ANGELINA
Simplesmente paro de respirar quando o vejo ali, sentado no balcão do bar. Ele está de costas para mim e mesmo sem ver seu rosto, só o contorno de seu corpo e os cabelos longos e sedosos já me fazem ficar completamente congelada.
Eu vim até este bar porque eu precisava beber, precisa sentir o alívio e leveza que só o álcool pode me oferecer, é o bar mais perto da casa em que estou e também o favorito de Alessandro. Eu sabia que havia a possibilidade de o encontrar aqui, mas não sabia que seria tão fácil...achei que teria que vir mais vezes ao dia e por mais dias.
Faço uma força descomunal para seguir em frente, para tirar meus pés que estão colados no chão e ir até ele.
Me sento ao lado dele na bancada do bar, olhando diretamente para o bartender.
— Eu vou querer uma sangria, por favor. - digo baixo para e ele assente.
Mesmo não o olhando diretamente, sei que alessandro reconheceu minha voz, seu corpo tensionou na hora. Seu olhar desce pelo copo e se mantém ali, encarando o líquido, vejo pela visão periférica que ele chega a apertar os olhos.
— Isso não é uma alucinação. - digo ainda olhando para frente, assistindo o bartender preparar meu drink.
Ele gira no banquinho, olhando diretamente para mim pela primeira vez.
— O que faz aqui?
— Eu sabia que te encontraria aqui. - Me viro para ele também. Ele ainda é lindo como antes...mas não tem o mesmo brilho, ele tem olheiras profundas e a barba por fazer, seu olhar é triste e apagado. Meu coração é apertado automaticamente quando penso no motivo.
Ver o seu visível sofrimento de perto só me faz sentir mais culpada, só me causa mais dor.
— Como?- Seu punho se aperta sobre o balcão.
— Eu te conheço muito bem, sei os lugares que você gosta e sei mais ainda os lugares para os quais você corre quando está infeliz.
— O que faz aqui? - Repete ao desviar o olhar para o copo.
Sei o quanto dói para ele olhar no meu rosto depois de tudo que aconteceu, depois de tudo que ouviu.
— Nós temos muitas pendências, muito o que dizer e perguntar um ao outro.
— Achei que tudo que tínhamos para dizer já havia dito... naquela noite...
Naquela noite nada foi dito e nem esclarecido, naquela noite tudo se bagunçou ainda mais.
— Eu preciso esclarecer as coisas, você pensa coisas que não são verdade.
Ele acaba rindo.
— Você veio aqui para esclarecer as coisas que eu penso e não são verdades? - Repete com sarcasmo.
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DARK : THE FINAL POSSESSION
HumorDISPONÍVEL NA LERA E BUENOVELA A queda de Alessandro Petrov ocorreu quando o belo anjo de cabelos acobreados assim como a auréola sobre sua cabeça, apareceu na porta de seu escritório. Os olhos grandes cor de ambar brilhantes implorando por algo qu...