CAPÍTULO 59

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ANGELINA

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ANGELINA

Limpo as mãos sujas de tinta em um pano enquanto pulo por cima das latas de tinta espalhadas pelo chão. Capturo o celular sobre a cômoda que toca com minha música favorita indicando que estou recebendo uma chamada, e logo vejo na tela que é Nadia a ligar.

— Oi...- sorrio animada colocando o telefone entre meu ombro e ouvido.

— Angel, achei que nunca mais falaria comigo, nem com nenhum de nós. Eu estava muito preocupada, desde que você se foi daquela forma, não tivemos mais notícias suas, não mandava e nem respondia nossas mensagens, nenhuma ligação ou sequer uma carta.

— Desculpe, eu não queria que pensassem que só porque deixei Alessandro, vocês não importassem mais. Eu só precisava de tempo, sair daí daquela forma foi muito forte, eu precisava ficar distante de todos e me recuperar, fazer isso sozinha. E não ter contato com vocês ajudou com que desse certo. - admito. — Se eu falasse com você acabaria sabendo do Alessandro, do que a Lana e o Alexander falam de mim, a raiva que devem sentir de mim...fora todos os outros.

O que eu tenho evitado a todo custo é pensar como manchei a imagem de Alessandro e a reputação da salazar, o que o conselho deve achar sobre todo este acontecimento. É egoísmo fugir desses pensamentos e não querer me importar com nada, mas é de mim que eu tenho que cuidar.

— Saiba que da minha parte não existe julgamento ou raiva sobre você, eu entendo o que estava passando. Angel, desde criança eu e Eric vimos como foi sua relação com Alessandro, e o tempo foi só piorando, quando ele finalmente te teve só fez errar dia após dia.

— Sim...- Concordo. — E eu queria que as coisas tivessem sido diferentes.

— Está feliz, Angel?

— Sim, Nádia. Eu admito que estou feliz, me sinto leve...me sinto livre.

— Isso é muito bom, você merece. Está sempre foi você, sempre foi sua essência...e me preocupava muito ver isso sendo apagado aos poucos.

— O amor nos cega as vezes, nos prende na escuridão e faz de nós escuridão também.

— É isso que não entendo, eu via que você o amava...estava se perdendo por ele, sentia algo por Barry mas por Alessandro era algo muito forte, negativo...mas forte. 

— Eu o amei de verdade, Nádia, é impossível de negar. Ainda o amo, embora eu esteja feliz e livre agora, ainda existe um vazio dentro de mim, uma lacuna a ser preenchida. - Meu olhar vai para a caixinha vermelha em cima da cômoda, ela está ali....desde que voltei, guardando nossas alianças. Aperto os olhos ao lembrar da cena das alianças sendo deixadas na palma da minha mãe, o maior ato de desistência, um ato necessário...mas nem por isso menos doloroso.

— Não tem mais volta?...- sinto a pena em sua voz.

— Não, e eu nem quero que tenha. Eu estou onde tenho que estar, com quem tenho que estar...e não estou falando do Barry, e sim de mim mesma. Eu me reencontrei, era tudo que eu precisava.

DARK : THE FINAL POSSESSION  Onde histórias criam vida. Descubra agora