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ão faz sentido ela estar aos beijos com ele hoje, quando ontem ela falou que não queria ninguém além de mim.
Max Mayfield era, no momento, minha maior confusa. A garota de cabelos avermelhados me deixava a sua mercê como se eu não fosse nada.
Eu conhecia o jogo dela, sabia como ela chegava de mansinho e de repente você tá na mão dela.
Mas eu não consegui sair desse jogo antes, agora eu tô aqui feito uma idiota, vendo ela aos sorrisos com Lucas.
A garota nem olhou na minha cara.
Dei uma desculpa qualquer para os meus amigos quando sai do porão de Mike e segui meu caminho pra casa.
Não dava pra ficar lá como se nada estivesse acontecendo.
A noite chegou rápido, passei boa parte do meu tempo trancada no quarto, não tinha muito o que fazer.
Me virei pra porta quando batidas foram ouvidas, me deparando com a ruiva dos meus pensamentos. A garota me olhou com culpa, como se isso fosse resolver o problema.
– O que quer aqui, Max? - voltei minha atenção para o livro em minhas mãos, não estava realmente interessada em ouvir ela.
– Você não parecia bem lá na casa do Mike, vim ver se você tá melhor - a voz da garota vacilou um pouco no final, atraindo minha atenção, eu ri sem humor, negando com a cabeça, levantando pra ficar de frente para a garota.
– Você sabe o motivo pra eu não está bem lá, você é a porra do motivo - eu queria gritar, mas meus pais estavam no andar de baixo, não podia arriscar chamar a atenção deles.
Max baixou a cabeça, mexendo as mãos, ela tinha essa mania quando estava nervosa.
– Me desculpa... Eu fiquei com medo - sussurrou, ainda sem me olhar - você sabe que não seríamos aceitas, eu só... não quis arriscar.
– E não pensou em me avisar antes de desisti da gente?! - minha voz saiu com uma raiva que eu não queria expressar.
Eu sabia que ela tava mentindo, Max Mayfield com medo? Não faz sentido algum.
O que me frustrava era a cara de pau da garota, não é a primeira vez que acontece e nem vai ser a última.
Já estávamos nisso a meses, sempre se esgueirando quando eu falava de relacionamento, sempre ignorando quando eu a chamava por algum apelido, ou ignorando minha presença quando bem entendia.
A situação já tinha várias bandeiras vermelhas me alertando, mas eu insisti, e porra, odeio ser tão teimosa.
– Só vai embora, Max, me deixa em paz - minha mão apertou a maçaneta, eu abrir a porta e demorou algum tempo ora ela finalmente sair.
Provavelmente amanhã ela apareceria com algum discurso feito e com uma barra do meu chocolate favorito, então eu vou ser idiota de novo em cair na lábia dela, talvez eu não preste tanto quanto ela.
