CAPÍTULO 71

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ANGELINA

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ANGELINA

Simplesmente paro de respirar quando o vejo ali, sentado no balcão do bar. Ele está de costas para mim e mesmo sem ver seu rosto, só o contorno de seu corpo e os cabelos longos e sedosos já me fazem ficar completamente congelada.

Eu vim até este bar porque eu precisava beber, precisa sentir o alívio e leveza que só o álcool pode me oferecer, é o bar mais perto da casa em que estou e também o favorito de Alessandro. Eu sabia que havia a possibilidade de o encontrar aqui, mas não sabia que seria tão fácil...achei que teria que vir mais vezes ao dia e por mais dias.

Faço uma força descomunal para seguir em frente, para tirar meus pés que estão colados no chão e ir até ele.

Me sento ao lado dele na bancada do bar, olhando diretamente para o bartender.

— Eu vou querer uma sangria, por favor. - digo baixo para e ele assente.

Mesmo não o olhando diretamente, sei que alessandro reconheceu minha voz, seu corpo tensionou na hora. Seu olhar desce pelo copo e se mantém ali, encarando o líquido, vejo pela visão periférica que ele chega a apertar os olhos.

— Isso não é uma alucinação. - digo ainda olhando para frente, assistindo o bartender preparar meu drink.

Ele gira no banquinho, olhando diretamente para mim pela primeira vez.

— O que faz aqui?

— Eu sabia que te encontraria aqui. - Me viro para ele também. Ele ainda é lindo como antes...mas não tem o mesmo brilho, ele tem olheiras profundas e a barba por fazer, seu olhar é triste e apagado. Meu coração é apertado automaticamente quando penso no motivo.

Ver o seu visível sofrimento de perto só me faz sentir mais culpada, só me causa mais dor.

— Como?- Seu punho se aperta sobre o balcão.

— Eu te conheço muito bem, sei os lugares que você gosta e sei mais ainda os lugares para os quais você corre quando está infeliz.

— O que faz aqui? - Repete ao desviar o olhar para o copo.

Sei o quanto dói para ele olhar no meu rosto depois de tudo que aconteceu, depois de tudo que ouviu.

— Nós temos muitas pendências, muito o que dizer e perguntar um ao outro.

— Achei que tudo que tínhamos para dizer já havia dito... naquela noite...

Naquela noite nada foi dito e nem esclarecido, naquela noite tudo se bagunçou ainda mais.

— Eu preciso esclarecer as coisas, você pensa coisas que não são verdade.

Ele acaba rindo.

— Você veio aqui para esclarecer as coisas que eu penso e não são verdades? - Repete com sarcasmo.

DARK : THE FINAL POSSESSION  Onde histórias criam vida. Descubra agora