O sonho

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Todos os outros moradores ficaram observando a cena, então, eu e os meninos fomos aos outros para ajuda-los. Eles estavam mais abertos e receptivos, acredito que a causa seja depois de verem que realmente ajudamos a senhora.
Construímos mais três casas, o melhor, são chamadas de Yurt, são como ocas, porém maiores.

Ao cair da noite ficamos em um local destacado da aldeia pois não sabíamos se eles iriam nos acolheram por serem muito desconfiados.
Enquanto estávamos sentados no chão esgotados depois de um dia intenso de trabalho, a senhora que ajudamos mais cedo junto com alguns outros aldeões nos chamam para sentar ao redor da fogueira que fizeram.
Felizes nós os acompanhamos, todos nos receberam com um sorriso no rosto e cumprimentos amigáveis completamente desconhecidos a nós

Eles colocaram a mão direita em seu peito para nos agradecer por termos ajudado com as yurt, e o cumprimento de boas vindas são com una batida de pé mo chão e um pequeno e fraco soco em seu peito. A senhora disse que isso indica paz e respeito, além de ser uma recepção calorosa demonstrando que somos bem vindos.
Percebemos que a comida está escassa, eles estao se virando com oque tem mas muitos não poderão comer esta noite. Alguns pais até deixaram de comer para dar aos filhos e outros nem tinham oque dar a suas crianças

Abrimos nossas mochilas pegando todo alimento que temos, juntamos tudo e demos na mão de uma das aldeãs para que ela possa repartir igualmente com todos. O brilho no olhar de admiração por nós é nítido, ao repartir tudo, eles novamente põem a mão direita no peito mas dessa vez se curvam

- significa que eles tem enorme respeito por vocês -disse a senhora

- estamos muito gratos também -digo sorrindo

No auge da noite dando início a fria madrugada, a senhora nos deixou dormir em sua casa, ela disse que não é confortável como estamos acostumados mas que dá para descansar. Se ela soubesse que não sabemos oque é conforto a meses...

No meio da madrugada enquanto dormia, tive uma visão de una cidade. Toda uma civilização estava presa por correntes e um ser cuja aparência não me foi revelada estava oprimindo todo o povo. Choro e sofrimento eram nítidos e a sensação de peso me deixa com uma sensação de desmaio, o ar seco e as trevas tão densas que podem ser tocadas. Desesperada ando pela cidade gritando a todos que eles não vão morrer pois alguém que eu conheço irá salva-los e que nem mesmo esta força obscura poderão prende-los ali

Acordo deste sonho assustador com meu coração tão acelerado que as batidas podiam ser ouvidas, Meraki e Takeshi também acordaram e todos nós estamos experimentando o mesmo sentimento. Pavor e medo
Saímos de dentro da yurt para falar com o Poeta, uma forte luz resplandece, cobrimos o rosto, após isso, sentimos sua presença, ele disse que está tudo bem e que não precisamos cobrir o rosto

- que sonho foi esse? Estão invadindo nossa mente? -perguntou Takeshi assustado

- não -respondeu ele- eu mostrei a vocês o futuro. Vocês estarão naquela cidade, vocês vão ser meu canal para salvar aquelas pessoas, elas estao desesperadas e aflitas procurando uma verdade. Estou confiando em vocês para cumprir esta missão

- Poeta... isso é assustador demais. Nós não temos chance contra aquele ser e nem sei se vou suportar tanta opressão vinda de uma só cidade -digo ao mesmo

- por acaso vocês se esqueceram que eu estou com vocês? Nada vai lhes afligir a não ser que eu permita. Eu ordenei a vocês, sejam fortes e corajosos pois eu irei com vocês e eu sou a segurança de que vocês vão passar por isso e terão vitória

- mas por que? Por que esta cidade? Por que aquele lugar? Eu estou com tanto medo -disse Meraki tremendo de medo

- Meraki, eu não vou entregar a vocês algo que não possam suportar, eu nao quero mata-los, quero torna-los mais forte, vocês foram escolhidos para uma missão e eu espero contar com a colaboração de vocês para isso. Se nao querem ir, tudo bem, eu não vou obriga-los.

- nós vamos -digo a ele- pelo menos eu vou. Pode contar comigo

- Adalia, não temos comida e nem água, não podemos esperar muito deste povo já que suas plantações estão destruídas

- eu vou sustentar vocês. Confiem em mim

Inseguros nos entre olhamos mas aceitamos a missão confiando somente na garantia do Poeta. Baseado do que vivemos com ele, ele nunca nos deixou de lado e em nada nos faltou a não ser por desobediência nossa. Todas as quase mortes que passamos ele próprio nos protegia e até mesmo as homem ruivo vinha nos socorrer, então não é insano confiar nele diante de todas as provas que ele nos deu do seu imenso poder.
Logo os primeiros raios solares atingem nosso rosto, não percebemos que já estava amanhecendo

Todo o povo começou a sair de suas casas inclusive a senhora que se surpreendeu ao nos ver de pé tão cedo já que estávamos exaustos do trabalho de ontem e que do jeito que dormíamos profundamente não estávamos perto de acordar.
Não sabíamos se íamos comer algo pela manhã, estava nítido no rosto da senhora que ela estava preocupada mas ela não nos disse. De repente, ouvimos um falatório por toda aldeia e uma pequena agitação se espalhou por todo o local contagiando até mesmo eu e os meninos.

Ao olharmos bem para a entrada da aldeia, vimos vários sacos de grãos e farinha, tinha o suficiente para suas semanas. Também cestos grandes cheios de frutas. "Quem deixou isso?" "Quem fez isso?" Essas e outras perguntas percorriam por toda aldeia. Em uma das cestas algo me chama atenção, camuflado em cima das laranjas, pego com a ponta dos dedos um fio de cabelo ruivo.
Mostro aos meninos com um sorriso no rosto que já entenderam de quem se tratava

O homem ruivo esteve aqui.

Toda a atenção do povo se voltou para nós, eles acham que nós trouxemos toda essa comida. De imediato nso posicionamos para contar a verdade a eles, dissemos que não tivemos nada a ver com isso e sim um homem ruivo cujo nome, origem e fonte de poder é completamente descinhecida, mas ele sempre está por perto, até mesmo quando não podemos ver. Dissemos toda verdade a eles, maravilhados eles dão total atenção e transparece em seu rosto a vontade de ver o homem

- onde ele está? -perguntou um aldeão- queremos agradecer

- estou aqui -apareceu o homem ruivo num passe de mágica atrás de nós- peço que por favor não dirijam sua gratidão a mim pois eu só cumpro ordens. Agradeçam mesmo ao Poeta e ao Soldado, pois se eles não ordenassem, eu não viria

- quem Poeta é? Cadê ele? Quem é o Soldado? -perguntou a senhora no meio da multidão

Contamos a eles tudo oque sabemos sobre o Poeta e toda nossa experiência de treinamento com o Soldado. Passamos metade da manhã contando todas as nossas experiências de missão e que o homem ruivo é quem nos salva da morte quase sempre. Contamos a ele sobre oque aprendemos com o Poeta e o quão poderoso ele é e essencial na nossa jornada

- nós já conhecíamos o Soldados antes. Guerreiros vieram aqui no nome dele. Mas tudo oque fizeram foi destruir nossa vila -disse um homem no meio da multidão

- eles nos roubaram e destruíram o que já estava em ruínas -disse uma mulher- mas vocês são nossa ajuda -a mulher pôs as duas mãos ao redor da boca olhando para cima- vento, obrigada por trazer soldados verdadeiros! Obrigada por nos ouvir! -gritou ela

O vento... eles pediram ao vento. Por isso viemos parar aqui, somos a resposta de um pedido de socorro. Que sensação boa!

No inicio da tarde depois de todos comerem, continuamos nosso trabalho. Agora o sentimento de alegria na aldeia estava pairando no ar, todos sorriam e cantavam músicas alegres, o cansaço não parecia ter vez aqui e todos estavam felizes.

O Soldado, O Poeta e o Rei [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora