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Uma mesa no Catavento estava cheia, só com meus amigos, tiramos o dia pra aproveitar todo mundo junto e essa é a nossa última parada.
Eu tinha meu braço envolta dos ombros de Enid, que ria da nossa conversa.
Droga de sorriso lindo e risada gostosa.
A loira deitou a cabeça no meu ombro, e eu comecei um leve cafuné nela, o sol já estava se pondo e isso dava uma noção de tempo pra gente, saímos da escola de manhã e já estava anoitecendo, provavelmente a garota já se sentia cansada.
— Me pergunto quando vocês vão assumir esse namoro, sabem que a gente não se importa, né? - Yoko falou de repente, em um tom de provocação, eu mostrei o dedo do meio e a língua pra ela e em retribuição a morena mostrou as pressas e sorriu de lado quando eu fiz uma careta.
— Cala a boca, Sanguessuga - respondi ela, que colocou a mão sobre o peito e fez uma falsa cara de ofendida.
A gente continuou nessa pequena troca de farpas, até todo mundo decidi voltar pra escola, o caminho foi uma barulheira, mas Enid estava mais calada e quieta que o normal, o que me deixou um pouco preocupada.
Já na escola deixei ela e Wednesday no dormitório, a Addams entrou no quarto sem ao menos se despedir, e eu não liguei muito, é sempre assim, e Enid me deu um abraço de despedida, mas antes de ela se afastar eu resolvi tirar a dúvida.
— Aconteceu alguma coisa, anjo? - perguntei, me afastando um pouco dela, ainda com minhas mãos em volta da sua cintura.
— Não, eu só tô cansada - ela me deu um pequeno sorriso, antes de se afastar totalmente, ela entrou no quarto e acenou pra mim - até amanhã.
— Até.
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Tinha alguma coisa errada, Enid não falava direito comigo a três dias, sempre que eu me aproximava a garota ia embora, não respondia minhas mensagens e quando eu ia no seu quarto não deixava eu entra pra gente conversar.
— Eu não sei o que fazer, Yoko - a vampira me olhava com tédio, enquanto estava sentada na sua cama e eu andava de um lado pro outro pelo quarto.
— Talvez você esteja fazendo tempestade em um copo d'água, ela pode tá ocupada - a asiática falou de modo sugestivo, eu revirei os olhos pela sua resposta e me joguei de costas na minha cama.
— Você sabe que eu não tô - o suspiro alto dela foi ouvido - e se eu fiz alguma coisa errada?
— Escuta aqui - Yoko se aproximou, sentando do meu lado na cama - eu tenho certeza que ela tem um motivo, mas não acho que seja algo relacionado a você.
