ANGELINA
4 DIAS DEPOIS...
— Mais um cosmopolitan...- peço o vigésimo drink ao bartender. Beber como uma louca ironicamente é a única forma de me manter sóbria por aqui, de me manter lúcida...porque se fosse por mim, eu já estaria atacando Alessandro, estaria dizendo que ele é meu e que não vai se casar com outra. Mas é só um desejo meu, não vou ceder a isso, ele tem que me aceitar de volta por conta própria, não por imposição igual ele fez comigo.
— Você ainda está na Rússia? - A voz masculina conhecida me assusta, tomando minha atenção.
O movimento que faço com a cabeça para encara-lo faz meu mundo girar, e acho que já estou vendo três ou mais Alessandros.
— Não...estou na Romênia. - digo ironicamente com a voz embolada sentindo vontade de rir.
— Seria bem melhor, mas não, está aqui, no meu território... No meu bar. - diz possessivo.
Meu território, meu Bar...e nada de minha Angel.
— Não seja por isso...- me levanto do banco com dificuldade e pego o drink assim que o bartender coloca na bancada, deixando um bolo de dinheiro em cima da mesma. — Eu já estou de saída, pode ficar com seu bar, seu território...- abro os braços gesticulando envolta complemente zonza e por pouco o movimento não me leva de cara no chão.
— Faça isso. Vai embora e não volte nunca mais. - Ele diz quando se senta no banco assim que eu levanto.
— Foda-se! - digo na direção dele e ao beber um gole fazendo meu caminho torto eu acabo derramando um pouco de bebida em mim mas ignoro.
Esqueça, Angelina...você não deve implorar por homem algum. Fico parada de costas dizendo a mim mesma mentalmente.
— O quanto ela já bebeu? - Ouço ele perguntar para o bartender.
— Duas sangrias, três doses de tequila, dois cosmopolitan e um negroni. - ele responde com um tom um pouco admirado e eu reviro os olhos, começando a andar na direção da porta.
Eu não preciso disso, não preciso dele e nem de nenhum homem. E existem milhares que matariam só para respirar o mesmo ar que eu.
Quando estou prestes a atravessar a porta sinto meu pulso ser agarrado.
— Vem... - Alessandro diz, arrastando-me para fora com o dobro da velocidade a qual eu consigo andar ou calcular, e agora sim me vejo prestes a vomitar.
— Me solta! - puxo meu braço com dificuldade, quase caindo e o gesto parece muito atrasado quando vejo a cena.— Eu estou indo embora como você queria, fica longe de mim! - Minha voz embarga e meus hormônios ficam a flor da pele, me trazendo uma vontade imensa de chorar.
— Era tudo que eu queria, ficar nem longe de você mas você não sai da porra da minha vida, e seu deixar você assim nesse estado sozinha na rua... eu vou sair de culpado mais uma vez. Então entra no carro, caralho! - Volta a agarrar meu braço e eu sinceramente não sei quando o carro apareceu do meu lado e nem como vim parar tão longe da porta de saída do bar.
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DARK : THE FINAL POSSESSION
HumorDISPONÍVEL NA LERA E BUENOVELA A queda de Alessandro Petrov ocorreu quando o belo anjo de cabelos acobreados assim como a auréola sobre sua cabeça, apareceu na porta de seu escritório. Os olhos grandes cor de ambar brilhantes implorando por algo qu...