O que significa pra você?

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Meus olhos estavam fechados e eu estava naquele estado de relaxamento antes de dormir, quando uma mensagem fez meu celular vibrar. Semicerrei os olhos com a claridade da tela, mas sorri quando vi que era uma mensagem de Charlie.

“Acordada, lindinha?”

Tirei o celular do carregador e o puxei para poder escrever.

“Sim, senhor treinador”

“Posso te buscar ou só vem para meu quarto quando tem pesadelos?”

Ri sem emitir som, porque Kate já estava no sétimo sono.

“Preciso tirar o pijama, me dá cinco minutos”

“Nem se incomode, vai dormir aqui”

Sorri.

“Chego em dois minutos, lindinha”

Levantei da cama devagar e coloquei um tênis saindo do quarto em silêncio depois de pegar a bolsa com a roupa de treino que eu não havia tirado dali desde aquela madrugada.

Vesti um dos meus casacos perto da porta e saí do quarto.

Desci as escadas silenciosamente, porque não estava tarde o suficiente para todas estarem dormindo de forma profunda, e quando cheguei lá embaixo, vi pela sombra que Charlie já estava ali do lado de fora.

Meu coração se agitou e eu tentei acalmá-lo enquanto ia até ele. Abri a porta e Charlie, que estava de costas para ela, se virou para me olhar. Usava um conjunto de moletom cinza e tênis brancos, era sempre estranho vê-lo sem o uniforme de treino.

— Oi — ele sorriu minimamente.

— Oi — fechei a porta devagar atrás de mim.

Tirou uma das mãos do bolso da calça e estendeu para mim. Ajeitei a bolsa e segurei sua mão antes de ser puxada para seu colo.

— Feche os olhos, prometo ir mais devagar.

— Comi faz tempo, pode correr.

Ele riu baixinho.

— Ok então.

Agarrei sua blusa e fiquei com os olhos abertos observando as árvores do bosque passarem rapidamente por mim, o vento jogou meus cabelos para trás e o ar gelado me deixou confortável. Charlie parou de correr ao chegar na porta de seu dormitório entrando ali na velocidade normal.

Ele abriu a porta de seu quarto comigo ainda no colo e quando entramos ele andou comigo devagar até a cama, me deixando sentada ali.

— Suas provas também foram hoje? — perguntei quando ele voltou para fechar a porta.

— Ah não, só amanhã — trancou vindo até mim devagar.

Charlie se ajoelhou a minha frente e segurou minhas pernas. Engoli em seco.

— Eu posso assistir?

Charlie sorriu e assentiu.

— Claro que pode — acariciou minhas coxas — vai ser no campo, meio-dia.

Passei o cabelo que escorria por sua testa para trás e vi um lampejo de vermelho invadir seus olhos. Charlie ergueu seu corpo um pouco e me beijou devagar.

Se inclinou aos poucos sobre mim até que eu estivesse deitada embaixo dele.

           — Trás muitas meninas aqui? — sim, acho que estava com ciúmes.

Ele sorriu e negou antes de voltar a me beijar. Segurei seu ombro e o afastei, apenas o suficiente para olhar seus olhos.

Charlie suspirou com um pequeno sorriso, notando que eu queria uma resposta completa.

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