DISPONÍVEL NA LERA E BUENOVELA
A queda de Alessandro Petrov ocorreu quando o belo anjo de cabelos acobreados assim como a auréola sobre sua cabeça, apareceu na porta de seu escritório. Os olhos grandes cor de ambar brilhantes implorando por algo qu...
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ANGELINA
— Bom... é aqui. - ele diz sorrindo ao estacionar o carro na frente da propriedade.
— Obrigada, Barry.
— Está com medo?
— Um pouco, não quero ser uma vergonha.
Principalmente para minha mãe, penso comigo mesma.
"Não tem ideia... do quanto eu estou me sentindo incompetente, eu falhei na sua criação. Pensei que tinha tinha criado uma mulher esperta, uma verdadeira mulher e não uma bebe fujona."
A voz da minha mãe traz de volta a frase que ouvi na porta da igreja. Isso me causa um frio na barriga.
— Você nunca será, isso eu garanto. Certeza que não quer que eu vá com você? Posso te ajudar a explicar.
— Não... obrigada. Isso é algo que eu tenho que fazer sozinha, você é como se fosse da família mas isso é entre meus pais e eu. Você entende, não é?
— Completamente. Inclusive, vou ter que falar com a minha mãe em algum momento.
— Ah..- Me lembro e quando assinto — E onde ela está?
— Em um cruzeiro de seis meses pelo pacífico.
Assinto e aproximo meus lábios dos dele mas acabo deixando apenas um beijo em sua bochecha.
— Boa sorte...- diz ele.
[...]
Entro em casa vendo que eles estão almoçando na sala de jantar.
— Angelina? - Meu pai se levanta de imediato.
E minha mãe depois de assimilar, faz o mesmo.
— Não sabia que vinha. - Diz ele com um misto de receio e felicidade.
É realmente de se estanhar minha aparição sem avisa, e principalmente, sem Alessandro ao lado.
— Nem eu sabia, papai. Eu voltei, para ficar.
Ele se entre olha com minha mãe e depois novamente para mim.
— O que Petrov fez a você?! - joga o guardanapo na mesa.
— Acho que...- olho de um para o outro. — Eu tenho muito o que dizer.
— Sente-se Estevan... - Minha mãe ordena seria mas ele não a obedece. — Não importa. Não importa. Nada do que tenha acontecido, eu nem sei... Não quero saber... Está em casa agora. - Abre os braços e eu vou até ela, aceitando o abraço. Sentir o cheiro da minha mãe é uma das coisas que faz a ficha cair, me faz sentir em casa de novo. O cheiro dela é adocicado como frutas vermelhas.
— Claro que importa! Importa muito saber o que ele fez a minha filha, o que ele fez para fazer ela desistir deste casamento o qual você ajudou a obrigar ela a entrar. - diz meu pai, raivoso e preocupado, ainda de pé com o corpo rígido.
