CAPÍTULO 61

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ALESSANDRO PETROV

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ALESSANDRO PETROV

    —  Então vai ser assim? Vai morrer aos poucos, definhando a cada dia que passa. Já se passaram cinco meses! - Mesmo de costas para meu pai, consigo ver sua indignação, consigo sentir ela pairar no ar e penetrar em minha pele.

Eu não queria ser uma vergonha e nem uma decepção, mas estás coisas, essa situação, vai muito além da minha vontade.

Cinco meses....eu jamais diria que só se passaram cinco meses, talvez cinco anos. Este inferno que tenho vivido parece estar se arrastando há tantos anos, são dias tão longos e vazios. Dias sem risos, sem abraços, sem os beijos e o cheiro de Angelina...

Dias imaginando outro tendo tudo que me falta, tudo que um dia eu tive a força e mesmo assim não valorizei.

   — Eu já estou morto pai. - Digo olhando para a janela. Eu morri no dia que ela me deixou, e já cansei de dizer isso a todos.

   — Precisa continuar sua vida. Precisa voltar aos negócios, e de verdade, não apenas vir até aqui, encher a cara e passar os olhos nos papéis, depois perguntar a Nádia e Eric o que acham que deve ser feito para voltar para casa e se enterrar em baixo das cobertas. Precisa se estabelecer novamente porque isso já passou dos limites.

Fico em silêncio, não tenho o que responder para ele. Levantar da cama e vir até aqui já é muito mais esforço do que eu consigo fazer, não posso oferecer mais do que isso.

— O conselho me chamou para uma reunião, eles tem uma cobrança...tomaram uma decisão.

    — Ah, é? E o que disseram? - Pergunto ainda de costas.

Na verdade eu não gostaria de ouvir nada, não quero saber o que querem para minha vida e nem ouvir cobrança alguma.

   — Não ficaram surpresos que ela não vai voltar.

Meu pai havia pedido tempo a eles, mais paciência...uma espécie de prazo para que tudo se resolvesse, para que as coisas voltassem ao lugar, e elas voltaram...Angelina voltou para o lugar dela que não é ao meu lado, que não é em meus braços, e sim na Irlanda, em seu cargo, ao lado de sua família, e de Barry O'conell, seu grande amor. Quanto ao pedido do meu pai para o conselho, ele tinha a esperança de que eu fosse recuperar Angelina, a trazer a força.

— Eles sabiam que uma estrangeira não iria se submeter a nossas regras.

   Eles nunca quiseram ela, nunca a aceitaram. Nunca a respeitaram, ela sabia disso e eu também, mas ignoramos, ela não se importava e nem eu, não me importava com nada desde que eu pudesse tê-la para mim. Talvez eles tenham razão. já era de se esperar, eu deveria ter agido pela razão, me casado com uma russa.  Viver apenas com a curiosidade de saber como seria ter ela em meus braços, com certeza teria sido melhor do que sentir esse desespero e vazio que sinto agora.

DARK : THE FINAL POSSESSION  Onde histórias criam vida. Descubra agora