𝐌𝐈𝐆𝐔𝐄𝐋 𝐂𝐀𝐙𝐀𝐑𝐄𝐙 𝐌𝐎𝐑𝐀 ¹/2

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" Lembre de mim quando precisar, eu lembrarei de você

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" Lembre de mim quando precisar, eu lembrarei de você. "

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ELA COM CERTEZA, não aguentava mais. Problemas em casa, na escola e onde ela ousava em pisar, problemas sempre a acompanhava. Chegava a achar que estava com um problema espiritual, já que mesmo que tentasse evitar certas situações eles simplesmente aconteciam, fazendo com que ela sofresse de diversas formas, psicologicamente ou fisicamente por exemplo.

Pais rígidos era como os adolescentes da internet gostavam de definir a personalidade dos pais dela. Sempre que algo saía errado, mesmo que fosse algo minimalista e que não fizesse diferença em nada. Os mais velhos aproveitavam o deslize para detonar com ela, tanto com palavras que machucariam qualquer um. Ou até mesmo quando a espancavam, deixando poucas partes de seu corpo sem vermelhidões.

Ela não era uma má filha, era simpática; educada; prestativa e coisas do tipo. Mas acima de tudo era uma adolescente de quatorze anos. Esse era o momento em que ela se desenvolvia, participava de novas experiências. Por isso ela errava, não era certamente de propósito, ela só era uma adolescente aprendendo a viver com experiências, já que os ensinamentos dos seus pais nunca foram ditos por eles.

E infelizmente estava acontecendo mais uma vez, seus coração abalado, culpa intensa e consequentemente, um espírito vingativo.

Estavam esculachando a garota.

- " SUA IDIOTA! EU DISSE PARA NÃO IR. " - Gritos intensos saíam da grande casa de Mariana, ela já estava com os ouvidos ardendo. Mas seu coração estava ali, fragilizado como uma peça de vidro.

- " Des...desculpa mãe, era só uma ida ao cinema. " - No fundo, ela sabia que não estava certo. E muito menos achava que não deveria receber um alerta da mãe, só não achava que era correto espancala.

- " MAS EU DISSE QUE NÃO! " - Depois dessa última frase, a mais velha deixou um tapa no rosto macio dela, que insistirá em ficar intensamente vermelho. Soltou a garota, já que a prensava fortemente na parede. Mariana só soube colocar a mão no local, não tinha tanta reação depois que isso virou rotina.

- " Suba para seu quarto, e não apareça mais por hoje, nem para comer. Estou cansada de seu rosto, e arrependida de ter planejado seu nascimento. " - Parece duro, palavras realmente difíceis de ouvir e decifralas. Mas, Mariana sabia disso, não era a primeira vez que sua querida mãe a dizia uma coisa dessa.

A porta do quarto foi fechada levemente, não queria apanhar de novo. Seu rosto ardia como se estivessem colocando remédio em uma lesão recém aberta. Apesar de tudo, ninguém se acostuma com a dor.

Seu coração doía, não fisicamente, mas sim mentalmente. Aos poucos ela se encontrava chorosa, tudo aquilo preso em seu coração, estava doendo, mas te fortalecendo também. Era complicado, coisa que somente ela podia desvendar. Precisava desabafar com alguém. Mas quem? Ela nunca foi a pessoa com mais amigos do mundo, e na verdade não tinha nenhum. Seriam no máximo colegas, nas quais ela não podia se expressar.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒/ 𝙏𝙝𝙖𝙢𝙚𝙨 𝙚 𝘾𝙖𝙯𝙖𝙧𝙚𝙯.Onde histórias criam vida. Descubra agora