená-lo e você não tem quem o salve

– Soldado...

– agora o seu reinado acabou –prosseguiu o Soldado interrompendo a fala do rei– melhor deixar está cidade sem um líder do que deixar um rei perverso e de mau coração governar. A espada jamais se apartará de você pois o sangue dos inocentes clamam da terra por justiça e eu os ouvi. Te dei muito tempo mas você não quis voltar para a justiça então com a reta justiça de acordo com seus feitos julgarei você

A medida que o Soldado falava sua espada inflama em chamas.
O rei ficou furioso, ele mesmo tomou a espada da mão de um de seus soldados e avançou na direção do Soldado bradando de ódio. O Soldado nada fez, continuou encarando o rei vindo em sua direção até que poucos metros de distância, o rei para no meio do caminho caindo ajoelhado tomado por um grande pavor. Não porque ele quis, mas como se algo que o Soldado emana o forçasse a ter esse comportamento

– sendo sincero não acredito que achou que pudesse algo contra mim –o Soldado levanta os olhos olhando ao redor– onde está Benjamim? O único jovem que quis impedir esse homicídio?

– está preso na masmorra, senhor –disse um dos soldados do rei

– por favor, não nos mate. Só estávamos cumprindo ordens –tornou um deles a falar

– por misericórdia não os matarei, porque sei que temiam por suas vidas. Peguem este homem do chão e o ponham na masmorra, deixem que o resto eu resolvo. E tragam também Benjamim, quero falar com ele

Os soldados obedecendo a ordem do Soldado pegaram o rei do chão que protestava e se debatia não aceitando a prisão.

– povo! Acham certo vir a praça pública assistir uma execução como se fosse um show no circo? Não apreciamos o desespero das pessoas, um ser humano feliz com a morte de outro e ainda por cima desejando ver seu sangue sendo derramado é desumano, ouso a dizer que talvez sejam piores do que os animais, pois não deram a ela direito de fala e quando ela disse a verdade, vocês a entregaram na mão dos carrascos porque não era a verdade que vocês queriam ouvir. Como são hipócritas! Vocês mulheres levam seus filhos aos médicos que tem o conhecimento de ervas medicinais mas se uma mulher tem o mesmo conhecimento vocês a condenam como bruxa, não deveria o médico dotado deste conhecimento morrer também?

– mas senhor, nós mulheres não temos acesso ao estudo, então só poderia ser alguma obra de magia negra da parte desta mulher sendo o conhecimento limitado à nós –explicou-se uma das mulheres presentes na multidão

– e também acharam em sua casa um livro sagrado vindo da terra dos magos vermelhos –disse a outra mulher no meio da multidão

– pois vamos deixar a mulher se explicar

A mulher lentamente levantou sua cabeça ainda apoiada em meu ombro. Ela me faz andar com ela até onde o Soldado está parado, mais perto da multidão

– meu irmão era médico. Antes de morrer, ele me ensinou a ler, a escrever e a como me cuidar sozinha e ajudar outras vidas. O livro que vocês acharam era o livro dos conhecimentos dele! –gritou a mulher enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto– este livro nunca veio da terra dos magos vermelhos, nunca tive contato com qualquer ser dos lados obscuros. Vocês nem me ouviram, eu implorei por ajuda e por misericórdia mas vocês só sabiam gritar pata me jogarem na fogueira!

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora