CAPÍTULO 65

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ALESSANDRO PETROV

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ALESSANDRO PETROV

Jogo longe a foto de Angelina, a mesma maldita foto que venho encarando a mais de cinco meses todos os dias.

A garrafa de vodka antes cheia, em questão de segundos fica pela metade enquanto tomo goles seguidos como se estivesse bebendo água. O álcool além de anestesiar a minha dor, ajuda a queimar em meus lábios e língua o gosto dos lábios dela que meu cérebro faz questão de simular só para me torturar, o gosto dos lábios que Barry o'conell deve estar beijando.

— AAAAAAARGH! - rosno, jogando a garrafa de vodka no chão, a quebrando em vários pedaços.

[...]
— Ela é tão pequena... Tão frágil. - Meu pai diz dentro do quarto, balançando o bebê em seu colo e posso ver do corredor o encanto em seu rosto.

— E muito linda...- A voz de minha mãe entrega que ela está com um sorriso no rosto, se sentindo completa. — Finalmente um bebê que se parece comigo...

— Eu a amo tanto e muito mais por lembrar você. - Diz a ela.

Os ver assim, tão felizes, tão unidos...me causa um pouco de inveja.

— É loira como eu, como minha mãe e minha avó...- Diz ela. O nome Alissa foi escolhido em homenagem a avó de minha mãe, Alissa Salvatore. — Será que os olhos vão continuar azuis? As vezes some depois de alguns meses.

— Não... Eu vejo os olhos dela, são iguais aos seus. Não só pela cor mas o brilho também é igual... - diz meu pai.

Logo o olhar da minha mãe atravessa a posta aberta de seu quarto, pousando em mim que finalmente sou notado. Dou duas batidas na porta mesmo que ela já tenha me visto, para anunciar também ao meu pai que estou aqui.

— Pode entrar, meu amor...- Seu sorriso triplica ao me ver. Minha mãe está muito bonita mesmo que visivelmente cansada. Ela está deitada na cama e usa uma camisola branca de seda coberta parcialmente por um Robbie mesma cor, sua pele sedosa está livre de maquiagem, algo que ela usa sempre, mesmo que sem necessidade, porque com seus quarenta anos de idade ela não carregava ruga alguma em sua face, poderia se passar facilmente por minha irmã mais velha.

— Que bom que veio nos ver, chegamos do hospital hoje de manhã.

— Eu sei. Queria dar um tempo para vocês dois, e para senhora que colocou mais um bebê no mundo, não me deixando ser o único. - Mando uma indireta com um sorriso cínico.

— Quando olhar o rostinho da sua irmã, vai me agradecer por isso

— Eu trouxe pra você... Um presente pelo bebê. - Entrego a ela uma sacola da joalheria a qual ela pega, retirando uma caixa quadrada que ao ser aberta revela o colar de diamantes e rubis.

— Oh meu amor...- Ela pisca algumas vezes, admirada com o brilho da jóia avermelhada refletindo em seus olhos azuis e se levanta com pressa, a expressão carregada de emoção e ternura. — Muito obrigada... é muito lindo. E eu só vou usar em ocasiões especiais...

Ao ser acolhido nos braços dela, demoro um pouco mais para me separar, aceitando o único contato que é bem vindo, o da minha mãe, sentindo seu toque quente e cheiro acolhedor.

— De nada....- Esfrego suas costas e quando ela se separa, direciono meu olhar para meu pai que segura o bebê.

— Venha. - Me chama para pegar o bebê e eu
obedeço indo até ele, respiro fundo pegando a bebê de forma desajeitada. Quando olho para ela, para alisa... Tudo para, é como se o mundo parasse de girar de uma forma brusca e um buraco se abrisse em baixo de meus pés. Seu rostinho pequeno e seus cabelos loiros me encantam, ela tem um cheiro único de neném e um bochechas gordinhas e macias.

— Até agora sua irmã tem se mostrado ser muito calma. - Ela diz suavemente com orgulho.

— Diferente de você que sempre foi muito agitado. - Rebate meu pai.

— Vão começar as acusações. - Reviro os olhos. — Você é tão linda, Alissa... Vou ser o melhor irmão do mundo pra você. - Digo baixo em seu ouvido e ela da um risinho ao se mexer.

— Own...- Minha mãe faz um som de ternura com os lábios ao fazer biquínho. — Ela já te adora. E não fale assim do meu filho, Alexander...ele era muito manhoso e agitado mas eu amava ficar grudada nele para acalma-lo.

— É por isso que o garoto te dá jóias.

Balanço o bebê em meu colo e a inveja dentro de mim só cresce quando penso no dia em que Angelina pensou estar grávida. Naquele dia mesmo com o susto imaginamos como seria nosso filho, como criaríamos ele e como seríamos bons pais. Minha mente, contra minha vontade, fantasia ter um bebê de Angelina em meus braços, um bebê ruivo e com os olhos castanhos como os dela, respiro fundo tentando controla as lágrimas que se acumulam no canto dos meus olhos, minha garganta se fechando.

Ao erguer a cabeça e engolir o choro, meu olhar cruza o da minha mãe que reconhece a tristeza em meu olhar, acho que ela me conhece tão bem que ja sabe o que se passa por minha cabeça.

— Estou muito aliviada que tenha se levantado, que esteja vindo nos ver mais vezes, e espero que continue fazendo isso, a sua irmã vai adorar te ter por perto, significa muito pra mim ter a família completa ao meu lado.

— Eu sei, mãe. - Murmuro ao balançar a cabeça em negativo. — A vida precisa contínuar. - digo sem forças.

— E você tem muito que fazer.  Por que não volta para casa? Morar com a gente. - Meu pai Sugere.

— Acho uma ótima ideia...assim não diga tão sozinho. - minha mãe concorda com esperança. Eles querem me manter por perto para se certificar de que eu não vou me matar, um risco real que pode vir a se tornar fato a qualquer momento. Eu pareço estar me reerguendo e melhorando só por levantar da cama e ir ao trabalho, mas é muito o contrário, eu só me sinto pior a cada dia. Cada passo que eu dou é no piloto automático, sem vida, sem vontade, sem motivação ou razão.

— Obrigado. - Tento sorrir mas não consigo.  — Mas eu... preciso ficar sozinho. Pelo menos agora... Pelo menos até o... Casamento.

Minha mãe concorda com a cabeça, ela não quer insistir e nem se aprofundar neste assunto o qual ela tanto desaprova.

— Eu sempre achei muito cafona nomes de filhos que combinam mas admito que amei a combinação Alessandro e Alissa. - muda de assunto, tentando ser mais positiva.

— Não seja velha...

— Eu disse que ele ia falar isso. - Meu pai a olha convencido.

— Eu não sou velha, ainda sou fértil o suficiente para gerar filhos, nem cheguei a meno pausa. - se gaba.

— Se tiveram outro bebê, eu interno vocês. - Digo, e Alissa se mexe fazendo um som com a boca. — Está vendo? Ela concorda comigo. Vamos ser os únicos, não é? Lissa... - Pergunto para ela.

— Olha só, já estão se juntando contra nós.

— Não contamine minha filha com a possessividade. - brinca minha mãe.

— Impossivel... Ela é uma Petrov. - digo orgulhoso.

DARK : THE FINAL POSSESSION  Onde histórias criam vida. Descubra agora